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domingo, 30 de setembro de 2007

Hoje é dia de exercitar a democracia


O dia 30 de setembro é dia de votação em Porto Alegre. Os Conselhos Tutelares serão renovados e os companheiros e companheiras, candidatos a Conselheiros/as Tutelares necessitam do voto dos cidadãos e cidadãs da Capital para iniciar suas atividades.
Recomendo o voto nesse domingo em representantes dos movimentos populares, da área da criança e do adolescente, da esquerda, em pessoas lutadoras e capazes de construir um trabalho sério e identificado com o programa em que acreditamos: que trabalhe por inteiro a conjuntura da criança e do adolescente, que efetivamente construa politicas de inclusão social na perspectiva de inversões de prioridades e da transformação da sociedade.
Para que nosso desejo de um dia não vermos mais nenhuma criança na rua, nenhuma criança explorada, nenhuma criança sem direito a infância, sem direito a brincar, sem direito a um futuro digno, se torne realidade.
Os locais de votação podem ser consultados via fone 156, de acordo com a Zona e Seção constante do título de eleitor. É possível votar em até 5 candidatos, todos da mesma Região.
Participe desse processo!
Abraço a todos e a todas e viva o exercício da democracia!

sábado, 29 de setembro de 2007

Liberdade Sindical - não é favor, é Direito


Assassinatos, violência, perseguição com demissão do emprego, prisões e fechamento de sindicatos são casos de que são vítimas dirigentes e entidades sindicais no mundo todo. Esses trabalhadores que se organizam e buscam a melhoria das condições de trabalho e de vida estão exercendo uma luta legítima. A liberdade sindical é um Direito Humano Fundamental, consagrado pela constituição da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919.
A declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu seguimento garante que: “O princípio fundamental da liberdade sindical e de direito de negociação coletiva é expressão da dignidade humana”. Este direito, ainda segundo a Declaração, assegura a trabalhadores e a empregadores poder se unir e atuar juntos na defesa não só de seus interesses econômicos como também de liberdades civis como o direito à vida, à segurança, à integridade e à liberdade pessoal e coletiva. Fica garantida, ainda, a proteção contra a discriminação, ingerências e intimidações.
A própria OIT, entretanto, em seus relatórios e acompanhamento que faz em vários países do mundo, aponta o quanto este direito é desrespeitado em todo o planeta. O Brasil não é exceção. De 1990 até os dias de hoje, a agressão à organização sindical vem crescendo, e ocorrem com os dirigentes – através de pressões, perseguições, impedimento de progresso na carreira e até demissões – e também com os trabalhadores, que são desestimulados e até impedidos de se sindicalizar ou de participar de reuniões e de eventos sindicais. A CUT está organizando um trabalho de levantamento que possibilitará um quadro mais exato dessas perseguições. “Será um banco de dados eletrônico para catalogar de forma mais eficiente os casos e com isso fundamentar ações coletivas, políticas e jurídicas, contra a perseguição e à organização sindical” explica a secretária de políticas Sindicais da CUT, Rosane da Silva.

Fonte: Observatório Social em Revista, n.7, nov/04 e http://www.observatoriosocial.org.br/

sábado, 22 de setembro de 2007

O Analfabeto Político

O pior analfabeto é o analfabeto político.

Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política e os políticos. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

Bertold Brecht (Dramaturgo alemão - 1898-1956)

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Diretoria Colegiada do Sintrajufe se reuniu no sábado, 15/09

Para discutir assuntos referentes à gestão 2007/2010 e encaminhar questões administrativas, os diretores e diretoras eleitos em 28/06 se reuniram durante todo o dia na Casa dos Bancários, General Câmara, 424. Pela manhã foi ampliada a reunião ao Coletivo Viva Voz, a fim de socializar uma série de ocorrências pós-eleição e reafirmar as posições políticas de campanha.
Na parte da tarde, foram debatidos pontos agendados pela reunião do dia 01/09, referente à reestruturação de Secretarias do Sintrajufe e seu melhor funcionamento, visando aperfeiçoar os serviços prestados aos sindicalizados.
Cada vez mais se colheu, do grupo, alegria em ter sido escolhido pela categoria para continuar gerindo com responsabilidade a entidade. Há muita disposição dos diretores e diretoras que vêm de outras gestões, e, também, dos novos, de implementar o projeto de sociedade que todos acreditamos, mais justa, fraterna e sem discriminações.
A próxima reunião da Direção Colegiada - com os 21 diretores titulares e os 7 suplentes, vai se realizar no dia 27 de outubro.
Abraço aos componentes da direção e, especialmente, a todos e todas da categoria que confiaram, mais uma vez, nesse grupo para defender as reivindicações do judiciário no Estado!
Cris

