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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

25 de novembro: Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres


• Las Mariposas, como eram conhecidas as irmãs Mirabal – Patria, Minerva e Maria Teresa – foram brutalmente assassinadas pelo ditador Trujillo em 25 de novembro de 1960 na República Dominicana. Neste dia, as três irmãs regressavam de Puerto Plata, onde seus maridos se encontravam presos. Elas foram detidas na estrada e foram assassinadas por agentes do governo militar. A ditadura tirânica simulou um acidente.

Minerva e Maria Teresa foram presas por diversas vezes no período de 1949 a 1960. Minerva usava o codinome “Mariposa” no exercício de sua militância política clandestina.

Este horroroso assassinato produziu o rechaço geral da comunidade nacional e internacional em relação ao governo dominicano, e acelerou a queda do ditador Rafael Leônidas Trujillo.

Chega de massacre e extermínio de mulheres!
Em 22 de outubro de 2009, uma aluna da Universidade Bandeirante (Uniban), do campus de São Bernardo do Campo (SP), região do ABC, foi à aula com um vestido curto. Nada demais. Em pleno século 21 centenas de alunos a perseguiram pelos corredores como animais raivosos. Aos gritos de “Puta! Puta!”, a aluna foi perseguida.

Em outubro de 2008, o assassinato da jovem Eloá por seu ex-namorado, após ser mantida sob cárcere privado em Santo André (SP), comoveu o país.

Lucimar Rocha, 36 anos foi encontrada morta dentro de sua própria casa, no bairro do Jaraguá, em Belo Horizonte (MG). O marido dela também foi ferido, mas é o principal suspeito pelo crime.

Carla da Silva, 25, grávida de nove meses. A gestante foi à porta de sua casa, no bairro Sarandi, em Porto Alegre (RS). Conversava com parentes quando um homem que passava pelo local sacou uma arma e disparou vários tiros, um deles atingindo o pulmão da gestante. O assassino conseguiu fugir.

Aparecida Socorro Chaves, 41, foi encontrada morta a pauladas em Esmeraldas, município da Grande Belo Horizonte (MG). Segundo a Polícia Militar, que encontrou o corpo numa fazenda na zona rural do município, ela apresentava ferimentos profundos na cabeça, o que indicava que ela teria sido atacada com pedaços de pau e pedras. O marido da vítima, Armando Hermógenes da Silva, 68, é o principal suspeito do crime.

Ana Maria da Conceição, 15 anos, foi morta no Ceará pelo namorado de 21 que, com ciúmes, invadiu sua casa. Ele a matou com um tiro e, em seguida, tentou matar a mãe da garota, de 37 anos, e sua irmãzinha de 6.

Muitas mulheres numa só dor, a da violência, vivenciada pela maioria delas mulheres no mundo inteiro, majoritariamente no espaço doméstico. Algo que tem sido bastante banalizado e considerado sem importância. Segundo estimativas, a mulher vitimada tem sua vida diminuída em até nove anos.

No Brasil, a cada quatro segundos uma mulher é agredida em seu próprio lar por uma pessoa com quem mantém relação de afeto. Além disso, não podemos esquecer a agressão nas ruas e locais de trabalho e estudo, corriqueiras no dia-a-dia, em especial das mulheres pobres trabalhadoras.

No Haiti, milhares de mulheres negras sentem todos os dias o drama da miséria, da falta de alimentos para seus filhos, da violência e dos estupros impostos pela Minustah.

Na Palestina, milhares de mulheres e crianças foram e serão mortos pelo assassino Estado israelense.

No Irã, legalmente a vida de uma mulher vale metade da vida de um homem. Ainda vigora a lei medieval do apedrejamento.

O massacre que as mulheres trabalhadoras enfrentam em todas as esferas de suas vidas é cruelmente silenciado ou dissimulado através de preconceitos. Desde a escola, até os locais de trabalho a mulher é obrigada a conviver com o assédio e a subestimação.

Além disso, não podemos deixar de citar a violência econômica à que as mulheres são submetidas, que se reflete nos salários mais baixos, nas duplas e triplas jornadas de trabalho, no assédio sexual.

Na verdade a violência contra as mulheres é uma forma de controle social que interessa muito à classe econômica dominante, pois, controlando, violentando e desmoralizando as mulheres, controla-se metade da classe trabalhadora, controla-se sua capacidade reprodutiva, mutila sua capacidade de mobilização e se economiza para o capital, que torna exclusivo a elas o trabalho doméstico não remunerado.

Lei Maria da Penha
Embora tenha avançado em relação à antiga lei da cesta básica, essa lei não garante de fato a punição ao agressor, assim como não garante os serviços essenciais à mulher que sofre agressão, como casas abrigo, creches, assistência médica e psicológica, centros de Referência com profissionais capacitados e estabilidade remunerada no emprego. As consequências disso já podem ser conferidas. Segundo o Conselho da Mulher do Distrito Federal, o número de denúncias caiu, mas não porque diminuiu a violência, mas porque as mulheres se sentem mais vulneráveis diante dessa lei.

Além disso, esse já é o terceiro ano consecutivo onde as verbas destinadas ao combate á violência contra a mulher são cortadas pelo governo Lula.

Nas ruas, nas escolas, nas fábricas... Somos mulheres em luta
Frente a esse miserável cenário, só resta às mulheres a sua força coletiva para resistir e transformar esta situação. Nenhuma saída individual é palpável, é real. Somente a luta das mulheres junto à classe trabalhadora é uma alternativa realista para a superação do machismo e da superexploração a que fomos e somos submetidas.

Essa é a lição deixada pelas mulheres haitianas que têm resistido bravamente à ocupação das tropas brasileiras. Das mulheres palestinas, que com paus e pedras nas mãos enfrentam os exércitos sionistas. Das mulheres iranianas, que lutam contra as leis antimulheres, contra o apedrejamento e o extermínio. Das “maestras” hondurenhas que, heroicamente, organizaram a luta de resistência contra o golpe. Das mulheres brasileiras que lutam nas greves e mobilizações.

É nesse sentido que caminhamos ao construirmos o Movimento Mulheres em Luta da Conlutas. Um movimento de mulheres trabalhadoras que se coloca como alternativa de direção para a organização das mulheres que querem lutar contra o machismo e a superexploração.*

Fonte: PSTU

*Importante: Esse blog é CUTista e defende a Central Única dos Trabalhadores como principal ferramenta de luta dos trabalhadoras e dos trabalhadores no Brasil e junto às principais organizações de trabalhadores da América Latina e do Mundo.
O texto acima foi escolhido devido ao seu conteúdo de pesquisa e investigação histórica, é de autoria de Janaína Rodrigues, militante da Conlutas, e foi reproduzido na íntegra.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Capistrano: Dilma, a vitória de uma geração



"Completo 63 anos no dia 13 de novembro. Nasci em 1947. A minha geração viveu os acontecimentos políticos e culturais das décadas de sessenta, setenta e oitenta do século passado com muita intensidade. Claro que nem todos, dessa geração, participaram da vida política e cultural do país, muitos não estavam nem aí para o que estava acontecendo, estavam alheios aos fatos, mas, quem participou viveu momentos de muita inquietação, de uma experiência que marcou muito a nossa visão de mundo."
Lula e Dilma


Lula e Dilma são o fruto de uma geração que sonhou com um Brasil de todos os brasileiros
Foi uma geração com uma parte significativa de homens e mulheres engajados nas lutas políticas e culturais do país. Geração que se identificava não só pela idade, mas, e, principalmente, pelas idéias, tendo como objetivo a busca de um mundo melhor. Para isso se concretizar o caminho era exatamente o engajamento nos movimentos políticos e culturais que naquele período pipocavam em todos os recantos do país.

