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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Ganhei Medalha no Circuito da Longevidade em Porto Alegre, Outubro de 2012


Circuito da Longevidade - Bradesco, 21 de outubro de 2012.
Fotos: Vital Barbosa






O final de semana foi de muito esforço pessoal: dia 19 de otubro foi a sexta - Festa de 15 anos da minha filha, com família e muitos amigos, organizado por todos os que puderam ajudar e, pela mãe da criança, claro!
No sábado, acordei muito cedo e saímos para caminhar na Avenida Beira Rio e buscar nosso material para o Circuito.
No domingo, mais cedo ainda, fizemos o Circuito da Longevidade: eu Caminhei 3 quilômetros em 30 minutos (31, na verdade) e fiz jus à minha medalha no peito.

O Vital, fez o percurso de Corrida de 6 km e, mais do que nunca, fez jus à medalha de corredor, que se soma às outras (várias) medalhas que ele vem ganhando.

Eu divido com vocês a alegria de dar início ao treinamento físico e voltar as atenções também para o corpo.

Ah, sem contar que estávamos recebendo nossas duas intercambistas do México, Angie e Gabriela, que estiveram hospedadas na nossa casa por 12 dias e nos mostraram uma outra América Latina!

Há mais fotos disponíveis no link www.focoradical.com

VIRGINDADE DE CRIANÇAS ÍNDIAS VALE R$ 20 NO AM


Foto: Frente de Ação Pró-Xingu
No município amazonense de São Gabriel da Cachoeira, na fronteira do Brasil com a Colômbia, um homem branco compra a virgindade de uma menina indígena com aparelho de celular, R$ 20, peça de roupa de marca e até com uma caixa de bombons.


A pedido das mães das vítimas, a Polícia Civil apura o caso há um ano. No entanto, como nenhum suspeito foi preso até agora, a Polícia Federal entrou na investigação no mês passado.

Doze meninas já prestaram depoimento. Elas relataram aos policiais que foram exploradas sexualmente e indicaram nove homens como os autores do crime.
Entre eles há empresários do comércio local, um ex-vereador, dois militares do Exército e um motorista.
As vítimas são garotas das etnias tariana, uanana, tucano e baré que vivem na periferia de São Gabriel da Cachoeira, que tem 90% da população (cerca de 38 mil pessoas) formada por índios.

Entre as meninas exploradas, há as que foram ameaçadas pelos suspeitos. Algumas foram obrigadas a se mudar para casas de familiares, na esperança de ficarem seguras.

A Folha conversou com cinco dessas meninas e, para cada uma delas, criou iniciais fictícias para dificultar a identificação na cidade.

M., de 12 anos, conta que "vendeu" a virgindade para um ex-vereador. O acerto, afirma a menina, ocorreu por meio de uma prima dela, que também é adolescente. "Ele me levou para o quarto e tirou minha roupa. Foi a primeira vez, fiquei triste."

A menina conta que o homem é casado e tem filhos. "Ele me deu R$ 20 e disse para eu não contar a ninguém."

P., de 14 anos, afirma que esteve duas vezes com um comerciante. "Ele me obrigou. Depois me deu um celular."

Já L., de 12 anos, diz que ela e outras meninas ganharam chocolates, dinheiro e roupas de marca em troca da virgindade. "Na primeira vez fui obrigada, ele me deu R$ 30 e uma caixa com chocolates."

DEZ ANOS

Outra garota, X., de 15 anos, disse que presenciou encontros de sete homens com meninas de até dez anos.

"Eu vi meninas passando aquela situação, ficando com as coxas doloridas. Eles sempre dão dinheiro em troca disso [da virgindade]."
P. aceitou depor na PF porque recebeu ameaças de um dos suspeitos. "Ele falou que, se continuasse denunciando, eu iria junto com ele para a cadeia. Estou com medo, ele fez isso com muitas meninas menores", afirma.

Familiares e conselheiros tutelares que defendem as adolescentes também são ameaçados. "Eles avisaram: se abrirem a boca a gente vai mandar matar", diz a mãe de uma menina de 12 anos.

Fonte: http://frentedeacaopro-xingu.blogspot.com.br/2012/11/virgindade-de-criancas-indias-vale-r-20.html  e publicado na Folha de São Paulo

Luka comemora 15 anos iluminando as nossas vidas!