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Marcha Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra no RS

Prezados amigos e amigas da luta pela terra,

A Marcha em direção à Fazenda Guerra completou sua primeira semana. Nestes
sete dias já podemos visualizar as dificuldades e obstáculos que teremos
pela frente. Assim como o apoio que recebemos até agora, nos fortalece nesta caminhada.
A marcha da região das Missões partiu de Bossoroca com um ato público em que cinco prefeituras da região reafirmaram seu apoio à reforma agrária e à desapropriação da fazenda Guerra. Hoje, as famílias estão em Santo Ângelo.
Partindo de Eldorado do Sul, a segunda coluna esteve em Porto Alegre, onde foram recebidos por sindicalistas, parlamentares e entidades na Esquina Democrática. Um ato em frente ao Palácio Piratini denunciou a política de desmonte do Estado e de abandono da reforma agrária no Rio Grande do Sul.
Depois, os marchantes se dirigiram ao INCRA, onde o órgão reafirmou que o decreto de desapropriação da fazenda está na casa Civil e depende apenas de uma assinatura do Presidente da República. Depois de passarem por Canoas, a marcha da região metropolitana se encontra em São Leopoldo.
Da região sul, após o ato em conjunto com a Via Campesina, denunciando os riscos ambientais e sociais da monocultura de celulose, os marchantes se dirigiram à Pelotas. No início desta semana, partiram para Bagé, onde foram monitorados desde o início por latifundiários. Na noite de ontem, os fazendeiros atiraram fogos de artifício e bombas de efeito moral contra o salão onde os trabalhadores estavam acampados. O sistema elétrico do local foi depredado e dois funcionários municipais que tentaram consertar o equipamento foram ameaçados de morte.
O Frei Zanatta, capuchinho que acompanha a marcha, também foi ameaçado de morte e teve seu carro depredado, com vidros quebrados, pneus cortados e pará-brisas arrancados. A Brigada Militar segue passiva em sua omissão.
Apesar destes ataques, a Marcha tem recebido apoio e solidariedade nas cidades em que passou, nas palestras em escolas, nas comunidades e paróquias. Dos estudantes, de sindicalistas, prefeituras e parlamentares.
São estes gestos, muitas vezes discretos, que nos fortalecem e nos mantêm animados em direção ao nosso destino, a Fazenda Guerra.
Seguimos em frente,
Forte abraço,

Fonte: Coordenação Estadual – MST/RS

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O desafio da Greve dos trabalhadores em Correios

Em campanha salarial, a categoria dos Ecetistas realizou um dia de paralisação em 23/08, a fim de sensibilizar a direção da empresa, em Brasília, aos pontos de reivindicações constantes da proposta de Acordo Coletivo. Entre os pontos, estão a reposição das perdas salariais, aumento real e linear de R$ 200,00 a todos e várias cláusulas sociais, como a Licença Maternidade de 6 meses (a qual, como esse blog já noticiou, já vigora em 53 municípios do país).
Em assembléia histórica no Ginásio Tesourinha, em Porto Alegre, foi deflagrada a greve a contar da zero hora do dia 13/09 e os ecetistas têm virado a noite em vigília diante dos portões da empresa, por todo o Brasil.
Em Porto Alegre, acompanhei a rotina da Barraca de Greve, posta na Av. Sertório, um dos principais centros de distribuição de materiais da ECT. Com muita disposição e grande carga de esforço pessoal, aquela categoria se organiza em revezamentos diuturnamente.
Nâo bastassem as dificuldades e o cansaço que a greve em uma empresa com jornadas nas 24 horas representa, ainda houve um fato que trago a vocês no blog:
Na madrugada de sábado para domingo, acompanhando o plantão de greve, flagramos mais de uma centena de carros, entre táxis pagos pela empresa e automóveis particulares, literalmente carregando Supervisores, Gerentes e até Diretores, convocados para trabalhar e desempenhar as funções da peonada em greve.
O que foi denominado de "Operação Chefes fura-greve" é um claro desrespeito ao movimento legítimo de reivindicação dos Ecetistas, cujo piso gira em torno de R$ 514,00, ressaltando que existe grande distorção entre os salários operacionais e os da chefia.
Há ainda outros pontos que estão sendo postulados, entre eles, os trabalhadores da categoria, que exercem suas atividades em condições insalubres e perigosas, como a reabilitação após as licenças e a aprovação do Adicional de Periculosidade aos Carteiros.
Todo apoio à Greve dos Correios!