No início dos anos sessenta o mundo vivia os primeiros momentos da Revolução Cubana, os avanços da Revolução Chinesa, a conquista do espaço sideral pelos cosmonautas soviéticos, a luta contra a guerra do Vietnã, contra o colonialismo europeu na África e Ásia e a luta em defesa da autodeterminação dos povos.

No Brasil vivíamos o governo de João Goulart (1961/1964), os avanços democráticos com as mobilizações de massa: operários e camponeses se organizando. Era um novo país que estava sendo construído. Nesse período: os movimentos culturais, políticos, filosóficos e religiosos surgiam em todos os continentes. As ideias de Bertrand Russel, Sartre, Che, Fidel, Marcuse, Gramsci, Mao Tsé-Tung, Garaudy e a teologia da libertação, através do Concilio Vaticano II sob a benção do Papa João XXIII, empolgava a nossa geração. Era um momento de muita ebulição política que despertava a participação efetiva nas lutas por um mundo plenamente democrático.

Tudo isso foi interrompido bruscamente pelo golpe militar de 1964. Golpe que impôs a sociedade brasileira um regime que acabava com as liberdades democráticas, colocando na ilegalidade os movimentos dos trabalhadores e os partidos progressistas. Essa mesma onda antidemocrática se espalha por toda América Latina, impondo governos fiéis aos interesses de Washington. Foi uma época obscurantista.

Através do Ato Institucional no Nº 5 (1968) e o Decreto Lei 477 (1969), o governo militar fecha o regime e inicia uma violenta repressão aos movimentos oposicionistas, políticos e culturais, levando com isso parte dessa geração para luta armada, para luta clandestina, esse era um dos caminhos de enfrentamento ao horror de um regime que não respeitava os direitos fundamentais do cidadão.

Essa geração foi vitoriosa, mesmo sofrendo toda repressão, em um processo lendo e gradual as forças progressista foram avançando até derrotar as forças do atraso.

A presidenta eleita, Dilma Rousseff, é fruto dessa geração, ela nasceu em 14 de dezembro de 1947. Quando do golpe militar de 1964 ela estava com 17 anos, freqüentava o ginásio em Belo Horizonte. Como muitos jovens daquela época, Dilma participava do movimento estudantil, isso era comum, principalmente nos Colégios Estaduais. Com o endurecimento do regime em 1968 ela, como muitos outros da sua geração, tiveram que lutar na clandestinidade, era a luta subterrânea contra a ditadura militar. Dilma foi presa, torturada e condenada a três anos de reclusão pelo crime de pensar um Brasil diferente. Aqui, muitos jovens engajados nas lutas políticas e nos movimentos culturais também foram presos e torturados, alguns foram assassinados. Era a busca da concretização do ideário socialista: um mundo sem fome, com justiça social, sem preconceitos, com oportunidades iguais para todos. Um sonho possível.

No final do século 20 e início do século 21 a geração que foi a luta nos anos sessenta, setenta e oitenta chega ao poder. Os personagens desse embate se tornam protagonistas de um novo cenário político, uns mantendo a sua utopia, a sua coerência, outros mudando de lado. É essa geração que assume o poder e muda a cara do país.

Luiz Inácio Lula da Silva, líder metalúrgico do ABC Paulista, militante da luta sindical, pertencente a essa geração, preso diversas vezes, torna-se Presidente da República. Lula faz um governo transformador, tirando milhões de brasileiros da miséria e da pobreza, projeta o país no cenário internacional. O Brasil passa a ser uma nação respeitada e ele um líder mundial. Tendo no seu núcleo político a esquerda dos anos de chumbo, aquela que resistiu ao regime militar, mantendo a coerência das idéias.

Dilma Rousseff, mulher de classe média, militante de esquerda, presa política nos anos 70, filha de imigrante búlgaro, se torna a primeira mulher presidenta do Brasil. Lula e Dilma, prova da justeza da nossa causa, fruto de uma geração que sonhou com um Brasil de todos os brasileiros, um país independente, próspero e justo, tornam o sonho de uma geração em realidade, um Brasil democrático e socialmente justo.

Nessa luta muitos tombaram, foram barbaramente assassinatos, muitos, até hoje continuam “desaparecidos”, mas o caminho era esse, como dizia o velho camarada Apolônio de Carvalho, apesar de tudo “vale à pena sonhar” e valeu a pena esse sonho. Hoje, o Brasil está dando certo, prova de que o sonho valeu à pena.

Dedico esse registro a Dilma Rousseff, a todos os companheiros e companheiras que participaram dessa luta, entre elas, uma dedicação especial a Anatália de Souza Melo Alves, morta nos porões da ditadura na capital pernambucana em 1973.


Antonio Capistrano é ex-reitor da UERN e filiado ao PCdoB
Fonte: Vermelho

Mulher no Poder


Benditas as urnas que respeitam o silencioso compromisso da vontade democrática de um povo. Soberanas na sua resposta.
Abre-se uma página diferente na História do Brasil com a vitória de Dilma Rousseff, consagrando-se a primeira mulher brasileira na presidência da República, num Governo de trabalhadores, buscando a erradicação da miséria no País.
Dilma foi conduzida ao poder pelo embalo sucessório do seu guru, Luiz Inácio Lula da Silva, líder tangido do Nordeste, vítima da miséria histórica das secas, assumindo uma liderança operária e galgando à chefia da República.
Este surpreendente encaminhamento do Brasil historicamente instalado numa política capitalista, acatando um governo de trabalhadores, há oito anos passados, revelou que a semente trabalhista plantada pelo gaúcho Getúlio Vargas, ressuscitou como um grito de protesto a tantas decepções sofridas pelo povo brasileiro.
O Brasil continua situado no rol dos mais carentes do mundo, a despeito de sua riqueza territorial, maior produtor de ferro, petróleo, armazém mundial de alimentos, maior geratriz natural de energia elétrica, vivendo todos os climas das estações do ano e banhado por seis mil quilômetros de oceano que se liga ao outro hemisfério.
Lula não esperou como os outros presidentes, pela vontade do Congresso Nacional, sempre anêmico, cansado e inerte, para votar as leis urgentes e saneadoras dos grandes problemas nacionais de onde emergem mais de 30 milhões de miseráveis abaixo de uma pobreza clamorosa, debatendo-se nas negras paredes de um analfabetismo crônico, num País capitalista. Lula acertou em distribuir rendas em Bolsa Família, sem o dedo dos atravessadores negociantes da fome e dor alheia.

