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sexta-feira, 27 de julho de 2007

Cumplicidade


Uma comprida palavra em alemão (há uma comprida palavra em alemão para tudo) descreve a "guerra de mentira" que começou com os primeiros avanços da Alemanha nazista sobre seus vizinhos. A pouca resistência aos ataques e o entendimento com Hitler buscado pela diplomacia européia mesmo quando os tanques já rolavam se explicam pelo temor comum ao comunismo.
A ameaça maior vinha do Leste, dos Bolcheviques, e da subversão interna. Só o fascismo em marcha poderia enfrentá-la. Assim, muita gente boa escolheu Hitler como o mal menor. Ou, comparado a Stalin, o mau menor. Era notório o entusiasmo pelo nazismo em setores da aristocracia inglesa, por exemplo, e dizem até que o rei Edward VIII foi obrigado a renunciar não só pelo seu amor a uma plebéia, mas pela sua simpatia à suástica. Não tardou para Hitler desiludir seus apologistas e a guerra falsa se transformar em guerra mesmo, todos contra o fascismo. Mas, por algum tempo, os nazistas tiveram seu coro de admiradores bem-intencionados na Europa e no resto do mundo - inclusive no Brasil do Estado Novo. Mais tarde estes vieram, em retrospecto, do que exatamente tinham sido cúmplices sem saber. Na hora, aderir ao coro parecia a coisa certa.
Comunistas aqui e no resto do mundo tiveram experiência parecida: apegaram-se sem fazer perguntas ao seu ideal, que, em muitos casos, nascera da oposição ao fascismo, mesmo já sabendo que o ideal estava sendo desvirtuado pela experiência soviética, foi uma opção pela cumplicidade.
Fosse por sentimentalismo, ingenuidade ou convicção, quem continuou fiel á ortodoxia comunista foi cúmplice dos crimes do stalinismo. A coisa certa teria sido pular fora do coro, inclusive para preservar o ideal.
Se estes dois exemplos ensinam alguma coisa é isto: antes de participar de um coro, veja quem está do seu lado. No Brasil do Lula, é grande a tentação de entrar no coro que vaia o presidente. Ao seu lado no coro poderá estar alguém que pensa como você, que também acha que Lula ainda não fez o que precisa fazer e que há muita mutreta a ser explicada e muita coisa a ser vaiada. Mas olhe os outros.
Veja onde você esta metido, com quem está fazendo coro, de quem está sendo cúmplice. A companhia do que há de mais preconceituoso e reacionário no país inibe qualquer crítica ao Lula, mesmo as que ele merece.
Enfim: antes de entrar num coro, olhe em volta.

Luis Fernando Veríssimo
Publicado originalmente no Jornal O Globo de 19/07/2007
Fonte: http://www.democraciasocialista.org.br/

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Central de Trabalhadores das Américas possui data para Fundação -Março/2008

Será em março a fundação da nova central sindical do continente.
A proposta da ORIT (Organização Regional Interamericana dos Trabalhadores) é que a nova central o nome de Confederação Sindical das Américas.
O secretário geral da ORIT, Víctor Báez, participou da 2ª reunião do Conselho Geral da Confederação Sindical Internacional (CSI) e informou que a CSI aceitou a data para a realização do Congresso de Fundação da nova Organização Sindical das Américas, formada pela ORIT, CLAT e organizações independentes.
A reunião realizou-se em Bruxelas de 20 a 22 de junho. O Conselho Geral da CSI ratificou que a data de fundação da nova central do continente será realizado em março de 2008, na data proposta pelas próprias organizações regionais participantes do processo.
A decisão foi tomada na reunião durante as discussões sobre a situação dos processos regionais de unificação – as organizações da África e da Ásia que pertenciam à CIOSL e à CMT antes da fundação da CSI também se preparam para sua unificação.
O congresso de criação da nova regional das Américas está previsto para realizar-se nos dias 27, 28 e 29 de março de 2008 na cidade do Panamá. O evento será precedido de outras atividades conforme o calendário abaixo.
24/março/2008: Reunião paralela dos Conselhos Executivos da ORIT e da CLAT.
25/março/2008: Reunião dos Comitês de Mulheres e de Jovens da ORIT e da CLAT e realização de eventos temáticos.
26/março/2008: Congressos paralelos de dissolução da ORIT e da CLAT. 27, 28 e 29/março/2008: Congresso de fundação da nova central sindical das Américas. 29/março/2008: Festival da unidade, solidariedade e integração.

