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domingo, 25 de outubro de 2009

Apontamentos sobre comunicação e movimentos populares na América Latina



Foto: Comuna de Oaxaca http://coletivomartinfierro.wordpress.com
A comunicação é um dos exemplos mais contundentes da necessária unidade entre as organizações da classe trabalhadora, por um projeto político para o país

Na história recente de protestos das massas populares na América Latina, como foi o caso da Assembleia Popular dos Povos de Oaxaca ou “Comuna de Oaxaca”, no sul do México (em 2006), ou então na luta pela derrubada do presidente Lucio Gutiérrez, no Equador (em 2005), os meios de comunicação contribuíram para a organização popular, tiveram papel decisivo na convocatória às ruas, quando a apropriação desta ferramenta foi colocada na ordem do dia pelas organizações da classe trabalhadora. Os meios de comunicação tornam-se então um espaço fundamental na luta de classes? O outro lado não nos deixa dúvidas: o atual golpe em Honduras e a tentativa na Venezuela (em 2002) contaram com a mídia empresarial na linha de frente.

No México, a Assembleia Popular dos Povos de Oaxaca (APPO), coordenou a toma de 13 estações de rádio em uma mesma madrugada. À época, a APPO e povo oaxaquenho organizaram-se em barricadas, uma forma de proteção para evitar o ataque de grupos paramilitares contra as antenas das estações ocupadas. Conduzida pelos universitários, a Radio Universidad, cumpriu o papel de articular o povo nas ruas contra a Polícia Federal Preventiva (PFP), romper o cerco da mídia corporativa e fornecer informações para as organizações internacionais solidárias.

Ao longo da luta, as mulheres organizadas na APPO protagonizaram a ocupação do canal 9 estatal de televisão. A partir de marcha pacífica, reclamavam um espaço para narrar o outro lado de uma história que as principais redes transmissoras criminalizavam. Receberam as portas fechadas, então resolveram ocupar a televisão e construir, elas mesmas, a nova grade de programação, com o apoio do restante do movimento (estudantes, professores), uma vez que os técnicos da emissora debandaram.

No Equador, em 2005, na mobilização que resultou na queda do presidente Lucio Gutiérrez, a população organizava-se em torno da rádio La Luna, que naquele momento aglutinou o movimento, convocando as manifestações noturnas concentradas na capital, Quito. Ainda que os protestos tenham sido puxados por setores da classe média capitalina e, além disso, os campesinos e indígenas não tenham tomado parte na derrocada de Gutiérrez, a relevância da ferramenta da mídia é o que nos interessa analisar neste caso.

Ferramenta em disputa na luta de classes, a mídia adquire papel central no projeto de dominação política sobre os trabalhadores. A favor do golpe de Estado em Honduras, a mídia corporativa continua operando, enquanto qualquer meio de comunicação dissonante foi fechado. Um dos principais jornais hondurenhos chama-se El Heraldo, uma espécie de filial do Miami Herald estadunidense, uma mostra da submissão das elites centro-americanas.

Há elementos semelhantes com o processo da Venezuela, em 2002. Naquele momento, a partir do golpe de Estado dos empresários do setor petroleiro, o bloqueio midiático e a contra-informação lançada para o mundo narrava que o povo estava nas ruas contra Chávez, quando era exatamente o contrário o que acontecia. Isso exigiu da população articular-se rapidamente, o que resultou no fato de que hoje cursos de jornalismo popular, jornais e rádios de bairro multiplicam-se pelos morros de Caracas. Apesar de Chávez ser acusado de limitar a “democracia” na Venezuela, ferramentas concretas de comunicação estão sendo democratizadas.

Ao longo do governo Lula, a mídia corporativa, ao lado dos partidos PSDB e DEM, posiciona-se na vanguarda do processo de ataque ao governo, mesmo nas situações em que o empresariado é beneficiário ou quando as políticas do governo Lula apontam para conciliação entre as classes – o que dificulta uma análise do governo e da sua real política econômica. No caso dos projetos de exploração do pré-sal, para citar um exemplo, os meios de comunicação O Globo, Veja e Estadão analisam o projeto do governo como se fosse a retomada pura e simples do monopólio estatal. “Um projeto estatizante!”. Um ataque que se configura como ideológico, uma vez que os representantes das multinacionais do setor não compartilham integralmente a leitura dos meios de comunicação. Defendem o modelo anterior de exploração, atacam a Petrobras como operadora dos poços do pré-sal, mas sabem que os projetos do governo não chegam a retomar o monopólio do período Vargas, de 1953 - o que, em última análise, viria de um processo de força e pressão das ruas.