Milhões de pobres estão se alimentando e sorrindo, ao invés de chorar, abrindo circulação de moeda que renova comércio, mais consumo, emprego, imposto, menos fome, mais alegria.

Dilma seria a combatente contra a miséria, sensibilizando o poder capitalista a se aproximar das suas responsabilidades sociais, enquanto seriam votadas leis salvadoras e o retorno de Lula. Seriam grandes mudanças, com a mulher no Poder.

Geraldo Menezes Barbosa - Jornalista escritor
Fonte: O Diário do Nordeste

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Se você receber ligações telefônicas contra a Dilma - Denuncie!


Várias pessoas estão recebendo as tais ligações de um telemarketing com difamações contra a Dilma e pedindo voto pro Serra.
Várias companheiras e companheiros já estão denunciando em todo o Brasil. O PT nacional também já encaminhou denuncia.
Acabei de ligar para o Ministério Público Eleitoral RS Fone: (51) 3216 2172. Pode ser por Fax: (51) 3216 2175 ou diretamente na rua Sete de Setembro, 1133, 17º andar - Centro - Porto Alegre/RS.
Tem que informar o número do telefone onde recebeu a ligação, se tem bina anote o número e se puder gravar ajuda bem mais e é mais certo que a denuncia seja acolhida.

Saudações feministas

MULHERES GAÚCHAS MOBILIZADAS PARA ELEGER DILMA
http://www.raulpont.com.br/noticias/detalhe/mulheres-gauchas-mobilizadas-para-eleger-dilma

Notícia sobre o Telemarketing Anti-Dilma da equipe de José Serra:

Telemarketing

O material impresso já foi apreendido pelo TSE por se tratar de propaganda irregular. Em outra frente, o PT elaborou outro pedido para que a Justiça Eleitoral apure uma propaganda feita por telemarketing, em Minas Gerais, em que o eleitor é questionado se votou em Marina Silva (PV). Quando a resposta é afirmativa, inicia-se um discurso contra a campanha de Dilma.

"É indiscutível a relação com a campanha de José Serra. É evidente que não poderíamos deixar de entrar com uma ação pública. Os fatos são graves. A central de calúnias que vem atingindo a nossa candidata começa a ter seus autores identificados. É uma coisa tão articulada que não pode ter sido feita por amadores", disse Cardozo.

Para ele, "é uma propaganda eleitoral manifestamente ilegal". "Vamos entrar com ação também contra um telemarketing que pergunta se alguém na casa votou em Marina Silva e então começam a pedir votos para Serra. Há de se perguntar quem tem recursos para uma ação cara como a do telemarketing. A ética não serve só para ser evocada em arroubos. Não agiremos da mesma forma."

Edinho Silva afirmou que a denúncia chegou aos petistas por meio de um eleitor. "Não pode ser coincidência. Eu peço que a campanha do outro candidato se manifeste a respeito disso", disse. "Existe uma logística para distribuir 20 milhões de panfletos. Esperamos que as respostas sejam dadas, como quem financiou."

Fonte: http://www.jusbrasil.com.br/politica/6076160/dona-de-grafica-com-folheto-anti-dilma-e-filiada-ao-psdb

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Nota de Repúdio contra o uso eleitoral do debate sobre o Aborto


Mais uma vez, em contextos de disputa eleitoral, o patriarcado por meio de seus representantes na classe política conservadora, explora as necessidades do povo. Mais uma vez é sobre o corpo das mulheres e contra a autonomia das mulheres que a disputa se faz.

Ainda hoje e apesar da Lei do Planejamento Familiar de 1996, pratica-se a troca de votos por laqueadura de trompas. Apela-se para a mentira e o terrorismo para combater a luta por direitos humanos para as mulheres e para chantangear candidaturas.

Desde os anos 1980, o movimento de mulheres adota o 28 de setembro como o Dia Latino-Americano Pela Descriminalização do Aborto. Este ano, nessa data, foi lançada a Plataforma para Legalização do Aborto no Brasil. Na Plataforma estão colocados os termos do debate que queremos fazer com a sociedade brasileira, os movimentos sociais, as associações de classe, os partidos, parlamentares, o Poder Judiciário e o Executivo. Queremos que o debate seja feito de forma politizada e não moralista.

Repudiamos o uso político da questão do aborto, causa tão complexa e importante para a vida das mulheres. Repudiamos as lideranças religiosas que manipulam informações, aterrorizam e mentem para seus fiéis em favor da ampliação de seu próprio poder político.

Exigimos respeito à dignidade das mulheres! Queremos um ambiente democrático para fazer o debate franco e informado sobre o direito à maternidade e à auto-determinação reprodutiva para todas as mulheres, sem discriminação de classe ou de cor.

Nenhuma mulher deve ser presa, punida, perseguida, maltratada,ou humilhada por ter feito um aborto.

Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto

http://mmm-rs.blogspot.com/
Ilustração: http://tc.silva.zip.net/arch2007-09-01_2007-09-30.html

Lula e as eleições



Vivenciamos a primeira eleição presidencial pós-ditadura sem Lula concorrendo, e a forma como a mídia e seus comentaristas amestrados têm abordado tal fato quer fazer crer que se trata da grande novidade do pleito de outubro. Nada poderia ser mais falso: até 2002, Lula era apenas um candidato a quem reiteradamente, eleição após eleição, em decorrência de manipulações sujas ou em pleitos honestos, negava-se o poder – não passava, portanto, de uma potencialidade, uma esperança sempre adiada.
A situação agora é bem outra: o nome Luis Inácio Lula da Silva, de fato, não constará da cédula eleitoral, mas é em torno de seu legado, onipresente, que se travará a batalha eleitoral que definirá o(a) próximo(a) governante do país. É preciso, portanto, dimensioná-lo em seus méritos e defeitos, bem como examinar os rumos que os três principais candidatos presidenciais tenderiam a impor a tal legado.

O novo cenário econômico
Chaga social que aniquila o indivíduo e abala famílias, o desemprego, que no governo FHC bateu nos 20%, desce a 7,2%, o menor índice desde 1991, fruto dos 12 milhões de empregos criados desde 2002, em função da expansão da economia promovida pela gestão Lula. E isso durante um período em que o salário mínimo passou dos 64 dólares suados estabelecidos pelo governo tucano para 290 dólares – ou seja, um aumento de mais de 350%, que desmente a velha ladainha de que aumentos do salário mínimo causariam desemprego em cadeia.

Na seara macroeconômica, o país não apenas deixou de recorrer regularmente, pires à mão, ao FMI, como passou a ser credor do órgão, com um déficit de 185 bilhões de dólares negativos dando lugar a um superávit de 239 bilhões de dólares (ao passo em que a taxa de juros, que um dia foi de 27%, hoje mal chega a dois dígitos). Enquanto o mundo patina, há quase dois anos, numa crise que tem provocado efeitos devastadores nos EUA e na Europa, o Brasil vive um dos melhores momentos econômicos de sua história, a despeito do discurso catastrófico sempre em voga na mídia (primeiro, a incapacidade do governo de fazer o país crescer, desmentida pelos fatos; depois a crise que se revelou marolinha, seguida por alertas de superaquecimento da economia, frustrado e prontamente substituído, com a cara-de-pau costumeira, pelo alarde de uma iminente recessão).