quinta-feira, 13 de setembro de 2007

A absolvição de Renan Calheiros e a Mídia Burguesa

Não é nenhum orgulho ver mais uma vez um corrupto instalado eternamente no
poder ser absolvido por seus pares (e também pelos nossos pares, neste
caso).
O fato é que foi acusado pelas razões erradas. Tentaram, como no caso do Al
Capone, prender um mafioso com base no imposto de renda, utilizar de uma
premissa inadequada (seja verídica ou não) para se livrar de um desafeto que
vendeu seu apoio ao nosso governo para permitir o exercicio da democracia
(um governo eleito poder governar, e nao ser apenas boicotado reiteradamente
do inicio ao fim pelo nosso "Congresso democrático")

Uma bela derrota para revista Veja, que ha 5 ou 6 capas traz o Calheiros
quase como um representante autêntico do governo Lula sendo enxovalhado. Ou
para a Globo, que a qualquer preço, e para cima de quem quer que seja, tenta
atingir o maior alvo deles, que é o nosso governo popular, custosamente
eleito.

Fora com eles, abaixo o governo paralelo dos empresários!

Que venha a matilha do esquerdismo que faz coro até com o Satã contra seus
ex-companheiros.
Tenhamos (e temos) argumentos concretos!
Saudações sindicalistas!

Luis Rafael
Servidor Público

Comentário da Cris: Vou me ater ao comentário que o companheiro faz acerca de parcela do movimento de esquerda que se instalou no país contra o Governo Lula e contra tudo o que puder ser atacado com esse pretexto.
Temos, na base e nas Assembléias, em várias instâncias democráticas, de conviver com o escárnio constante de quem não constrói, não mobiliza e não trabalha em favor dos interesses da classe trabalhadora. São ex-companheiros cujo único objetivo concreto é destruir a CUT, destruir o Partido dos Trabalhadores e, para conseguir seus intentos, se aliariam até a George W. Bush! (ou fariam coro com Satã, para ratificar a fala do Rafael)
Aceitariam seu apoio e adorariam se, antes de embarcar para dar o apoio, enviasse alguns jornais e revistas para entrevistá-los, ou, ainda, se enviasse uma verba para impressão de alguns panfletos ditos "combativos" e de críticas vazias, para serem distribuídos de forma contumaz em qualquer reunião de trabalhadores que - diga-se de passagem - nada fizeram/fazem para unir e/ou agregar.
Irresponsabilidade política deveria ter seus limites, não é mesmo, companheirada?
Saudações CUTistas!

Cris Lemos

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Simpósio de Formação de Trabalhadores, em Lima/Peru, reforça a luta contra globalização neoliberal

Membro da executiva nacional da Central Única dos Trabalhadores, José Celestino Lourenço (Tino) participou de 5 a 7 de setembro em Lima, no Peru, do Simpósio "Desafios da Formação na Nova Confederação Sindical das Américas - A educação sindical como elemento estratégico para fortalecer o processo de unidade da classe trabalhadora". O evento, convocado pela Organização Regional Interamericana de Trabalhadores (ORIT), reuniu dirigentes sindicais da Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, El Salvador, República Dominicana, Panamá, Peru, Uruguai e Venezuela, contando com representantes da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), da Região Andina e da América Central. Em entrevista ao Portal do Mundo do Trabalho, Tino, que é secretário de Formação da CUT nacional, faz uma avaliação do encontro para "potencializar o protagonismo da classe trabalhadora na construção social e na socialização de um pensamento alternativo que disputa a hegemonia na luta contra a globalização neoliberal excludente e por trabalho decente".

Quais as principais definições?