À burguesia não interessa enfocar as relações sócias de produção, mesmo em seus jornais mais qualificados e de conteúdo, como é o caso do jornal Valor Econômico. A mídia empresarial pode falar, por exemplo, da exploração dos bolivianos em São Paulo, mas não vai revelar que na ponta da exploração da força de trabalho dos imigrantes estão empresas como a rede de lojas C&A. O limite, para a mídia corporativa, é sempre a defesa dos interesses da propriedade privada dos meios de produção. O trabalho escravo é um crime para todos eles. Isso é um fato. Porém, a produção do agronegócio é a saída para a nossa economia. Então as ocupações de terra do MST são um crime passível de um castigo muito maior.

A mídia enfoca as greves enquanto um prejuízo para o restante da “população”, do “cidadão”, ou nem isso: do “consumidor”, um conceito evocado para encobrir a sua posição de classe, uma crítica que o Centro de Mídia Independente (CMI) vem apontando desde o seu surgimento. Por isso a comunicação popular tem lado. O lado da classe trabalhadora, e não os dois lados e a neutralidade pregados nos cursos de jornalismo. O resto é ideologia.

Apenas por meio da comunicação popular e comprometida com a classe trabalhadora, é possível recuperar a perda da “experiência”, no sentido que coloca Walter Benjamin. No caso da mídia, para ficar mais claro, a espetaculização e as notícias produzidas em série, como mercadorias, não permitem a experiência concreta, a compreensão da história como um processo, produzem apenas fetichismo e informações alienantes. Qualquer página ou portal na internet, com suas milhares de notícias inúteis, demonstram o que estamos dizendo.

Comunicação, unidade, mobilização
A comunicação é um dos exemplos mais contundentes da necessária unidade entre as organizações da classe trabalhadora, em torno de um projeto político para o país. Se as diferentes organizações e setores da classe investissem em um jornal unitário, disposto a pautar um projeto da classe trabalhadora e atingir as massas, teríamos um jornal semelhante ao La Jornada mexicano: um jornal de esquerda com presença nas bancas, um dos mais lidos no México. O La Jornada, de certo modo, ganha relevância a partir do levante zapatista e mexicano de 1994, o que indica que talvez somente um reascenso das lutas no Brasil crie as condições e a necessidade de uma ferramenta massiva e unitária de mídia.

Desde 2003, temos a experiência do Brasil de Fato, jornal pautado por uma agenda da classe trabalhadora e dos movimentos sociais, a partir de suas lutas e bandeiras acumuladas (o que cunhamos como o “Projeto Popular para o Brasil”). O Brasil de Fato se coloca para além de ser o órgão representante de um único partido ou corrente. Apesar de ser uma das poucas iniciativas neste sentido, vem sofrendo muitas dificuldades e necessita ser colocado como prioridade na agenda das organizações.

A internet tem se revelado uma ferramenta importante utilizada pelo movimento social, a partir de espaços como as agências de rádio online – caso da Rádio Agência NP e Agência Chasque – e também sites como Adital, Carta Maior, Repórter Brasil, Instituto Humanitas Unisinos (IHU), Fórum, Correio da Cidadania e a própria Agência Brasil de Fato. No campo sindical, a Revista do Brasil é distribuída mensalmente para 360 mil trabalhadores filiados a sindicatos.

Cabe ainda estudo sobre em que medida a internet e estes veículos alternativos (sites, blogs, etc) alcançam a classe trabalhadora e podem, somados, oferecer uma alternativa contra o monopólio da televisão e das rádios comerciais. É certo que há um desgaste do velho panfleto da porta de fábrica, mas, por outro lado, em que medida os trabalhadores se apropriaram destas ferramentas? Em um país como Honduras, onde os blogs cumprem o papel de lançar informação para fora, já que internamente menos de 10% da população acessa a internet.
É preciso que estas reflexões sobre a mídia se convertam também em instrumento para mobilização e militância.