Educação, esportes e cultura
No setor de Educação, as universidades, sucateadas no governo tucano, esvaziadas de professores (atraídos pela isca da aposentadoria precoce, lançada pelo hoje canonizado Bresser Pereira) e com unidades nas quais chegou a faltar giz e verba para pagar a conta de energia elétrica, são hoje o dínamo de um sistema educacional que a adoção do sistema de cotas tornou ainda mais includente; o ensino técnico, que especialistas em educação afirmam de forma quase unânime ser essencial ao país, tinha apenas uma unidade federal quando o ministro era o controverso Paulo Renato de Souza – hoje, apenas sete anos depois, são 17, espalhadas pelo país.

Na pouco observada mas fundamental área cultural, a concentração extrema de financiamentos oficiais no eixo Rio-São Paulo deu lugar a uma disseminação pulverizadada dos insumos, através de concursos e editais – e a contrariedade dos ex-lordes feudais da cultura afetados por esta nova realidade é a cerdadeira razão da chiadeira antilula de certos atores fluminenses e poetas maranhenses. No bojo desse processo, regiões antes virtualmente alijadas de patrocínio cultural – como Ceará e Paráno – são hoje centro irradiador, respectivamente, de relevantes ciclos cinematográficos e musicais. Ainda no âmbito do MinC, os pontos de cultura promovem, à revelia da mídia que finge que não sabe de sua existência, uma microrrevolução cultural atomizada em algumas das áreas mais pobres do país, estimulando, através do acesso a tecnologia digital, a produção musical e videográfica. Até os trabalhadores, historicamente excluídos das políticas culturais oficiais, se veem ora contemplados com o Vale-Cultura, para desgosto de jornalistas paulistas.

Desnecessário sublinhar o quanto significam para o país, no âmbito do esporte, ter conquistado o direito, após duras disputas com outras nações, de hospedar não só a Copa do Mundo de 2014 mas – para júbilo emocionado do presidente, que se empenhou pessoalmente na candidatura brasileira – as Olimpíadas de 2016, na cidade do Rio de Janeiro.

No exterior, um novo Brazil

Em termos de política externa, a submissão resignada aos EUA deu lugar a uma orientação multilateral que não apenas privilegia o Mercosul, mas diversifica-se e expande-se na direção dos demais BRICs – Índia, Rússia e China, esta agora a primeira parceira comercial do país, além de incentivar, de maneira institucionalizada, as trocas comerciais com a África.

E, acima de tudo, como tanto o establishment político como a mídia internacionais reconhecem e saúdam – que o digam Le Monde, El País, The New York Times e até The Economist –, as políticas de transferência de renda implementadas e/ou largamente expandidas no governo Lula tiraram, até agora, de acordo com números oficiais mundialmente aceitos, mais de 35 milhões de pessoas da miséria (contra meros 2 milhões nos 8 anos do governo FHC). Só a insensibilidade social profunda ou o dogmatismo político mais entranhado pode explicar – mas não justificar – o não-reconhecimento de tal conquista – uma das bandeiras históricas da esquerda brasileira.

Por fim, falta registrar que, ao contrário do general Figueiredo, de Sarney e de FHC – que, como aponta o jornalista Leandro Fortes, “alterou a Constituição Federal, à custa de um escândalo de compra de votos no Congresso Nacional, para emendar um segundo mandato” –, Lula circunscreveu a duração de seu poder ao que determinara a Lei, sem mover uma pena em busca do terceiro mandato, hipótese esta martelada como um “eterno factóide” pela mídia corporativa, expressando um seu wishful thinking potencialmente incitador de golpismo.

Desafios e perspectivas
É evidente que tal cenário não está desprovido de aspectos problemáticos e áreas críticas, herança secular de uma das sociedades mais desiguais do planeta. A violência, rotineira e espraiada em virtualmente todo o território nacional, permanece como um cancro a distinguir negativamente o Brasil em relação aos países civilizados, a demandar uma ação conjunta e contínua das esferas federal, estaduais e municipais; as sucessivas derrotas da administração lulista em suas tíbias tentativas de democratizar as comunicações não nos pouparia – não fossem a internet e a blogosfera – de uma esfera pública engessada e praticamente monopolizada nessa área; as teles e os bancos seguem maltratando seus clientes, com um serviço caro e de má qualidade, como se fora da esfera das leis estivessem.

Mas se em apenas oito anos o governo Lula foi capaz de promover as melhorias substanciais que ora se verificam, alterando o perfil socioeconômico da população brasileira e a inserção internacional do país, é de se esperar que, num período condizente de tempo, o combate efetivo a tais e outros males seja consubstanciado a contento. Por isso, mais do que qualquer outro candidato – seja o truculento e privatista José Serra, que vem de uma péssima gestão em São Paulo ou a inexperiente e misteriosa Marina Silva –, Dilma Rousseff, gerente do maior programa de aceleração de crescimento da história do país e representante da continuidade da atual gestão, faz por merecer o voto dos brasileiros na eleição que se aproxima, como legítima representante do legado de Lula.

Balanço final

Sobre tal legado, uma última observação: o jornalista Claudio Bojunga, na luminosa biografia que escreveu sobre Juscelino Kubitschek (JK, o artista do impossível. Objetiva, 2001), adota como um dos parâmetros para se definir um estadista a capacidade de legar um novo e melhor país após o seu mandato. A se adotar tal critério, Luis Inácio Lula da Silva, pelas razões acima elencadas e por apregoar uma cultura do diálogo e da negociação – mesmo tendo sido atacado de forma vil por jagunços da imprensa –, merece, com louvor, o epíteto de estadista, pois recebeu um país totalmente periférico na ordem mundial, com uma economia presa a crises ciclotômicas e uma população dominada por bolsões de pobreza e miséria – e está prestes a entregar a seu sucessor um novo player no cenário geopolítico mundial, um país economicamente sadio e uma nação socioeconomicamente mais justa, ainda que a mídia corporativa, a direita contrariada e mesmo muitos soi-disant esquerdistas insistam em não reconhecer tal fato.

* Maurício Caleiro, Rio de Janeiro-RJ. Blog: cinemaeoutrasartes.blogspot.com

Fonte: http://www.amalgama.blog.br/08/2010/lula-eleicoes/

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Marina... você se pintou?


“Marina, morena Marina, você se pintou” – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o “grito da Terra e o grito dos pobres”, como diz Leonardo.

Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?

Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as “famiglias” que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.

Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.

Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. “Azul tucano”. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.

Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a “vitória da Marina”. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.

“Marina, você faça tudo, mas faça o favor”: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você “tanto faz”. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem “esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele”.

Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. “Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu”.


Autor: Maurício Abdalla - Professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros.