Fonte: www.csd.org.br
"Trabalhadores do mundo, uni-vos" -Karl Marx -Manifesto comunista

domingo, 22 de julho de 2007

Desertos Verdes tomam o Espírito Santo e ameaçam indígenas

A transnacional Aracruz Celulose, aproveitando- se de seu poderio econômico, tem abusado desse instrumento na tentativa de desmobilizar aqueles que “ousam” se contrapor a sua lógica perversa de desenvolvimento. No Espírito Santo, a empresa tem realizado, por meio da Justiça, uma perseguição política aos militantes da causa indígena, que defendem a demarcação imediata de cerca de 11 mil hectares de terra indígenas sob posse da transnacional. Os alvos dessa vez são o pastor Emil Schubert, o sindicalista Luiz Alberto (Betão), a professora Elza e a radialista Lígia Sancio. Eles estão sendo interpelados por um processo judicial, classificado de Interdito Proibitório, que impõe aos mesmos o pagamento de uma indenização à empresa por danos morais e físicos, caso não sejam cessadas suas manifestações políticas. “Estão tentando nos impedir, por meio de uma medida judicial, de expressar nossa posição política quanto às práticas irresponsáveis desta empresa”, diz a radialista Lígia, da Rede Alerta Contra o Deserto Verde. Segundo conta, ela foi procurada na última segunda-feira, dia 16, por um oficial de Justiça, que lhe entregou uma Precatória da Aracruz. A ação se refere a outubro de 2005, quando os índios Tupinikim e Guarani – depois de esgotarem todos os mecanismos “burocráticos” de reivindicação dos 11.009 hectares que lhe são de direito – ocuparam a fábrica da Aracruz Celulose.
Em julho de 2005, no Espírito Santo, Cristina visitou a reserva indígena Tupinikim, "Olho D'água", no município de Santa Cruz, histórica conquista dos indígenas da região, mantida com respeito aos costumes daquele povo e acompanhou de perto o esforço para manter e ensinar as tradições aos mais jovens da tribo.
Naquele momento, foi possível presenciar o cercamento das regiões cincunvizinhas à reserva indígena, por parte da empresa Aracruz, impondo o plantio de eucaliptos por centenas de quilômetros. Testemunhou a iniciativa daqueles povos de plantio de espécies nativas e de recuperação da fauna e da flora local. Havia esperança e tensão no ar. A organização dos chefes das tribos espelhava que a justiça brasileira não iria se contrapor ao interesse econômico representado nessa transnacional.
Os sindicatos de trabalhadores e os movimentos sociais da região uniram-se para respaldar os povos indígenas e garantir o cumprimento da lei. A terra que lhes pertencia foi cercada e loteada por aquela empresa, em desrespeito aos anos de ocupação daqueles povos.
A ação truculenta tanto por parte da empresa, quanto por parte do Estado brasileiro, pode ser medida pelo episódio de janeiro de 2006, quando a Polícia Federal, de forma violenta, destruiu duas aldeias e feriu 13 índios numa desocupação. A ação foi condenada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e por diversos organismos internacionais. Na ação da Justiça constam nomes de pessoas, que na ocupação, estiveram presentes para dar apoio político aos indígenas. Elas são da Rede Alerta Contra o Deserto Verde, movimento que denuncia ações da transnacional contra os indígenas, e, a expansão indiscriminada do plantio de eucaliptos nos estados do Espírito Santo e Rio Grande do Sul.

Fonte: www.mst.org.br

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Indenização à Família de Carlos Lamarca x Mídia da direita