Militância e comunicação
No trabalho de base cotidiano, temos o desafio de formar comunicadores ou informantes populares a partir de locais de trabalho e moradia. Na falta da posse de rádios ou TVs, temos que lançar mão de meios artesanais (panfletos, por exemplo), o que aponta para um trabalho unido entre comunicação e militância. Por outro lado, em espaços que poderiam fornecer uma estrutura para este trabalho de base, como é o caso dos sindicatos, diretores sindicais contratam jornalistas profissionais, o que abre um abismo: uma vez que raramente o jornalista é militante e, o pior, a militância sindical e popular não está preparada para produzir material e dialogar com a sua base. Então, o material é produzido bem elaborado no seu formato, mas sem este vínculo com o trabalho de base e com a própria base social.

O Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN), do México, possui uma experiência acertada neste sentido, em que pesem as dificuldades políticas que o exército zapatista enfrenta na atual conjuntura. O EZLN conta com a comunicação oficial do movimento (por meio dos comunicados do Subcomante Marcos) e possui, ao mesmo tempo, camponeses e indígenas capacitados, por meio das Juntas de Bom Governo, nas bases zapatistas, para ter o acesso à comunicação e escrever informes, denúncias, comunicados, etc. Comunicam-se sem a pretensão do formato perfeito e bem acabado, mas avançam no empoderamento e socializando a voz do movimento.

O acesso à comunicação segue sendo uma das bandeiras concretas dos movimentos populares. Como vemos, é possível a construção de formas alternativas e meios de comunicação pela classe trabalhadora e a necessária de unidade das organizações nesta construção. O que em momento algum significa abdicar da necessidade de confrontar e buscar limitar as ferramentas apropriadas pelo capital. Como a experiência recente dos povos nos demonstra, apenas a nossa vontade não é o determinante, mas vai ser sim a luta nas ruas.

Pedro Carrano, repórter do jornal Brasil de Fato
Colaborou Cesar Sanson (Cepat), e Manoela Lorenzi (Consulta Popular)

sábado, 24 de outubro de 2009

Manifesto em defesa do MST - Contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais

As grandes redes de televisão repetiram à exaustão, há algumas semanas, imagens da ocupação realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em terras que seriam de propriedade do Sucocítrico Cutrale, no interior de São Paulo. A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo.
Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça. Trata-se de uma grande área chamada Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares. Desses 30 mil hectares, 10 mil são terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas e 15 mil são terras improdutivas. Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova de que a suposta destruição de máquinas e equipamentos tenha sido obra dos sem-terra.
Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários desejando produzir alimentos.

Bloquear a reforma agrária
Há um objetivo preciso nisso tudo: impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola – cuja versão em vigor tem como base o censo agropecuário de 1975 – e viabilizar uma CPI sobre o MST. Com tal postura, o foco do debate agrário é deslocado dos responsáveis pela desigualdade e concentração para criminalizar os que lutam pelo direito do povo. A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim, disponível para a reforma agrária.
Para mascarar tal fato, está em curso um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST. Deste modo, prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira.
O pesado operativo midiático-empresarial visa isolar e criminalizar o movimento social e enfraquecer suas bases de apoio. Sem resistências, as corporações agrícolas tentam bloquear, ainda mais severamente, a reforma agrária e impor um modelo agroexportador predatório em termos sociais e ambientais, como única alternativa para a agropecuária brasileira.

Concentração fundiária
A concentração fundiária no Brasil aumentou nos últimos dez anos, conforme o Censo Agrário do IBGE. A área ocupada pelos estabelecimentos rurais maiores do que mil hectares concentra mais de 43% do espaço total, enquanto as propriedades com menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7%. As pequenas propriedades estão definhando enquanto crescem as fronteiras agrícolas do agronegócio.
Conforme a Comissão Pastoral da Terra (CPT, 2009) os conflitos agrários do primeiro semestre deste ano seguem marcando uma situação de extrema violência contra os trabalhadores rurais. Entre janeiro e julho de 2009 foram registrados 366 conflitos, que afetaram diretamente 193.174 pessoas, ocorrendo um assassinato a cada 30 conflitos no 1º semestre de 2009. Ao todo, foram 12 assassinatos, 44 tentativas de homicídio, 22 ameaças de morte e 6 pessoas torturadas no primeiro semestre deste ano.