A minguada votação da (des)governadora não surpreende os trabalhadores


Para todos aqueles que acompanharam o governo da ex-ministra Yeda Roratto Crusius no Rio Grande do Sul há um consenso: houve grande conivência da mídia local com esse (des)governo.
Desde os primeiros 100 dias de governo, a ex-deputada de FHC mostrava sua pendência por atingir grandes metas - desde que no campo pessoal. O orçamento estadual sofreu indecente maquiagem até que Yeda pudesse anunciar seu propalado "déficit zero", em detrimento de investimentos na área social e com cortes direcionados ao funcionalismo estadual. A chefe do executivo estadual posou diante das ávidas câmeras da RBS, dos microfones das rádios ou das câmeras operadas pelos oprimidos trabalhaadores da TVE (transformada em território de atuação dos integrantes do Piratini) durante todo o seu governo, realizando programas de "perguntas e respostas" para que pudesse diretamente oferecer à população - via veículo oficial - a sua personalíssima versão dos fatos.
A relação do governo da tucana com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e as denúncias que surgiram foram transformadas pela mídia em ações pontuais, na tentativa de não permitir que arranhassem a imagem da governadora.
Mesmo diante dos fatos contundentes apresentados pela investigação da Polícia Federal na Operação Rodin, de Santa Maria, apontando as Fundações e as íntimas relações dessa sangria de quarenta milhões dos cofres públicos - sem licitação desde o governo Rigotto - com migração direta aos caixas de empresas cujos proprietários foram identificados como diversos dos seus assessores e de políticos ligados à casa civil, não foram suficientes para a imprensa gaúcha tomasse a frente na luta pelo fim da corrupção e em defesa do povo.

A CPI que teve início após muito esforço pelas bancadas de oposição só tiveram seus pedidos assinados pela base de apoio da governadora quando houve a divulgação de gravações de conversas entre diversos indiciados no inquérito das Fundações, tamanho o esforço de blindagem ao governo estadual.
Essa CPI, conduzida pelos parlamentares de oposição como Fabiano Pereira, Raul Pont, Elvino Bohn Gass e outros, foi acachapada por declarações de idoneidade reforçadas em diversas edições dos jornais de grande circulação na Capital e no interior.
Nunca se viu tantas vezes a imagem da governadora nas páginas frontais dos jornais - chegando a ser capa do jornal Correio do Povo com o dedo em riste (em posição ameaçadora aos seus acusadores?)no dia seguinte à sessão da Assembleia Legislativa que, com o voto de seus aliados, decidiu pelo "arquivamento" do impeachment da (des)governadora.
Diga-se de passagem, a relatora do pedido de impeachment formulado pelos deputados de oposição e pela sociedade gaúcha foi a Deputada Zila Breitenbach - PSDB, uma das citadas nos relatórios do inquérito conduzido pela Polícia Federal como integrante do esquema, jamais poderia ter sido a responsável pela relatoria enão poderia ter sido esperado outro encaminhamento que não fosse o imediato arquivamento sem o aprofundamento das investigações e eventual condenação de seus próprios correligionários, ou seja, sem nenhuma isenção no processo.

Naquele momento e desde então, esse blog destaca os movimentos da sociedade civil, como os sindicatos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST, a Marcha Mundial das Mulheres, a CUT e as Centrais de esquerda e outras associações agiram de forma contundente, mesmo com a criminalização dos movimentos sociais - tratados como selvagens e ilegitimados diante da opinião pública nos veículos de comunicação em todo o estado.
No Ato de 8 de março realizado na fronteira do estado do Rio Grande do Sul para denunciar a redução da faixa de fronteira encaminhada pelo executivo em favor da monocultura do eucalipto e das indústrias papeleiras, como a Aracruz e a Stora Enso, centenas de mulheres e de crianças manifestantes foram mantidas presas e sofreram violência e privações durante mais de 12 horas, detidas por policiais truculentos - agindo em acordo com as ordens do Comandante Coronel Mendes da Brigada Militar, com anuência explítica da governadora.
O descaso com a sociedade civil organizada, a desconsideração com sindicatos e movimentos sociais, e o desrespeito ao diálogo foi marca de toda essa nefasta administração.
Os movimentos então, saíram às ruas. Nesse contexto, mobilizados em todo o estado e diante do assassinato do companheiro agricultor Edson Brum, atingido pelas costas por um tiro de arma em poder da Brigada Militar e diante da atitude sempre violenta das forças policiais sobre todos os trabalhadores e trabalhadoras que tomaram sem cessar a Praça da Matriz, a sociedade gaúcha preparou sua resposta.

Salve a brilhante atuação dos Servidores Públicos, que não poderiam agir de forma diferente em relação à crescente perda de direitos que foi operada pela senhora (des)governadora. Reuniram-se em Foro Estadual e operaram atos em conjunto pela garantia de direitos conquistados e contrariamente aos sucessivos projetos de lei enviados pelo Piratini cujo objetivo era o de ceifar direitos dos servidores estaduais.
Parabéns ao CPERS sindicato, ao SIMPE-RS, ao Sindicaixa, ao Sindsepe-RS, aos bancários do Banrisul e às diversas outras entidades e trabalhadores(as) que, junto à CUT e as demais Centrais de Trabalhadores ligadas à esquerda trabalharam muito para denunciar os demandos desse governo, combatendo de forma desigual os excessos da imprensa em torno da manutenção da impávida figura da (des)governadora.

Somente essa forte proteção dos meios de comunicação é que justifica a votação - no entendimento desse blog - de algum gaúcho desatento no projeto de desmantelamento do Estado e de favorecimento às elites que o PSDB defende e executa no Rio Grande desde o início dessa gestão.

Esse blog espera, por fim, como é a esperança de 54 por cento dos gaúchos que votaram em Tarso Genro no primeiro turno, de forma inédita, que a transição ocorra da melhor forma possível, sem que a equipe do atual governo crie ainda mais obstáculos para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul.

Adeus governadora.
Já vai tarde, Yeda.

Fonte: http://vitalbarbosa.blogspot.com

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A Verdadeira História dos Genéricos, Mais Uma Farsa do Sr. José Serra


Um vídeo sobre saúde do PSBD, veiculado em 2004 e ainda disponível para exibição no site do partido, afirma: não faz muito tempo que só existiam no Brasil remédios de marca, muitos caros, que não eram para todo mundo. Aí, um partido feito por gente séria e responsável decidiu mudar isso e criou os genéricos. Junto com os remédios mais baratos, criou também…
Também em 2004, num vídeo de 30 segundos, José Serra, então presidente nacional do partido, declara: o PSDB implantou os genéricos.
Desde a última segunda-feira, dia 9, inserções de propaganda do PSDB, que faz 25 anos, estão no ar. Na que aparece o governador José Serra é dito que os genéricos completam 10 anos. Ela se refere evidentemente à época em que Serra esteve à frente do Ministério da Saúde.
Todas as pessoas mais esclarecidas tinham certeza ou, no mínimo, desconfiavam de que a propaganda dos genéricos não correspondia à verdade dos fatos.
“Serra, pai dos genéricos? PSDB, criador dos genéricos? Assumir como deles é um embuste! Se fizerem isso de novo, eu denuncio”, prometeu o verdadeiro pai dos genéricos, o médico Jamil Haddad, falecido em 11/12/2009, ex-deputado federal, ex-prefeito do Rio Janeiro e ministro da Saúde de outubro de 1992 a agosto de1993, no governo Itamar Franco. “Em política, a traição é uma norma. Só não se sabe a data.”
Serra e o PSDB reincidiram. Jamil, presidente de honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB), cumpriu a palavra. Em reportagem publicada nesse sábado, dia 13, no blog Os amigos do Presidente Lula, ele detalha a história.
“Já tentei denunciar isso várias vezes na grande imprensa, mas ela faz vista grossa”, revela a esta repórter. “É só pegar o decreto 793 de 5 abril de 1993 para descobrir a verdade. Eu baixei-o junto com o presidente Itamar, criando os medicamentos genéricos no Brasil”.