A Folha de São Paulo e até mesmo o Estadão são capazes, via de regra, de articular posições conservadoras com tranqüilidade e ponderação. Mas quando o tema é a ditadura militar, ah, mes amis, neste caso costumam sair-lhes as garras raivosas. A propósito da recente indenização concedida à família de Carlos Lamarca, assassinado pelo exército brasileiro em 17 de setembro de 1971 – sim, assassinado, não “morto em combate”, o Estadão publicou um editorial em que abusa de termos como “facínora” e “terrorista” para caracterizar Lamarca, concluindo com a pérola de que vivemos um despencar generalizado de valores éticos. Talvez a ética da qual o Estadão sinta saudades seja a ética da tortura a adversários políticos, realizada com a cumplicidade dos grandes veículos de mídia que, salvo poucas exceções, docilmente reproduziram as versões e o vocabulário do aparato repressivo. A Folha de São Paulo tem todo o direito de se opor à indenização, mas não tem o direito de mentir, afirmando em editorial que Lamarca foi “morto em combate”, versão amplamente desacreditada pela historiografia do período. A própria Folha reconhece, em reportagem publicada no mesmo dia, que a indenização é simplesmente uma conseqüência da decisão da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos do Ministério da Justiça que, em 1996, estabeleceu que Lamarca já estava sob o cerco de agentes do Estado, sem condição de reagir.
Lamarca desertou do exército cinco anos depois que o exército havia desertado da democracia. Junto a outros setores da esquerda que haviam rompido com o PCB, participou da opção pela luta armada que incluiu, sim, assaltos a bancos e uma expropriação de armas do exército, realizada no dia de sua deserção, 24 de janeiro de 1969. Mas não há sentido aceitável da palavra “terrorista” que se aplique a Lamarca. Cuidado aí com a banalização dos termos, senhores editorialistas. Sim, a desastrada teoria foquista, inspirada em Régis Debray e Che Guevara, propunha que a revolução brasileira seria possível a partir das ações de um grupo vanguardista armado e bem treinado, visão adotada por setores da esquerda ante o recrudescimento da repressão, o imobilismo do PCB e a completa desarticulação da oposição democrática. Salvo pouquíssimos casos, seus autores pagaram amargamente pela avaliação equivocada. Mas o termo “terrorista” simplesmente não se aplica.
A indenização à família de Lamarca foi feita nos termos da lei e é independente de qualquer avaliação que se faça sobre a deserção ou a luta armada. Durante anos, o exército propagou a versão de que Lamarca teria sido morto em troca de tiros com agentes do exército. O diálogo que ele teria tido com seus perseguidores, segundo a já desacreditada versão oficial, é digna de algum sargento que assistiu demasiados filmes de bang-bang: ‘Quem é você?’ – ’Carlos Lamarca.’ – ‘Sabe o que aconteceu com a Iara?’ – ‘Ela se suicidou em Salvador.’ – ‘Onde está sua mulher e seus filhos?’ – ‘Estão em Cuba.’ – ‘Você sabe que é um traidor da Pátria?’. Lamarca teria morrido sem responder a esta última pergunta.
Note-se aí, claro, o clichê cinematógrafico do herói que morre sem responder a última pergunta; a inverossimilhança da declaração atribuída a Lamarca, reconhecendo o “suícidio” de sua companheira Iara e endossando a versão do exército (já desacreditada e revista por historiadores; e, por último, a extrema improbabilidade de que os perseguidores do temido atirador Lamarca se limitassem a “bater um papinho” com um capturado ainda em condições de reagir. Sabem do que falo aqueles que conhecem a sucessão de mentiras produzidas para justificar mortes sob tortura durante o regime militar, desmascaradas em definitivo com o caso Herzog.
Merecem meus parabéns os que deram boas respostas às reações da mídia acerca da indenização à família de Lamarca: o Prof. Luiz Felipe de Alencastro, o jornalista Mário Magalhães (que, sem alarde, vem fazendo um brilhante trabalho como ombudsman da Folha, tendo desconstruído neste domingo o editorial publicado pelo jornal na sexta), Alan Feuerwerker e o blogueiro Jayme Serva. Foram as vozes mais sensatas a se opor à histeria da mídia que, em sua forma mais abjeta - a da revista Veja , claro - incluiu até mesmo a criação do obsceno termo "bolsa-terrorismo".


Fonte: "o biscoito fino e a massa"

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Hoje Acordei Gorda


A peça Hoje eu acordei gorda está em nova temporada no Teatro Hebraica.
Texto de Stella Florence trata da luta diária de quem já fez regime algum dia, seja para impressionar alguém, seja por se julgar culpado em quebrar uma dieta. Indicada para quem é ou se sente gordo, para quem se pergunta por que acaba sempre engordando ou para quem desconfia de que sua fome não seja só de comida.
Tudo isso com humor, levando os espectadores a um agradável universo de entretenimento.
A interpretação de Vlademir Antonio Maier potencializa o divertimento, a caracterização dos personagens e a mudança de figurino em cena é um espetáculo à parte.
Imperdível!
Em cartaz até o dia 29 de julho
Sextas e sábados: 21 horas e Domingos: 20 horas
Local: Teatro da Hebraica (João Teles, 508) - Ingressos a R$ 15,00
Sindicalizados do Sintrajufe têm desconto de 30% (ingressos saem a R$ 10,00)