Não violência
A estratégia de luta do MST sempre se caracterizou pela não violência, ainda que em um ambiente de extrema agressividade por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio. As ocupações objetivam pressionar os governos a realizar a reforma agrária.
É preciso uma agricultura socialmente justa, ecológica, capaz de assegurar a soberania alimentar e baseada na livre cooperação de pequenos agricultores. Isso só será conquistado com movimentos sociais fortes, apoiados pela maioria da população brasileira.

Contra a criminalização das lutas sociais
Convocamos todos os movimentos e setores comprometidos com as lutas a se engajarem em um amplo movimento contra a criminalização das lutas sociais, realizando atos e manifestações políticas que demarquem o repúdio à criminalização do MST e de todas as lutas no Brasil.

Assinam esse documento: Eduardo Galeano - Uruguai, István Mészáros - Inglaterra, Ana Esther Ceceña - México, Boaventura de Souza Santos - Portugal, Daniel Bensaid - França, Isabel Monal - Cuba, Michael Lowy - França, Claudia Korol - Argentina, Carlos Juliá – Argentina, Miguel Urbano Rodrigues - Portugal, Carlos Aguilar - Costa Rica, Ricardo Gimenez - Chile, Pedro Franco - República Dominicana,
Brasil:
Antonio Candido
Ana Clara Ribeiro
Anita Leocadia Prestes
Andressa Caldas
André Vianna Dantas
André Campos Búrigo
Augusto César
Carlos Nelson Coutinho
Carlos Walter Porto-Gonçalves
Carlos Alberto Duarte
Carlos A. Barão
Cátia Guimarães
Cecília Rebouças Coimbra
Ciro Correia
Chico Alencar
Claudia Trindade
Claudia Santiago
Chico de Oliveira
Cristina Feio de Lemos
Demian Bezerra de Melo
Emir Sader
Elias Santos
Eurelino Coelho
Eleuterio Prado
Fernando Vieira Velloso
Gaudêncio Frigotto
Gilberto Maringoni
Gilcilene Barão
Irene Seigle
Ivana Jinkings
Ivan Pinheiro
José Paulo Netto
Leandro Konder
Luis Fernando Veríssimo
Luiz Bassegio
Luis Acosta
Lucia Maria Wanderley Neves
Marcelo Badaró Mattos
Marcelo Freixo
Marilda Iamamoto
Mariléa Venancio Porfirio
Mauro Luis Iasi
Maurício Vieira Martins
Otília Fiori Arantes
Paulo Arantes
Paulo Nakatani
Plínio de Arruda Sampaio
Plínio de Arruda Sampaio Filho
Renake Neves
Reinaldo A. Carcanholo
Ricardo Antunes
Ricardo Gilberto Lyrio Teixeira
Roberto Leher
Sara Granemann
Sandra Carvalho
Sergio Romagnolo
Sheila Jacob
Virgínia Fontes
Vito Giannotti

Para subscrever esse manifesto, clique no link:
http://www.petitiononline.com/boit1995/petition.html

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Conferência Livre de Comunicação ocorre amanhã, dia 21/10 em Porto Alegre



A Comissão RS Pró Conferência de Comunicação convida a todos e todas para a Conferência Livre de Comunicação de Porto Alegre que se realizará no dia 21/10/2009 - na Casa dos Bancários, Rua General Câmara, 424, Centro - Porto Alegre.
Preparatória para a Etapa Estadual da Conferência Nacional de Comunicação (Auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa - dias 03 e 04 de novembro)

É um grande momento para enriquecer o debate e trazer as propostas que o Movimento Social acumula no Estado sobre a estrutura da comunicação no país.
Trata-se de uma atitude concreta no sentido do avanço na democratização da comunicação no Brasil, historicamente controlada pelas elites e pelo oligopólio das redes de mídia.

Divulgue, compareça e traga as propostas para sistematização e para serem enviadas para a I Conferência Nacional de Comunicação em Brasília, no mês de dezembro.

Participe!