O decreto 793 de 5 de abril de 1993, do Ministério da Saúde, assinado por Jamil Haddad, está aqui. A indústria farmacêutica ignorava o governo, fazia o que queria, aumentava os remédios de marca ao bel prazer. A situação tornou-se insuportável. A produção dos genéricos era o caminho. Desde 1981, aliás, a política da OMS era estimular a produção dos genéricos como alternativa para assegurar a disponibilidade de medicamentos essenciais a preços mais baixos à população. Tanto que, em 1993, já eram realidade há muito tempo em vários países, como Estados Unidos, França e Itália.

“Em 1991, o médico e deputado Eduardo Jorge [na época, no PT-SP] havia apresentado à Câmara Federal projeto propondo a fabricação dos genéricos no País”, detalha Jamil Haddad. “Em 1993, já no Ministério da Saúde, vi que o projeto continuava na gaveta da Câmara e, ao mesmo tempo, a OMS nos solicitava a liberação dos genéricos. Consultei a assessoria jurídica do Ministério da Saúde que disse não haver necessidade de a autorização ser feita por lei. Podia ser por decreto. Eu preparei-o, levei ao presidente Itamar, que assinou junto comigo.”

“Na prática, em 1999, quando a lei foi aprovada e o Serra era o ministro da Saúde, genéricos já estavam sendo fabricados no Brasil”, enfatiza Jamil Haddad. “A lei de 1999 é apenas a regulamentação do decreto que já existia. O projeto aprovado foi um substitutivo que apresentei ao do Eduardo Jorge e que recebeu uma porção de emendas. Hoje, os genéricos são uma realidade no País. Até o laboratório multinacional Merck, Sharp & Dohme, que fez campanha feroz contra mim naquela época, entrou violentamente no mercado dos genéricos, como já fazia no restante do mundo. Você acha que ia deixar de comer uma fatia desse bolo?”

Foto: www.cultureba.com.br

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mulheres unem centrais sindicais para apoiar Dilma


As sindicalistas das seis maiores centrais brasileiras (CTB, CGTB, CUT, Força Sindical, NCST e UGT) estão unidas para eleger Dilma Rousseff a primeira presidenta do Brasil.
Nesta terça-feira (17) elas declaram esse apoio formalmente à nossa candidata, durante uma atividade em São Paulo. O evento - organizado pelo comitê suprapartidário da coligação Para o Brasil Seguir Mudando - está marcado para às 10h30, na Casa de Portugal, com a participação de centenas de trabalhadoras.

Vamos mobilizar nossa militância na internet e fazer uma cobertura colaborativa desta importante mobilização. Publique textos no seu blog, suba fotos, vídeos e compartilhe sua opinião por meio de redes sociais como o #dilmanarede, Twitter, Orkut e Facebook.
O evento será transmitido ao vivo pela rede mundial de computadores através do portal: www.dilma13.com.br e pela rede social: www.dilmanarede.com.br.

Acompanhe a atividade também pelos nossos twitters: @dilmanarede, @dilmanaweb, @galera_dilma, @mulheres_dilma e @participabr.

Vamos tod@s conectad@s com Dilma pelo Brasil! Juntos faremos a melhor cobertura desta eleição!

Fonte: Equipe Dilma13

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Marcadas para 17 de agosto as eleições no Sintrajufe

Estão marcadas para o dia 17 de agosto as eleições para a Diretoria Colegiada e o Conselho Fiscal do Sintrajufe. A comissão eleitoral, responsável pela condução do pleito e eleita em assembleia geral realizada dia 10/4, no auditório das Varas Trabalhistas de Porto Alegre, definiu a data em reunião realizada no último dia 13 de julho (veja edital aqui).

A comissão estipulou a data cumprindo as deliberações da categoria aprovadas nas assembléias gerais de 12 e 28 de maio de 2010 e considerando a suspensão do processo de greve no Judiciário Federal, decidido em 9 de julho. Integram a comissão Alberto Freire Ledur (Simpe/RS), Joel Fernandes Canto (Sind. dos Metalúrgicos de Canoas), Carlos Eduardo Miranda Alves (Sindsepe), Regina Abraão (Semapi) e Almerindo Cunha de Souza (Simpa). Estão na suplência Osvaldir Rodrigues da Silva (Sindjus/RS) e Claudir Nespolo (Sind. dos Metalúrgicos de PoA). Eles foram eleitos, proporcionalmente, em chapas apresentadas na assembleia.

A inscrição de chapas poderá ser feita na sede do Sintrajufe até o dia 19 de julho de 2010. A Secretaria da Comissão Eleitoral funcionará de segunda a sexta-feira no horário compreendido entre as 10 horas e 18 horas. Estão aptos a votar nas eleições todos os servidores sindicalizados até o dia 19 de maio de 2010 e que estejam em dia com suas obrigações sindicais. Até o fechamento desta edição este número totalizava 4.843 servidores.
Fichas de qualificação para as inscrições podem ser acessadas na página do sindicato.

Fonte: www.sintrajufe.org.br

Herdeiro do Grupo RBS estupra menina de 14 anos em Santa Catarina

Caros leitores,

Estamos nos dirigindo a vocês, por ser nosso único meio de comunicação ainda livre de controle da informação falada e escrita, especialmente para o nosso caso de Florianópolis onde o domínio é total pela RBS que controla tudo.

Somos um grupo de mães do tradicional Colégio Catarinense de Florianópolis. É de conhecimento geral de que se trata de um colégio no qual estudam os filhos das famílias mais tradicionais, influentes e ricas de nossa Cidade, ou seja, a chamada “elite” Florianopolitana. Neste momento em que escrevemos isso estamos profundamente envergonhadas, pois este colégio está se tornando uma escola formadora de alunos pedantes, arrogantes, sem escrúpulos, sem noção do que é certo ou errado, pois esta escola está travestida de uma impunidade para os atos de seus alunos de pais influentes.