Tanto a luta contra a globalização neoliberal excludente quanto a luta por trabalho decente, foram definições estabelecidas no congresso da Central Sindical Internacional (CSI). Neste sentido também há a necessidade de ser aprovado e implementado pela CSI um grupo de trabalho que consiga estabelecer uma política de formação descentralizada, mas ao mesmo tempo continentalmente articulada. Esta compreensão deriva da nossa experiência de consolidação de uma Rede. Era o que tínhamos quando havia um Núcleo Nacional de Gestão, constituído por representações das CUTs estaduais, através das Secretarias de Formação, da Secretaria Nacional de Formação dos Ramos, das Escolas e, naturalmente, da Secretaria Nacional de Formação da CUT, que era um desenho altamente positivo e democrático, pois além de fazer a concretização da política, elaborava estratégias. Isso possibilitará que os dirigentes tenham uma leitura mais precisa da conjuntura, capaz de construir críticas consistentes à estratégia neoliberal e de formular políticas alternativas. Ou seja, é preciso discutir qual é o papel dos estados-nação com vistas a um desenvolvimento sustentável e é claro com distribuição de renda e trabalho decente, que seja capaz de fomentar a solidariedade entre os trabalhadores e não a competição, como preconizam as políticas neoliberais.

Como secretário de Formação da CUT, integraste a mesa sobre os Desafios da Formação Sindical na construção de um novo sindicalismo. Quais são eles?

A primeira mesa foi fundamental, porque estabeleceu a linha política, o debate político do simpósio. Deixamos claro que a disputa de concepção se dá em dois campos: no da política, quando o neoliberalismo prega um imaginário social a partir da queda do muro de Berlim, quando o mundo teria se transformado numa aldeia global, com o fim das ideologias, das classes e da própria história, e também no campo da produção, quando há uma sobreposição do trabalho morto, ou seja das máquinas, sobre o trabalho vivo, a força de trabalho, fazendo uma transferência de responsabilidade, que os trabalhadores são os responsáveis pela redução da produtividade das empresas. Todas as outras mesas utilizaram da nossa intervenção para pautar o debate. Além disso, também formulamos o documento final para ser enviado ao Cinterfor/OIT (Centro Latino-Americano de Investigação e Documentação sobre Formação Profissional), que fortalece a posição da bancada dos trabalhadores em relação às linhas que devem ser adotadas quanto à formação profissional, como certificação da competência, a questão da intervenção dos trabalhadores no espaço de gestão e formulação das políticas.

O problema não seria do sistema excludente, mas do indivíduo... Os inempregáveis de FHC.

É isso. Assim, o problema seria da baixa escolarização, consequentemente da baixa qualificação profissional, não do sistema neoliberal excludente. Neste entendimento elitista, a educação pública também não é capaz de dar respostas, pois seria ineficiente para atender às novas demandas colocadas pelo mercado. Ou seja, defendem que é necessário transformar a educação pública numa educação mercadológica e não numa educação que forme sujeitos críticos da realidade, capazes de propor, questionar e transformar o sistema. Outro debate que foi pautado é que a formação sindical não pode ser considerada apartada da organização sindical, pois ela é reflexo das lutas, dos desafios colocados. Consideramos que a formação deve ser considerada estratégica, para dar suporte à organização. Não há como forjar um novo sindicalismo internacional se não tivermos uma compreensão clara desta relação. Esta luta contra a globalização neoliberal e por trabalho decente não se concretiza, se não acreditarmos primeiramente que uma outra globalização é possível, que tenha a classe trabalhadora como motor, como elemento protagônico.

Fonte: www.cut.org.br - por Leonardo Severo

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Maria Ednalva Bezerra de Lima, Secretária Nacional sobre a Mulher Trabalhadora da CUT, faleceu em 10/09