terça-feira, 10 de julho de 2007

Mullheres em Conferência


"Mulheres na Política para Democratizar o Poder", foi o tema da II Conferência Municipal da Mulher, no dia 28 de abril em São Leopoldo. Cem delegadas estiveram reunidas na Escola Municipal Irmão Weibert, no bairro Fião. Segundo a Coordenadoria Municipal da Mulher, o objetivo do encontro foi repactuar o plano político das mulheres. “Para consolidar a democracia, é necessária a participação das mulheres. Que espaço estamos ocupando na sociedade?”, questionou Eni. As delegadas também discutiram a implementação do Plano Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres. Presentes várias lideranças da comunidade e representantes de sindicatos e da MMM-Marcha Mundial de Mulheres: Cláudia Prates, Magda Ávila e Cristina Lemos – diretoras do Sintrajufe. Na mesa de abertura, o prefeito Ary Vanazzi do PT, ressaltou os diversos instrumentos de debate e participação criados pela Administração Popular. “O diálogo nos fez avançar. Por sugestão de vocês, aumentamos os convênios com as creches. Tínhamos 1.200 crianças atendidas. Hoje temos 4.000”, frisou. O prefeito lembrou que as mulheres têm prioridade em projetos municipais. “Estamos com um projeto forte de habitação popular e quem tem prioridade é a mulher. Isso é um critério, pois constatamos que a mulher é quem cuida dos filhos”, salientou.Em seguida, a representante do projeto Quizomba, Beatriz Vasconcelos, apresentou o painel "A participação política das mulheres nos espaços de poder com recorte racial". Na plenária de abertura e nos grupos de trabalho, as diretoras do Sintrajufe contribuíram no debate, frisando: “É preciso fiscalizar as políticas públicas implementadas pelas prefeituras, não podemos aceitar programas de esterilização e de controle de natalidade que são imposições às mulheres e às adolescentes da sociedade. A participação efetiva das mulheres nas esferas de poder e nas tomadas de decisões é pré-condição de uma sociedade mais justa e sem exclusão, que todos defendemos”, diz Cristina Lemos.


sábado, 7 de julho de 2007

Avaliação do Pleito


Companheiras e companheiros:

Passados alguns dias do calor do pleito eleitoral, começam a se clarear algumas conclusões. Quem se envolveu de corpo e alma na discussão que se travou no seio da categoria sobre as propostas que se contrapuseram na disputa, agora pode dividir com vocês uma avaliação tranqüila sobre as eleições para a Direção Colegiada do Sintrajufe.
Em primeiro lugar, ficou claro entre nós qual a alternativa que a categoria escolheu como viável e qual a alternativa que não oferecia “alternativa alguma”. Digo isso com a serenidade de quem conversou com os servidores nos setores de trabalho e viu nos colegas uma grande dúvida em relação às posições (mal) explicitadas nos panfletos da Chapa 2.
A começar pelo nome, eu pergunto: como assim, companheiros, por que o nome “Luta-Sintrajufe”? Por acaso o Sintrajufe que nós conhecemos não é de luta?
Independente do governo que elegemos, temos cobrado sim, ano após ano, em mobilizações e greves nacionais que tem marcado a história do Judiciário. Posso imaginar que talvez os colegas que hoje redigem documentos com acusações contra a direção do sindicato não tenham participado da:
· Greve de 2003 – contra a reforma da Previdência;
· Greve de 2004 - que pressionou os Tribunais superiores o aumento da GAJ e a instauração do Grupo de Trabalho que iniciou o PCS-3;
· Greve de 2005 – que arrancou dos armários do CNJ um parecer favorável ao PCS-3, exigível após a Reforma do Judiciário (PEC 45, a qual determina que não haveria mais projeto de interesse do judiciário que não tivesse avaliação do conselho nacional de justiça);
· Greve de 2006 – 45 dias de greve que obteve o maior Plano de Cargos e Salários que o judiciário federal já viu, com impacto monetário maior do que a renda bruta de alguns Estados brasileiros (em torno de 6 bilhões de reais), ou como compararam alguns parlamentares durante nosso trabalho de corpo a corpo no Congresso Nacional “o impacto financeiro desse PCS de vocês é maior do que o da transposição do Rio São Francisco”;