- Já não bastassem que há anos existam drogas circulando pelas dependências da escola, trazidas e servidas pois filhos de pais influentes;

- Já não bastassem que há anos acontece de tudo nas dependências da escola, como cheirar, fumar todos os tipos de fumo, transar, bater e intimidar os mais fracos;

- Já não bastassem as gangues famosas do Catarinense ameaçando os próprios alunos que não fazem parte, ou andando pela cidade ameaçando alunos de outras escolas, ou nas baladas cantando de galos, ou lutando entre si até sangrarem como já apareceu na TV;

Como se isso não bastasse, sem que nós pais pouco ou nada pudéssemos fazer junto a Direção do Colégio para que tomassem uma atitude com essa permissividade absurda que estava crescendo nas dependências da escola, principalmente em relação a esses filhos dessa elite maldita de nossa Cidade, agora temos um estupro de uma de nossas adolescentes. Isso mesmo, uma aluna do Colégio Catarinense foi brutalmente estuprada por três colegas, igualmente com 14 anos cada e colegas do mesmo colégio.

Tomamos essa medida de contar esta história que aconteceu há poucos dias (hoje é 28/06/2010), mas que está sendo abafada pela imprensa, porque um dos alunos estupradores é o filho de 14 anos do Sr. Sérgio Sirotsky, um dos Diretores da RBS TV e o outro é o Bruno, filho de um Delegado de Polícia da Cidade. O outro aluno ainda não conseguimos levantar. Quanto ao nome da adolescente, não divulgaremos a pedido da família que está em choque. O que podemos divulgar é que a garota fez o exame de corpo de delito e o processo esta correndo em sigilo (o sigilo não foi pedido pelos pais da garota e sim pelo Delegado e pelo Sr. Sérgio Sirotsky pra preservar os delinqüentes e estupradores de seus filhos).

O caso ocorreu porque a menina terminou o namoro com o filho do Delegado, aí os amigos resolveram se vingar da garota. Encontraram com ela no Shopping Beira Mar, colocaram alguma droga na sua bebida (parece que foi a droga Boa Noite Cinderela) e a levaram para o apartamento da Mãe do filho do Sérgio Sirotsky que fica bem próximo ao Shopping Beira Mar. No quarto do garoto, os três estupraram a garota de todas as maneiras possíveis, até introduziram um controle remoto na vaggilina. Quando estavam estrangulando a garota, a mãe (ex mulher do Sérgio Sirotsky) entrou no quarto. Disseram que em princípio, e acreditamos que sim, pois deve ter sido uma cena grotesca e inimaginável para qualquer pai ou mãe, teve um ataque e bateu muito nos garotos e principalmente no filho. Porém passado o choque inicial, ela deve ter pensado nas conseqüências terríveis do ato de seu filho e resolveu protegê-lo. A garota ainda estava desacordada, então ela vestiu a menina, enrolou um cachecol em volta de seu pescoço para esconder as marcas e ligou para a mãe da menina dizendo: “Venham buscar sua filha, pois sabe como são esses adolescentes, fizeram uma festinha aqui em casa na minha ausência, andaram bebendo e se passando, ela está meio bêbada e caindo pelas tabelas.” Os pais foram buscá-la e a levaram para casa desacordada, porém aos poucos ela foi acordando e começou um choro desesperado e a falar coisas desconexas beirando ao histerismo. A mãe apavorada com o comportamento da filha, tentando acalma-la e ao tirar o cachecol viu as marcas no pescoço da filha em choque sem saber o que pensar ou dizer levaram imediatamente a filha ao médico e lá chegando o mundo foi caindo para esta família. Depois do médico foram orientados a ir a Polícia e a fazer o exame de corpo e delito.

Desnecessário dizer que os pais da garota receberam o telefonema do todo poderoso da RBS para que resolvessem esse “problema” e forma discreta, pois a final era o futuro de “seus” filhos que estava em jogo.

Pergunta: Qual futuro está em jogo???? Da garota estuprada ou dos garotos estupradores?????

Resposta: A garota irá sofrer muito com certeza e juntamente com toda a sua família, mas irá superar porque o mal não está com ela. Agora, esses garotos estupradores e quase assassinos, porque se a mãe não tivesse chegado a tempo eles teriam matado a menina, esses não têm mais jeito, esses estão marcados pro resto da vida têm que ser punidos, pois se não forem continuarão a fazer isso com outras meninas respaldados por essa impunidade garantida pelos seus pais poderosos.

Divulguem isso por favor, nos ajude a impedir que mais essa aberração desses garotos passe impune. Que aliás não é a primeira vez que esses garotos aprontam, são uns delinquentes, prodígios de bandidos.

Assinado: Mães indignadas do Colégio Catarinense

Fonte: http://meliorblog.blogspot.com/2010/06/estupro-de-menina-por-tres-rapazes.html

quinta-feira, 18 de março de 2010

Encerramento da 3a Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres será nesta quinta, dia 18

A primeira etapa da 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres está chegando ao fim. A mulherada encerra a caminhada de Campinas a São Paulo na tarde desta quinta-feira, 18, depois de dez dias de marcha e muitas oficinas de formação.

A atividade foi marcada por diversos momentos de emoção das militantes, como a calorosa recepção feita pelas 70 mulheres que trabalharam na cozinha em Cajamar. O relato de quem estave lá é que o momento emocionou à todas, já que a caminhada diária só foi possível graças aos alimentos produzidos pela companheiras.

As gaúchas da Marcha Mundial das Mulheres relatam que todas as atividades são muito produtivas, já que a troca de experiências fortalece a militância e a luta, que deve ser permanente, mas que em 2010 prevê uma extensa agenda.

Por onde passam as marchantes contam que são muito bem recebidas e, a cada dia, mais e mais paulistas se somam ao percurso. Somente hoje mais de 50 gaúchas se somaram a atividade, que culminará com um ato no final da tarde de quinta-feira, 18, em São Paulo, no estádio Pacaembu.

No retorno das companheiras ao sul faremos um bate-papo mais detalhado para contar os bastidores da Ação, além de uma avaliação dos dez dias de atividades.

Luciana Borba
Assessora de Imprensa

quinta-feira, 4 de março de 2010

Criada a ALTERCOM - Associação da "OUTRA" Mídia


Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação.
Esse foi o nome aprovado no sábado, para a entidade que deve reunir editoras, sites, produtoras de vídeo, de rádio, revistas, jornais, blogueiros, agências de comunicação e tantos outros que não se sentem representados pelo condomínio comandado por Abril/Globo/Folha/Estadão, nem tem peso econômico para atuar junto às grandes teles.

O nome fantasia da nova associação será ALTERCOM.

A entidade é fruto de quase seis meses de debate. Mais que tudo, é fruto da experiência concreta.
A ALTERCOM surgiu como resultado das articulações iniciadas durante a Confecom - Conferência Nacional de Comuncação. (Brasília - de 14 a 17 de dezembro de 2009)
Como já escrevi aqui, um grupo de pequenos empresários da comunicação conseguiu eleger uma bancada de 20 delegados por São Paulo, para participar da Confecom.
O grupo, conhecido como G-20, não se alinhava nem com as teles (conglomerados milionários que chegaram ao Brasil recentemente, e também estão em guerra contra os velhos barões da mídia), nem com o setor tradicional de jornais/revistas e radiodifusão no Brasil.
O G-20 ajudou a aprovar muitos princípios importantes na Confecom - incluindo a criação do "Conselho Nacional de Comunicação".
A turma do G-20 percebeu, então, que havia espaço e necessidade para se criar uma entidade que articulasse permanentemente esse setor.
No último sábado, o G-20 ficou maior. Um grupo de 40 ou 50 pessoas (o pessoal da "CartaMaior" deve divulgar depois um balanço mais detalhado) se reuniu em São Paulo e tomou a decisão de criar a entidade, que terá uma dupla função: defender as posições políticas e os interesses econômicos dos pequenos empresários (alguns nem tão pequenos assim) e dos empreendedores individuais da comunicação.

