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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Descaso com as Ciclovias de Porto Alegre

Domingo de sol no Lago do Parque da Redenção, com a bike
Foto: Vital Barbosa
Uma aventura interessante é subir na bike aos domingos em Porto Alegre. Há algumas rotas possíveis, que se ampliam pelo trânsito estar bem mais vazio. Na foto a rota tradicional dos Portoalegrenses, o Brique da Redenção e uma boa pedalada pelo Bom Fim. Começamos ao sair para o almoço e utilizamos para a escolha do restaurante um critério muito simples: paramos no que possuísse estacionamento para bicicletas, foi difícil, pois muitos proprietários não acreditam nessa opção. Escolhemos a Microchurrascaria, na esquina da Venâncio Aires e o Colégio Militar. Dali seguimos para a Volta do Gasômetro, Edvaldo Pereira Paiva - fechada para circulação de automóveis no seu trecho inicial aos domingos, mas sem nenhum respeito aos ciclistas na parte posterior, após a avenida Ipiranga. Nem aos pedestres e usuários do Parque Marinha do Brasil. As faixas de segurança foram recapeadas no asfalto e não há sinalização para atravessar a rua, nem nas esquinas do Arroio Dilúvio com a Ipiranga, nem no meio do Parque Marinha. Não há rampas de acesso para ingresso no Parque. Aliás, notícia importante aos portoalegrenses, especialmente para quem passa pouco na região: foi construída uma nova avenida dentro (no meio) do Parque Marinha do Brasil, provavelmente visando à duplicação da Avenida Beira Rio, todavia, não foram construídos nenhum rebaixamento ou rampa em toda a nova rua. Assim, a Prefeitura de Porto Alegre envia um recado aos pedestres, skatistas, ciclistas e pessoas com necessidades especiais, bem como aos pais com carrinhos de bebê, patinetes, patins ou rollers: VIREM-SE! Eu mesma, pedalando diariamente em toda a chamada "Ciclovia" que vai da Volta do Gasômetro até a Curva do Clube Veleiros do Sul, após o Shopping, enviei diversas mensagens via email para o poder público municipal, apontando os problemas e pedindo providências. A resposta da SMAM - que administra os parques e áreas verdes foi que não é da sua competência a colocação de rampas ou faixas de segurança. A resposta da EPTC, me tratando por "senhor" foi que possui uma equipe técnica que aponta as necessidades de mudança e que esta aponta para estudos que possam vir a ser feitos e blá, blá, blá - não respondeu nada sobre a solicitação. Ah, a EPTC informou ainda que eu poderia protocolar uma via em papel da minha solicitação no posto endereço tal - claramente um resposta copiada e colada, padrão, sem apontar prazos, responsáveis, nada. Esse blog denuncia essa situação e recomenda a todos que enviem os emails, telefonem e exijam o atendimento às situações. Para complementar, há uma Secretaria Municipal de Acessibilidade na Capital, a qual eu desconhecia e vi no saite da PMPA. Enviei também a eles os emails. Seguiremos contando das pedaladas na cidade e pelo mundo. Quando se pedala se vê o mundo, se vê o outro e se vê a natureza que nos envolve. Tira o pó da tua bici e vem. Pedala tu também. Blog Jornada Tripla Pedalando por um mundo melhor.

Ôôô DILMA, eu não aguento! É uma vergonha 5 anos sem aumento!

Servidores seguiram dos prédios de Porto Alegre e do interior do Estado para o Ato contra a Política Salarial de reajuste zero aos servidores do governo Dilma. Em greve desde o dia 17 de outubro, os servidores da Justiça Federal, mesmo cansados, não perderam a oportunidade de gritar as reivindicações no Cais do Porto, enquanto a presidenta e as autoridades municipais celebravam a entrega das máquinas retroescavadeiras para os agricultores. A assessoria da presidência veio até a liderança do Sintrajufe, recebeu o documento com o conjunto das reivindicações da categoria,, mas não recebeu os servidores do Judiciário em greve.

Assembleia lotada em 15 de dezembro suspendeu a GREVE

Diante do prédio da Justiça Federal, principal palco das manifestações e dos Atos da categoria do Judiciário Federal em 2011, a assembleia decidiu pôr fim à greve. O movimento iniciado em 17 de outubro e que reunia a Justiça Federal, do Trabalho, Eleitoral e Militar reivindicava a inclusão do PL 6.613/09 no Orçamento Anual da União para 2012 para que pudessem ser pagas as parcelas da revisão salarial aos servidores do Judiciário. Após muita mobilização e Atos que marcaram a maior greve que o Rio Grande do Sul já fez, dentro da Greve Nacional do Judiciário, a categoria decidiu recuar para agregar esforços e retomar a luta em 2012. A greve completaria, na sexta-feira, dia 16, seus 60 dias e nem a Presidenta Dilma Roussef foi poupada, quando veio a Porto Alegre para a entrega formal das máquinas retroescavadeiras para as prefeituras e para os agricultores do interior do Estado, no Cais de Porto Alegre. Os servidores se concentraram na Praça da Alfândega e marcharam até a beira do cais, ao lado do prédio da Fazenda Estadual e lá ficaram por quatro horas, sob muito sol, para se fazerem ouvir. Foi uma trajetória que contou com o empenho dos servidores e servidoras em todo o estado e que o Sintrajufe-RS, mais uma vez, marcou presença em momentos inesquecíveis, com a categoria unificada, mobilizada e na rua. Um dos marcos importantes nas mobilizações, além do grande Ato em frente ao Hotel Plaza São Rafael, no Centro da cidade, até arrancar a audiência com o Ministro César Peluso - que nunca recebe os servidores - foi a conversa com o Ministro Gilmar Mendes, na reunião dos Ministros do STF e do STJ em Porto Alegre, quando do aniversário dos Juizados Especiaia Federais no TRF da 4ª Região.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Projeto de aluguel de bicicletas no Rio de Janeiro - Bike Rio