Internada desde a madrugada do dia 03/9, em decorrência de uma grave infecção provocada por meningite, a companheira Maria Ednalva Bezerra de Lima, Secretária Nacional sobre a Mulher Trabalhadora da CUT, faleceu às 21h de segunda-feira, 10, aos 47 anos. Ednalva estava sendo tratada no Hospital Madre Teodora, na cidade de Campinas, interior de São Paulo e, segundo o diagnóstico dos médicos que acompanhavam o caso, o quadro era irreversível.
Nos últimos meses, Maria Ednalva havia se dedicado integralmente à organização da II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres e da Marcha das Margaridas, realizadas em agosto. “Para fugir da discriminação sofrida diariamente por milhares de mulheres é importante solidificar políticas que melhorem as condições de vida, assim como, estabelecer mecanismos que rompam com o machismo que ainda domina o mercado de trabalho”, dizia a dirigente.
Maria Ednalva Bezerra de Lima era paraibana, professora licenciada em Letras com especialização em Educação. Militantede esquerda desde muito jovem, participava da Associação do Magistério Público do Estado da Paraíba (Ampep). Em 1984 teve participação ativa na organização da greve de 100 dias em seu Estado, por melhores salários e condições nas escolas públicas. Após a criação do Sindicato, integrou o Conselho Diretor no período de 1984 a 1990. Coordenou a Comissão Estadual de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores do Estado da Paraíba de 1989 a 1994, sendo membro integrante da Comissão Nacional sobre a Mulher Trabalhadora da CUT nos anos 1989 a 1997.
Entre 1994 e 1997 exerceu o cargo de Secretária de Políticas Sociais da CUT/PB. De 1997 a 2000 foi suplente da Direção Executiva Nacional da CUT e, paralelamente, coordenou o Núcleo Temático de Gênero, responsável por desenvolver subsídios e reflexões teóricas e metodológicas sobre capacitação em gênero para a política nacional de formação da CUT. Ainda em 1997 passa a coordenar a Comissão Nacional sobre a Mulher Trabalhadora da CUT, até 2003. Nesta época, por ocasião do 8º Congresso Nacional da CUT e, fruto da organização e do trabalho das mulheres no interior da Central, coordenado por ela, é aprovada a resolução congressual criando a Secretaria Nacional sobre a Mulher Trabalhadora – SNMT/CUT.
Membro efetiva da Direção Executiva da CUT Nacional desde 2001, em 2003 Maria Ednalva Bezerra de Lima assumiu o cargo de Secretária Nacional sobre a Mulher Trabalhadora - SNMT/CUT cujo mandato seria até 2009. Ednalva sempre teve participação ativa nas questões de mulher e gênero, tornando-se uma liderança de referência nacional e internacional nos movimentos de mulheres e sindical, principalmente.
Temas como o aborto e saúde da mulher, combate à violência contra a mulher, participação e empoderamento, foram temas permanentes na trajetória de Maria Ednalva. Nas comemorações do 8 de março deste ano, Dia Internacional da Mulher deste ano, fez a seguinte declaração: “Temos três bandeiras este ano: salário igual para trabalho de igual valor; contra a violência à mulher e participação e poder. A lei Maria da Penha vem de encontro com a nossa Campanha no Combate a Violência contra a Mulher Tolerância Nenhuma. Mas para que ela favoreça nossa luta, é necessário mobilizar a todos, principalmente os governos estaduais e municipais".
Representação Nacional: Pela CUT, foi membro do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República do Brasil.
Consultora do Colmeias - Coletivo de Mulheres, Educação, Intervenção e Ação Social.
Membro da comissão tripartite de igualdade de Oportunidades e de Tratamento de Gênero e Raça no Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
Representou a SNMT nas Jornadas Brasileiras pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro.
Integrante do Núcleo de Reflexão Feminista sobre o Mundo do Trabalho Produtivo e Reprodutivo.
Representação Internacional: Foi integrante e coordena a Comissão de Mulheres da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul – CM-CCSCS – que reúne Entidades de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile.
De 2001 a 2005 foi vice-presidente do Comitê da Mulher Trabalhadora da Organização Regional Interamericana de Trabalhadores – ORIT/CIOSL.
De 2001 até o presente ano foi integrante do Comitê Feminino da Confederação Internacional de Organizações Sindicais Livres – CIOSL.
Integrante da Diretoria Executiva, membro do Conselho Geral e do Comitê Feminino e vice-presidente da CSI - Central Sindical Internacional.
A luta das mulheres reverencia essa brava companheira.