Defender as posições políticas significa participar do debate nacional. Exemplo: se a ABERT (que representa a Globo) ou a ANER (que representa a Abril, basicamente) divulgam uma carta criticando a Confecom, por atentar contra a "liberdade de expressão", nossa entidade poderia fazer o contraponto, em nomes dos empresários e empreendedores que não se alinham com o grande capital.
A defesa dos intereses econômicos significa luta para que a repartição das verbas públicas de publicidade seja mais justa, ajudando a incentivar uma diversidade maior de vozes no Brasil.
Num segundo momento, pode significar também uma articulação para que os pequenos conquistem parte da verba dos grandes anunciantes privados - por que, não?
Alguns dos presentes na reunião do último sábado propuseram que a entidade trouxesse em seu nome a marca da "midia alternativa". Queriam que a entidade fosse a Associação da Midia Alternativa. O argumento é que essa marca "alternativa" é usada no mundo todo, e seria também uma referência à "imprensa alternativa" (jornais como Opinião, Movimento, Pasquim, Em Tempo, EX, e tantos outros) que cumpriu papel importante na passagem dos nos 70 para os 80 no Brasil.
Mas a maioria preferiu manter essa marca de "alternativo" fora do nome, por entender que poderia trazer a impressão de algo precário, sem qualidade. No Brasil atual, quando falamos em "alternativo", muita gente pensa em algo feito de improviso, sem muita técnica.
Sabemos que não é uma visão justa. Mas a maioria preferiu deixar claro que esse grupo não reúne gente amadora, mas um pessoal disposto a comprar a briga com os grandes - de forma séria, competente, e profissional sempre que possivel.
De toda forma, a referência ao "alternativo" de outros tempos ficou implícita na sigla - ALTERCOM.

O "alter" pode ser lido também como "outro", diferente. E aí há uma associação direta com a idéia do "outro mundo é possível" - tão presente no Forum Social Mundial.
Não vou me adiantar mais. Até porque tudo isso deve constar da carta de princípios e do estatuto da entidade - que devem estar prontos em 15 dias. Aí, nova assembléia será convocada, para aprovação oficial da ALTERCOM.
A idéia é que dela façam parte revistas (como "Caros Amigos" e "Fórum"), sites (como "CartaMaior"), editoras (como "Boitempo" e "Paulinas"), webTVs (como "allTV"), jornais do interior (como "ABCD Maior"), além de agências de comunicação e produtoras de conteúdo para cinema, teatro, rádio. Todas essas são empresas constituídas, de forma convencional, com CNPJ, funcionários, sede, contrato em cartório. O que as diferencia é o conteúdo que oferecem, e o posicionamento político de seus proprietários.

Mas a ALTERCOM vai abrir espaço também - e aí, parece-me, está um grande diferencial da nova associação - para centenas de "empreendedores" individuais surgidos nos últimos anos no Brasil. Quase todos são blogueiros (como esse "Escrevinhador") que ajudaram a quebrar a lógica da comunicação verticalizada.

Blogueiros como Eduardo Guimarães ("Cidadania.com"), Marcelo Salles ("Fazendo Media") e Luiz Carlos Azenha ("VioMundo") já avisaram que vão participar da ALTERCOM.

Quem se associar pagará uma pequena contribuição (certamente, haverá valores diferenciados para "empresas" e "empreendedores individuais").

A ALTERCOM pretender ser uma entidade nacional, aberta. Pode ser um embrião para muitas experiências inovadoras. Tenho certeza.

Em 20 ou 30 dias, ela deve estar funcionando oficialmente, com registro em cartório, site, escritório de representação.

Blogueiros de todo o pais que quiserem participar devem ficar atentos. Em duas semanas, teremos mais novidades.

Rodrigo Vianna
Fonte: Blog do Escrevinhador

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Confecom e o Debate de Comunicação no Brasil



Em clima de muita expectativa e tensão, teve início na noite de segunda-feira, 14/12, a I CONFECOM - Conferência Nacional de Comunicação, no Centro de Eventos Ulysses Guimarães, em Brasília. Distante de ser a conferência desejada pela maioria da população envolvida nas Comissões Pró-Conferência nos Estados, na qual se possibilitasse amplamente o debate a sinalização pela efetiva mudança nas regras de comunicação do país, ainda assim a presença foi massiva nos três segmentos.
A sociedade civil, o poder público e a sociedade civil empresarial vieram para defender seus interesses nos quatro dias de conferência.
A abertura da I CONFECOM teve a presença do Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, do Ministro das Comunicações Hélio Costa-PMDB/MG, do Ministro Luis Dulci e Franklin Martins e do Presidente da Comissão Nacional de organização da I CONFECOM, Marcelo Bechara, do Presidente da Câmara dos Deputados Michel Temer-PMDB/SP, do Presidente da ABRA (Rede Bandeirantes) Saad, Celso Schröder, Coordenador Nacional do FNDC, e, na mesa, a única mulher presente, pela CUT, Secretária Nacional de Comunicação, Rosane Bertotti.

Celso Schröder, a quem coube abrir a conferência, pontuou os momentos que foram trilhados até a chegada a esse momento, com tentativas de sabotagem de empresários como a ABERT, ADJORI e de outras empresas, que não levaram adiante a discussão e organização das regras da Conferência para evitar que se aprovasse uma nova legislação no setor que pudesse eventualmente afetar seus interesses.
O ministro das Comunicações Hélio Costa foi vaiado demoradamentre pelo plenário durante seu discurso, tergiversando acerca de questões centrais para a comunicação, como o enfrentamento direto à concentração de propriedade nos veículos, o mesmo ocorrendo com o representante da Rede Bandeirantes (ABRA).
O Presidente Lula abriu a Conferência com um discurso que não empolgou, embora houvesse clareza do momento histórico em que se realizava o evento. Lula salientou que a importância da conferência estava reconhecida pelo poder público, que se submetia a participar com a representação de apenas 20 por cento do total de votantes, ficando os demais 80 por cento divididos em 40 por cento para a sociedade civil e 40 por cento para o empresariado.

Os trabalhos seguem até o dia 17, quando serão votadas todas as propostas, totalizando mais de 6 mil, vindas das Conferências Estaduais de todas as regiões do país.
Entre os delegados eleitos do Estado do RS estavam Cristina Feio de Lemos, Diretora de Comunicação do Sintrajufe-RS e Vital Barbosa, Ecetista e Diretor da Secretaria de Saúde do Trabalhador do SINTECT-RS.


Veja mais fotos da Abertura da I CONFECOM


Fonte: http://vitalbarbosa.blogspot.com