Cristina Lemos
Comissão RS Pró Conferência de Comunicação

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ato Show em Porto Alegre e YEDA CULPADA! Diz juízo popular



Uma multidão participou no domingo no final da tarde e início da noite, 04, do Ato Show promovido pelo Comitê Fora Yeda em Porto Alegre. Ao todo, 12 atrações musicais passaram pelo parco montado no Parque Marinha do Brasil, um dos mais movimentados da capital gaúcha. O show era intercalado com críticas à governadora, indiciada pelo Ministério Público como ré – ela e outras oito pessoas – naquele que é o maior escândalo de corrupção na verificado no Rio Grande do Sul: o desvio de mais de R$ 44 milhões do Detran.
Com muito sol e calor, por volta de 15h30 começou uma maratona de shows que terminou já de noite. A medida que a temperatura amenizava mais gente se deslocava ate o local.
Na primeira metade do ato show, o palco recebeu Família Sarará, Mariposas, Pedro Munhoz, Lollypops e Leonardo. Na segunda metade, já sem luz natural, subiram ao palco Nelson Coelho de Castro, Nei Lisboa, Nancy Araújo, Eduardo Solari, Bandinha Di Dá Dó, Sombrero Luminoso e Sargento Malagueta.

Organizado pelo Comitê Fora Yeda, o ato show reuniu cantores e compositores que se apresentaram pela causa - sem cachê, o que mostra o desejo da população de que todas as irregularidades envolvendo a governadora e outros nomes do governo ou próximos a ela sejam apuradas.
A sociedade rejeita manobras políticas que visem esconder as verdades que as investigações até agora realizadas já mostraram. O processo de impeachment de Yeda, encaminhado pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais (FSPE), que tramita na Assembleia Legislativa, não pode terminar em pizza.


Pesquisa
Essa vontade é confirmada por pesquisa realizada pelo Ibope encomendada pelo Grupo RBS. O levantamento mostra que a maioria dos gaúchos (62%) aprovam o impeachment de Yeda, contra apenas 22% que se dizem contrários. Já sobre o envolvimento da governadora no desvio de recursos do Detran, 29% entendem verdadeiro e 39% ser mais verdadeiro que falso.

O governo estadual é reprovado por 64% dos gaúchos e o desempenho pessoal de Yeda é ainda pior: 74%. O desempenho dela é desaprovado por 79% dos porto-alegrenses e por 81% dos moradores dos municípios que compõem a Grande Porto Alegre. No interior, a reprovação é de 70%.


Julgamento Popular

Durante o ato show, em locais estratégicos no parque, foram recolhidos votos no Julgamento Popular da governadora – Culpada ou Inocente – que começou no dia 29 de setembro e se estende até o dia 7 de outubro (quarta-feira). Vote em uma das urnas próximas ou através do site www.opovodecide.com.br.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Fonte: www.cut-rs.org.br



Durante todo o Ato Show FORA YEDA! foi enviado - ainda não temos a identificação do contratante - carro de som, sem identificação de evento ou qual era a publicidade que divulgava. O caminhão desenhava círculos ao redor da quadra do Shopping Center Praia de Belas, com música constante, talvez na tentativa de diminuir o grito da população reunida para o show organizado pelo Comitê do impeachment da governadora mais impopular que o Rio Grande já viu.

Fotos: Vital Barbosa e Cristina Lemos

Posse da Direção Estadual da CUT-RS com Festa no dia 02/10



A direção estadual da CUT-RS tomou posse formalmente na sexta-feira, dia 02 de outubro, na Casa do Gaúcho, Parque da Harmonia, em Porto Alegre.
A partir das 20 horas, reuniram-se representantes de diversas entidades filiadas à CUT e simpatizantes da Central para comemorar o ingresso de muitos novos e novas diretoras e, também, para indicar força em torno das diretrizes que agora a Central assume, mais combativa, mais à esquerda, resgatando suas raízes de representação democrática.
Tomou posse, compondo a direção, a Diretora da Secretaria de Comunicação do Sintrajufe, Cristina Feio de Lemos, para a Gestão 2009-2012.
Presentes autoridades como o ex-governador Olívio Dutra, Presidente do PT/RS, Deputados Estaduais, Adão Villaverde, Raul Carrion e Raul Pont, a Deputada Federal Maria do Rosário e dirigentes sindicais que já ocuparam o cargo de Presidente da CUT Estadual, entre eles Chico Vicente, Quintino Severo (também representando a CUT Nacional), Jairo Carneiro, José Fortunati e outros.
No encerramento da solenidade, a CUT convocou a todos para o Ato Show do Comitê Estadual pelo Impeachment da governadora, que se realizaria no domingo, dia 04/10/2009, no Parque Marinha do Brasil, com a apresentação de artistas gaúchos que se agregam nesse combate à corrupção no Estado.