Fonte: www.sintrajufe.org.br, CUT e informações do Portal Correio

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O que não foi divulgado no caso das Mulheres da Via Campesina e da Ação de 8 de março de 2006


Na madrugada do dia 8 de março de 2006, mais de mil e quinhentas mulheres camponesas entram no horto florestal da empresa Aracruz Celulose em Barra do Ribeiro, próximo a Porto Alegre. A notícia espalhou-se pelo mundo, as mulheres, jovens, mães e avós foram apontadas como arruaceiras, destruidoras, vândalas... muita gente criminalizou o ato de coragem e não se perguntou: “Mas afinal, o que levaria as mulheres a saírem de suas casas na madrugada do Dia Internacional da Mulher e fazer um ato de coragem destes"?

Já faz muitos anos que as mulheres camponesas vêm trabalhando e alertando a sociedade sobre
o desrespeito com a natureza em nome do lucro, do dinheiro. Já faz muito tempo que as mulheres estão trabalhando em defesa da vida, da natureza e da sobrevivência do planeta.
Mas, a televisão, o rádio e o jornal nunca divulgaram as denúncias feitas por estas mulheres,
dos verdadeiros massacres ambientais, sociais e econômicos, praticados pelas grandes empresas como a Aracruz;
- dos bilhões que saem dos cofres públicos direto para estas grandes empresas, enquanto a agricultura camponesa nada recebe;
- da existência de trabalho escravo,
- de invasão de terras indígenas, quilombolas ou de pequenas/os produtoras/es a custa de muita violência e mortes.
Isto não é notícia porque a empresa Aracruz, como outras, responsável por todas estas violências, financia os Meios de Comunicação, garantindo a defesa de seus interesses e das elites.

Se estas mulheres chegaram a este ato de coragem é porque alguma coisa está errada.
O ato foi de denúncia, foi um grito para que a sociedade pudesse enxergar algo que não
está vendo, mas que está destruindo com os nossos rios e nossos animais, com a diversidade
da natureza e mesmo com as nossas vidas.
Assim, no dia 8 de março, quando mais de mil e quinhentas mulheres entraram no
Horto Florestal, em Barra do Ribeiro, elas pensavam no futuro do planeta e denunciavam,
para que fossem punidos, os verdadeiros criminosos da monocultura, do agronegócio
do reflorestamento.
Foi um apelo em defesa da vida.
Fonte: MMM - Marcha Mundial das Mulheres http://www.marchamundialdasmulheres.org/

Trago a vocês uma Reflexão

Temos, todos que vivemos
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual, porém, é a verdadeira
E qual a errada,
Ninguém nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar...

Fernando Pessoa - Poeta Português

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A indústria da beleza: falsas promessas


O Brasil é o quarto país vendedor de cosméticos no mundo. Em 2005, esse mercado cresceu 34% e as mulheres são as principais consumidoras. Em 1996, 98% das mulheres gastavam umaparcela significativa de seus salários com cosméticos e serviços de beleza. As que ganham menos chegavam a gastar 20% de seu salário. (fonte Datafolha)
Por trás da aparente diversidade de produtos nos supermercados existem poucas empresas que controlam várias marcas de produtos, cada uma para atingir um perfil de consumidor diferente. A maior transnacional do mundo neste setor, a L'oreal, da França, tem algumas marcas voltadas para o consumo popular, como a linha de esmaltes e xampus Colorama. Para as mulheres com renda elevada, desenvolve produtos como os cremes Lancôme. A L'oreal, em conjunto com uma grande transnacional farmacêutica, a Roche, desenvolve os chamados "cosméticos ativos", como os cremes anti-rugas.
A Avon, outra grande transnacional desse setor, explora o trabalho das mulheres através de um sistema de venda direta, que aparece como complemento à renda ou uma facilidade para as mulheres, pois não precisam ter tempo fixo para o trabalho. Elas não têm nenhum direito garantido e são consideradas "consultoras de beleza", mas garantem uma grande margem de lucro para estas empresas e são mais da metade da mão-de-obra do setor de cosméticos. As consultoras da Avon e da Natura chegam a 1 milhão de mulheres.

Fonte: http://www.marchamundialdasmulheres.org/

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Direção Colegiada se reuniu no sábado - 01/09 no Sintrajufe


A direção colegiada se reuniu na sede do Sintrajufe nesse sábado. Na pauta, várias questões da categoria e da estrutura do sindicato para dar início à gestão.
Foram definidos os eixos políticos que vão nortear a luta do sindicato.
Não houve polêmica quanto à postura de enfrentamento com o governo Lula - a direção reafirma: NÃO ACEITAREMOS RETROCESSOS e NEM PERDAS DE DIREITOS. Seguirão as campanhas pela retirada do PLP-01 do Congresso Nacional e pela manutenção do Direito de Greve.
Outro ponto da pauta foi a organização das Secretarias: a Diretora Cristina Lemos seguirá na Comunicação e Imprensa, buscando aprimorar o diálogo com o judiciário.
Há vários projetos em andamento, os quais queremos trazer aos colegas até o final do ano.