Bike Rio é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura do Rio de Janeiro em parceria com o banco Itaú e o sistema de bicicletas SAMBA. As bicicletas do Bike Rio estão disponíveis em estações distribuídas em pontos estratégicos da cidade, caracterizando-se com uma solução de meio de transporte de pequeno percurso para facilitar o deslocamento das pessoas nos centros urbanos.

Tivemos a oportunidade de conhecer o sistema de aluguel de bicicletas que está funcionando na cidade do Rio de Janeiro. É uma parceria entre a Prefeitura do Rio e o Banco Itaú.

Apesar de não ter simpatia por nenhum dos dois particularmente, quero contar aqui para vocês o quanto uma decisão de colocar bicicletas de aluguel à disposição da população por uma quantia extremamente baixa pode ser uma atitude política.

Existem vários pontos vitais da cidade do Rio em que foram colocadas em torno de 10 bicicletas para uso popular. Ao contrário do valor cobrado pela loja que vimos no Arpoador, de R$ 70,00 (setenta reais) por um dia de pedaladas, as bikes do sistema Bike Rio custam R$ 5,00 (cinco reais) e ficam disponíveis ao ciclista por 24 horas para uso. No caso de a pessoa querer utilizar a bicicleta por mais dias, existe a opção de aluguel por um mês e custa, vejam bem, R$ 10,00 (dez reais) para uso nos 30 dias.

A maneira inteligente de manter a rotatividade no uso das bikes e não permitir que alguém "se aproprie" da magrela sem compartilhar com os demais é que as bicicletas precisam ser colocadas em algumas das estações a cada 60 minutos, podendo ser retiradas 15 minutos depois. Desta forma simples, sempre há bicicletas nas estações quando se procura e o serviço se encerra após as 23 horas, reabrindo na manhã seguinte.

Nem precisa se levantar a dúvida se os ciclistas aparecem. Eles aparecem - e muito - e vindos de todos os lugares, do Rio de Janeiro, do Brasil e do mundo, como pudemos verificar in loco. A proposta é inovadora no Brasil, todavia já existe em diversos lugares do mundo.

Quando será que Porto Alegre vai se engajar nesta proposta de um mundo com menos automóveis e menos engarrafamentos?

Imaginem Porto Alegre interligada da Zona Sul até a Norte, Leste, Oeste e Centro e daí com as cidades como Viamão, Alvorada, Cachoeirinha, Gravataí, Canoas, São Leopoldo, Esteio, Sapucaia, Novo Hamburgo, Estância Velha... todas com acesso e rampas, sinalização apropriada e segurança para rodos os ciclistas e usuários das ciclovias.

Como na proposta holandesa: Preparem as ciclovias e os ciclistas virão!

Foto: Vital Barbosa
Citação: Bike Rio

Paixão Antiga

De 2008 para cá, após dar início a uma nova proposta de vida saudável e alguns (muitos) quilos a menos, retornei ao convívio de uma paixão antiga: a bicicleta. No início como uma mera obrigação de mexer o corpo e fazer algum tipo de exercicio físico.
Ultimamente, todavia, ela veio se tornando uma amiga inseparável e começo a pensar na pedalada como atitude política.

E não foi por acaso. Em 25 de fevereiro de 2011 eu assistia calmamente ao jornal na TV como qualquer pacata cidadã. Quase nunca assistimos à programação da TV aberta, pois temos discordâncias extremas de conceito de diversão e de entretenimento com as redes de televisão que operam no nosso país.
Todavia, por uma série de fatores, naquele dia estávamos diante da TV quando foi noticiado o atropelamento intencional de um grupo de ciclistas na Cidade Baixa, em Porto Alegre.

Tratava-se do grupo de ativistas do Massa Crítica e do passeio mensal, que sai toda a última sexta-feira do mês do Largo Zumbi dos Palmares, com concentração a partir das 18 horas.

Para nós tornou-se impossível não se solidarizar com aqueles ciclistas. E, juntos, defender a proposta de transformar a capital gaúcha em um local mais agradável de se viver, de transitar e de se conviver, com mais bicicletas e menos motores.
Tenho dedicado algum tempo a essa atividade, não apenas na Av. Edvaldo Pereira Paiva (Beira Rio) e na Redenção, mas temos tentado expandir por todos os cantos da cidade nossas pedaladas. 

Depois disso, ganhamos a estrada e passamos a carregar as bikes junto, onde quer que vamos, para tentar saborear um pouco mais das cidades pilotando uma magrela.

A foto retrata um desses momentos, na praia de Cidreira, em que dávamos início a uma pedalada em dia de sol.

Foto: Luíza Casagrande
Veja também: Massa Crítica