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sexta-feira, 13 de julho de 2012

11º CONCUT em São Paulo e A CUT PODE MAIS

A CUT PODE MAIS - 12/07/2012





A Central Única dos Trabalhadores(as) realiza seu décimo primeiro congresso neste ano de 2012, no centro de eventos Transamerica Expo-Center, em Santo Amaro, São Paulo.

A Central, que congrega trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade realiza seus congressos como objetivo de debater estratégias e de definir alternativas para a organização da classe trabalhadora em diversas esferas. Desta forma, reuniram-se na capital paulista mais de 2000 (dois mil delegados e delegadas ao 11º CONCUT, eleitos nas assembleias sindicais de todos os sindicatos CUTistas do país.

É também nos Congressos que a CUT elege os dirigentes que cumprirão a tarefa de encabeçar a presidência e as direções nacionais da Central, em uma ampla votação, necessária para oxigenação dos rumos e das políticas da maior ferramenta de luta sindical do Brasil.

Desta forma, foram inscritas duas chapas para disputar os rumos e a organização da CUT: a chapa 1, Somos Fortes, Somos CUT, representada majoritariamentee pela corrente interna da CUT, denominada ArtSind - Articulação Sindical e a chapa 2, A CUT PODE MAIS, representada por uma nova tendência interna à Central, que se apresenta neste 11º CONCUT.
Essa tendência, que se constituiu nacionalmente neste 11º Congresso Nacional da CUT representou a Chapa 2, com votações em todos os estados brasileiros.

A CUT PODE MAIS - Plenário 11º CONCUT
Foto: Cristina Lemos



Na apuração, a Chapa 2 - A CUT PODE MAIS obteve 189 votos, de um total de 2131 votantes, totalizando 8,9% dos votos dos delegados e delegadas presentes no pleito. Parabéns a todos e a todas pela ousadia, pela determinação e, principlamente, pela coerência entre discurso e prática de liberdade, e autonomia sindical. 

A CUT PODE MAIS


Reuniões na sala 04 do Transamerica - Santo Amaro
Foto: Cristina Lemos

Após os trabalhos da programação oficial do dia, os diversos grupos internos à CUT, de organização de pensamento, se reunem para debates de estratégia e aglutinação de forças. Neste 11º CONCUT, A CUT PODE MAIS esteve na sala do TRANSAMERICA EXPOCENTER, em Santo Amaro, capilarizando a ação e multiplicando as ideias. No seu conjunto, a força decidiu apresentar uma Chapa para concorrer à Presidência da CUT Nacional e com propostas concretas para uma gestão consciente e combativa dos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras, diante do Estado. 
Desta forma, na discussão das teses e emendas ao texto base, mais uma vez se apresentou nos grupos, em diversos estados do país, a proporcionalidade direta, bem como a proporcionalidade qualificada, a fim de possibilitar a abertura à participação de tendências menores para contribuir com a gestão da CUT, em diversos níveis.
Essa votação, no entanto, não obteve êxito. A Chapa 2, A CUT PODE MAIS, apresentou sua inscrição, com ampla representação nacional, do setor público e privado, para disputar a eleição, que desde 2006 não recebia a inscrição de mais de uma chapa para o pleito.
As delegações puderam, então, optar entre as duas chapas, na eleição ao final do dia seguinte, 12/07/12, e escolher entre as propostas de organização para o próximo triênio.



11º CONCUT - SP, /Cristina Lemos, Diretora do Sintrajufe
Foto: Gerson Borba





11º Congresso Nacional da CUT - Macroeconomia e Finanças para o Desenvolvimento

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Grupos de debates no 11º Concut
Foto: Cristina Lemos

Para enriquecer a atuação dos delegados e delegadas na ação sindical de todos os dias, a CUT trouxe palestrantes de diversas áreas para aprofundar o debate. No dia 11 de julho, pela manhã, a Mesa de Macroeconomia e Finanças para o Desenvolvimento, cujo painelista foi o Professor Dr. Carlos Eduardo Freitas, da PUC/SP, apresentou críticas e abordagens sobre a economia mundial e as diversas repercussões na vida dos trabalhadores ao redor do mundo.

Após a análise do palestrante, foi aberta inscrição para intervenções. Na foto, o trabalhador rural do estado do Mato Grosso, em sua fala, coloca a preocupação quanto à Reforma Agrária e ao enfrentamento - por parte da CUT e das representações de trabalhadores(as) - de forças que vêm historicamente barrando essa reforma, por dentro da base de sustentação do governo.