Fotos: Vital Barbosa e Sérgio Amorim

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Presidente do CPERS agredida no Centro de Porto Alegre



A presidente do Cpers/Sindicato denunciou na reunião da comissão especial do impeachment que foi agredida na noite de ontem (30) quando voltava de uma reunião em Novo Hamburgo. “Estava descendo em frente ao Cpers, para pegar meu carro, quando uma pessoa, que estava dentro de um automóvel branco, sem placas, tentou me laçar com uma borracha. Fui arrastada até a rua Cel. Vicente. Estou machucada na perna”, informou Rejane de Oliveira.

Segundo a sindicalista, o ocorrido retrata o que vem acontecendo no Rio Grande do Sul. “Aqui, quem quer investigar é agredido e indiciado; já quem é suspeito de vínculos com a quadrilha de corruptos ou quer abafar as denúncias é elogiado, promovido ou ganha férias”, condenou Rejane.

A presidente do Cpers reafirmou que nada vai afastar os trabalhadores do compromisso de investigar se a governadora foi beneficiária, convivente ou operadora da fraude no Detran. “Segundo o Ministério Público Federal, a governadora está enquadrada em uma destas três situações. Qualquer uma das hipóteses é motivo para a Assembléia aprovar o seu impeachment e por fim à vergonha que estamos sentindo por ter uma governadora suspeita de integrar um bando que atenta contra os cofres públicos e os interesses do Estado”, argumentou.

Fonte: Blog RS Urgente

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Direção da CUT-RS toma posse nesta sexta-feira, dia 02/10


A CUT realizou os Congressos Estaduais em todo o país, renovando boa parte de suas direções. No Rio Grande do Sul, o CECUT - Congresso Eleitoral da Central Única dos Trabalhadores ocorreu em Mariluz, dos dias 19, 20 e 21 de junho. Concorreram duas chapas para a direção, a Chapa 1 - composta pela tendência Articulação Sindical e o Trabalho e a Chapa 2 - A CUT PODE MAIS - composta pela corrente CSD CUT SOCIALISTA E DEMOCRÁTICA. A chapa 1 obteve a maioria dos votos dos delegados presentes e manteve a Presidência da Central, a Tesouraria, a Secretaria Geral, a de Política Sindical, as Secretarias de Formação, de Mulheres e a da Saúde.
A chapa 2, A CUT PODE MAIS ficou com a Vice-Presidência, a Secretaria de Comunicação, a de Relações de Trabalho, a de Meio Ambiente, a de Juventude e a de Igualdade Racial.
A posse festiva da nova direção da CUT-RS, para a gestão 2009-2012, será realizada nesta sexta-feira, 02, a partir das 20 horas, nas dependências do Centro de Eventos do Parque Harmonia.
Os convites estão disponíveis na tesouraria da entidade desde 21/09, ou no local da festa. O valor do convite é de R$ 10,00 e dá direito a um jantar. As bebidas serão por conta dos convidados.
Sua presença é importante para nós!