Comentário da Cris: Demonstrando unidade com a classe trabalhadora,com a CUT e com os movimentos sociais, haverá nessa semana o PLEBISCITO popular pela Anulação do Leilão da Vale do Rio Doce, com urnas na Justiça do Trabalho, no anexo da Eleitoral e na Justiça Federal - dias 05 e 06/09!
Procure as urnas nas escolas e prédios públicos, estarão identificadas com cartazes da campanha.
Para votar, basta apresentar documento de identidade.
Saudações CUTistas!

domingo, 2 de setembro de 2007

Ato de Posse da Direção Colegiada e Conselho Fiscal do Sintrajufe





















A Casa dos Bancários, na General Câmara, ficou pequena para acomodar os companheiros e as companheiras de diversas categorias do mais combativo movimento sindical gaúcho, convidados para o evento. Presentes representantes do SINDJUS, SIMPE, SINDBANCÁRIOS, Sindicato dos Enfermeiros, Sindicato dos Arquitetos e de outras entidades.
Marcaram presença os Diretores do SINTECT-RS (Sindicato dos Trabalhadores em Correios): Vital Barbosa, Golbery Valoria, Milton Raupp, Gilberto dos Santos e Paulo Camilo.
A solenidade de posse teve início com o discurso do Diretor do Sindicato dos Bancários e da CUT-RS, Éverton Gimenis. Ele reafirmou a importância do Sintrajufe e do seu caráter de protagonismo e de vanguarda na luta dos trabalhadores e de sindicatos filiados à Central.
O segundo a discursar foi o representante do Tribunal Regional do Trabalho, o Vice-Presidente Juiz João Ghisleni Filho, o qual salientou os importantes avanços obtidos nas últimas gestões do sindicato no tocante ao diálogo qualificado com as administrações dos tribunais.
O terceiro a discursar foi o Diretor da FENAJUFE, José Carlos Pinto de Oliveira, o Zé (que também temos a alegria de contar na composição da diretoria eleita) lembrou das conquistas obtidas nos últimos anos: a greve que durou 45 dias em 2006 e trouxe o PCS-Plano de Cargos e Salários, mais uma vez, ao judiciário e a conquista do projeto que criou cargos na Justiça do Trabalho. O Diretor da FENAJUFE, Claudio Azevedo, que também está na nova direção do Sintrajufe, falou acerca de sua atuação na secretaria de administração e das contas da federação.
Na seqüência, falaram o Vice-Presidente da Agetra- Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhistas e o representante da Comissão Eleitoral, Joel Fernandes Canto, o qual formalizou o ato de posse.
Reunidos, os membros da direção passaram a palavra à Diretora Cristina Feio de Lemos, que lembrou a trajetória de lutas e de vitórias havidas nos anos de atuação do COLETIVO VIVA VOZ, desde a unificação dos Sindicatos da Justiça do Trabalho, Federal, Eleitoral e Militar, até o momento presente. Cristina reforçou o papel de cada um e de cada uma nessa gestão e lembrou do compromisso assumido pela direção junto à categoria. A diretora enfatizou que existe um projeto de sociedade melhor, no qual esse grupo, o Viva Voz, acredita e que envidará esforços para torná-lo realidade, na construção do movimento dos trabalhadores no seu conjunto e no interior da Central Única dos Trabalhadores. Lembrou a postura de luta e de independência da direção do sindicato nas diversas lutas a serem travadas pela Jornada de 6 horas e pelo Plano de Carreira.
Cristina finalizou com um fraterno abraço a todos os colaboradores e apoiadores, saudando a todos os convidados presentes e aos servidores/as do judiciário federal.
Em seguida, tomou posse a Chapa do Conselho Fiscal eleita e fez uso da palavra o Conselheiro Elton Decker.
Um grande abraço a toda a direção do SINTRAJUFE na gestão 2007/2010!