 A data de nascimento é 25 de julho de 1997, numa noite de muito calor em Porto Alegre.

Dei entrada no Hospital Moinhos de Vento em meio a muitas contrações e o nervosismo da Lena - que iria ser avó pela primeira vez, e do pai Giovani Silva Casagrande - que, como eu, navegava na primeira viagem.

Quando faltavam apenas 6 minutos para a meia-noite, vimos, finalmente, o rosto da bebê que nascia após seu esforço no parto normal.
Ali, diante de nossos olhos estupefatos e fascinados, a Luíza assumia a nova encarnação, como nossa filha.

As recordações são muito nítidas, o que não deixa a gente perceber que se passaram 15 anos desde o nascimento daquele bebê.

Mas, agora você de estar se perguntando, e a festa?

Bem, a Festa de comemoração dos 15 anos da Luíza se deu apenas em 19 de outubro, no Salão do Sintrajufe-RS.
A data ficou sendo essa por dois motivos: o primeiro deles, porque a Luka estava fora na data do aniversário de 15 anos, em viagem de intercâmbio para Montreal, no Canadá. O segundo motivo é que não conseguíamos uma data para comemorar o aniversário no salão do sindicato, cuja agenda vem bombando desde a abertura do salão para uso da categoria.

Assim, reunimos uma grande quantidade de amigos e de familiares para celebrar esta data com a baixinha. Tivemos também a alegria de ter a presença de alguns amigos e amigas diretamente do México, em intercâmbio cultural Caya - México e Colégio Americano, sendo que duas delas, Angelica e Gabriela, estavam hospedadas na nossa casa, desde 10 de outubro.
O grupo de mexicanas e mexicanos alegrou a festa, com suas danças e brincadeiras, dando mais uma luz para a Luíza, mercedora de todas as nossas homenagens.

Abração, Luluka, de todos aqueles que te amam!

Foto: Luíza, já no final da festa, dançando com o Grande e Especial Dindo Vlademir Antonio Maier - Cristina Lemos

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Curso de Gestão de Contratos, oferecido pela Justiça Federal


Nos dias 10 e 11/11, o NADH promoveu o curso Elementos de P l a n e j ame nto e Ge s t ã o d e Contratos. O evento, que aconteceu no auditório do prédio-sede, em Porto Alegre, reuniu diversos servidores que atuam na área administrativa, entre eles, os diretores e supervisores judiciários e administrativos das subseções do interior (Dajas/Sajas).

O diretor do Núcleo Apoio Administrativo, Antônio Cesar Marques, e o chefe do Serviço de Instrução de Repactuações e Aplicações de Sanções do TCU, Erivan de Franca, foram os palestrantes.

Na foto, de costas, Cristina Lemos, servidora da JFRS, participando do Curso de Capacitação durante a manhã do dia 10/10/2012.

Fonte: Boletim Informativo 1ª Instância, da Justiça Federal de 1º Grau do RS, p. 5

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Carta da comunidade Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay-Iguatemi-MS para o Governo e Justiça do Brasil

Nós (50 homens, 50 mulheres e 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, viemos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de da ordem de despacho expressado pela Justiça Federal de Navirai-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, do dia 29 de setembro de 2012.

Recebemos a informação de que nossa comunidade logo será atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal, de Navirai-MS.

Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay.

Entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena, nativo e autóctone do Mato Grosso do Sul, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas.

Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça brasileira.


Foto: Leopoldo Silva - Arquivo pessoal

A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados a 50 metros do rio Hovy onde já ocorreram quatro mortes, sendo duas por meio de suicídio e duas em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas.

Moramos na margem do rio Hovy há mais de um ano e estamos sem nenhuma assistência, isolados, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Passamos tudo isso para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay. De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs, avós, bisavôs e bisavós, ali estão os cemitérios de todos nossos antepassados.

Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui. Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos.

Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.Sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo em ritmo acelerado. Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela Justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos meramente em sermos mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS. 

Atenciosamente,

Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay

Fonte: grupo oito de março-RS
Foto: Leopoldo Silva - http://frentedeacaopro-xingu.blogspot.com.br/2012/10/situacao-dos-guarani-kaiowa-sera-tema.html