NOMINATA DIREÇÃO ESTADUAL DA CUT-RS 2009-2012

Presidente Celso Woyciechowski celso@sintaers.com.br
SINTAE/RS
Vice-Presidente Rejane Silva de Oliveira rejane.cutrs@terra.com.br
CPERS/Sindicato
Secretaria-Geral João Batista Xavier da Silva secretariogeralcutrs@terra.com.br
Sapateiros/Sapiranga
Secretaria de Administração e Finanças Loricardo de Oliveira tesoureirocutrs@terra.com.br
Metalúrgicos/São Leopoldo
Secretaria de Comunicação Paulo Fernando A. de Farias farias.cutrs@terra.com.br
Alimentação/Pelotas
Secretaria de Formação Jardelia Rodrigues de Sá jardeliasa@hotmail.com
CPERS/Sindicato
Secretaria de Organização e Política Sindical Claudir Antônio Nespolo
presidência@stimepa.org.br
Metalúrgicos/Porto Alegre
Secretaria sobre a Mulher Trabalhadora Mara Luzia Feltes mfeltes@terra.com.br
SEMAPI
Secretaria de Relações de Trabalho Alberto Freire Ledur alberto.ledur@gmail.com
SIMPE-RS Secretaria
Políticas Sociais Vilson José Alba vilsonalba@fetrafsul.org.br
Fetraf-Sul
Secretaria de Juventude Rodrigo Henrique C. Schley rodrigohcs@gmail.com
Oposição eletricitários
Secretaria pela Igualdade Racial Angélica Maria Sewald do Nascimento
angelicanh55@yahoo.com.br
Sapateiros/Novo Hamburgo
Secretaria de Saúde do Trabalhador Simone Goldschmidt simonegold@tca.com.br
CPERS/Sindicato
Secretaria de Meio Ambiente Paulo Sergio Mendes Filho
paulo.mendes.filho@gmail.com
SEMAPI

DIREÇÃO ESTADUAL
Cláudio Augustin - claudioaugustin@hotmail.com (SINDISEPE)
Clenio Fagundes Nunes - galinho.nunes@bol.com.br (Portuários Rio Grande)
Cláudio Feidem - claudiofeiden@yahoo.com.br (Rural Sto Cristo)
Danilo Toio Farias - danilotfarias@ibest.com.br (SINDISAUDE POA)
Cristina Feio Lemos - crismermaid@gmail.com (Sintrajufe)
Denise Rodrigues Goulart - denigoulart@yahoo.com.br (CPERS/Sindicato)
Derlan Trombeta - derlantrombetta@yahoo.com.br (CPERS/Ijuí)
Domingos Antonio Buffon - do.buffon@sinprors.org.br (SINPRO/RS)
Elton de Oliveira Lima - eltonlima@hotmail.com (Alimentação Pelotas)
Eliane dos Santos Valansuelo - elianevalansuelo@yahoo.com.br (Oposição Sap.Campo Bom)
Eva Rosalina Vieira - evarosalinavieira@hotmail.com (Saúde Cruz Alta)
João Roque dos Santos - stmmmesr@brturbo.com.br (Metalúrgico Sta. Rosa)
João Marcelino da Rosa - marcelinopop@pop.com.br (Alimentação Montenegro)
Manoel Luis da Silva Nascimento - manoel.luis@aeroviarios .org.br (Aeroviários)
Juan Jose Rodrigues Sanchez - juan@sinttelrs.org.br (SINTTEL)
Marcelo Machado Carlini - marcelocarlini@uol.com.br (SINTRAJUFE)
Luiz Henrique Alves Pereira - henriquealves@hotmail.com (SITRAMICO Santana do Livramento)
Milton Luis Leoratto Viario - miltonviario@metalurgicosrs.com.br (Fed. Metalúrgicos)
Nelci Dias da Silva - nelcienf@cpovo.net (SERGS)
Paulo Roberto Stekel - stekel@contrafcut.org.br (Bancários POA)
Tatiane Lopes Rodrigues - Tati_lrodrigues@hotmail.com (SIMP Pelotas)
Vilson João Weber - vilsonweber@yahoo.com.br (Municipários Sto. Cristo)

CONSELHO FICAL
Francisco Carlos Dutzig - frandutzig@ibest.com.br (Bancários Taquara)
João Carlos da Silva Caldas - jcaldas@ig.com.br (Papel Papelão)
Telda da Silva Assis - teldaassis@gmail.com (CPERS/Sindicato)

SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL
Luis Afonso Martins - afonsorodoviario@yahoo.com.br (Oposição Rodoviários)
Osvaldo de Avila Rodrigues - osvaldo.rodrigues@aeroviarios.org.br (Aeroviários)
Sonia Solange Santos Viana - sonia.cut@hotmail.com (CPERS/Sindicato)

Fonte: www.cut-rs.org.br
Foto: Marcha 30/04/2009 - Marcelo Antunes

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