Sobre a GREVE DE 2006 – que conquistou o PCS-3: Reforçando ainda mais a postura de luta do Sintrajufe, que sempre pautou a condução do movimento na responsabilidade e na unidade da greve em todo o país, a greve no RS e em mais 18 estados foi suspensa por 10 dias. Uma atitude racional, encaminhada pelo comando nacional de greve, em mesa de negociação com representantes do governo, como demonstração de força e de unidade entre todos os sindicatos filiados à Fenajufe. No panfleto mentiroso que foi distribuído à categoria, os colegas bradam que o movimento estava ascendente, mas diversos sindicatos de vários estados sinalizavam que a suspensão vinha em boa hora, que haveria dificuldade em manter a unidade da greve. Bradam, ainda, que outros estados “mantiveram a greve” e forçaram a retomada, o que também não ocorreu dessa forma: apenas o Sindicato de São Paulo (Sintrajud) manteve uma greve isolada e suicida, atingindo diretamente o bolso dos colegas de lá: tiveram, inclusive descontos de dias da greve nos contracheques, conseqüência nefasta da condução do sindicato a serviço de uma política equivocada, com interesse de desgastar o governo federal e não de obter a aprovação do projeto de lei. Novamente eu pergunto: é assim que pretendiam gerir o Sintrajufe? Teríamos uma gestão que penalizaria os servidores pelas más decisões tomadas pelas direções da entidade?
A avaliação que nos diz a lógica é que não, companheiros e companheiras. Não é racional jogar o patrimônio e a respeitabilidade política conquistada pelo Sintrajufe, em anos de condução responsável da entidade nas mãos de aventureiros cujo único compromisso é com o desmonte do sindicato, com o desgaste da CUT e com a oposição a “tudo e a todos”. A categoria demonstrou nas votações do dia 28 de junho que tem clareza e discernimento e não se deixou levar pelo discurso sem proposta de construção. Afinal, qual a alternativa que nos oferecem como unidade na organização dos trabalhadores, se atacam tão diretamente à CUT? Que entidade defendem que possa atuar à frente da classe trabalhadora? Por que não clarearam esse ponto na campanha?

RESGATE: Em 2004, a Chapa que foi eleita, hoje direção, obteve 60% dos votos e as duas chapas que se inscreveram, à época, tiveram os percentuais de 17,5% e de 20% dos votos válidos.
Nessa eleição para a gestão de 2007/2010, a Chapa 1 – MAIS – Pra continuar conquistando, obteve 62% dos votos, em um universo de votantes de 2793 e a chapa 2 obteve 38% dos votos.
Ou seja, a direção venceu as eleições e atingiu 60% dos votos em 2004 e o espaço reservado à oposição, representada em duas chapas, foi de 37,5% e, em 2007, esse mesmo espaço, representado por uma chapa de oposição (a outra chapa perdeu o prazo para a inscrição), foi de 38% dos votos válidos.
Esses dados mostram o crescimento da Chapa 1, hoje vencedora do pleito, em dois por cento, demonstrando credibilidade por parte da categoria e confiança na gestão da entidade.

Meu cumprimento aos componentes da chapa 2 e a todos os seus apoiadores e apoiadoras. Parabéns a toda a categoria pelas eleições do Sintrajufe, aos sindicalizados e a todos aqueles e aquelas que votaram no pleito, especialmente.
Um lamento especial por aqueles que não puderam participar da disputa eleitoral e tentaram, de diversas formas, interferir no processo.

Vamos juntos trabalhar, participar mais e conquistar ainda MAIS.
Saudações a todos e a todas,

Cristina Lemos
Servidora da JF

quarta-feira, 4 de julho de 2007

ELEIÇÕES SINTRAJUFE - CONCLUÍDA APURAÇÃO


Apurados os votos da eleição no Sintrajufe, a Comissão Eleitoral declarou na noite de hoje a Chapa 1 - Mais Para Continuar Conquistando como vencedora do pleito para a direção com 62% dos votos válidos!

Para o Conselho Fiscal foi eleita a Chapa 1 - Compromisso com a categoria com 2006 votos.

Mais uma vez a categoria mostrou sabedoria na votação e elegeu os colegas que conhecem e que conduzem a entidade com a responsabilidade necessária.

Parabéns à atual Direção do Sintrajufe que finaliza mais um processo eleitoral com democracia e lisura.

Parabéns a todos e a todas que envidaram esforços para que se consolidasse essa vitória da Chapa 1, que, ao lado da conjunto da categoria, deseja atingir ainda mais conquistas!

Agora é a luta pelam Jornada de 6 horas, pelo Plano de Carreira e por melhores condições de trabalho, entre outras batalhas históricas da categoria.


Abraços aos companheiros e companheiras,


Cris Lemos

domingo, 1 de julho de 2007

Como contar a História do Brasil pela ótica do Cinema

O Brasil que conhecemos vem passando por transformações agudas, profundas, que não se vê na televisão e não encontramos esses fatos noticiados nos jornais. Percebemos mudanças ao longo do tempo, mas é raro podermos documentar com tanta propriedade. Reuni algumas sugestões de filmes do link do Núcleo Piratininga de Comunicação Sindical para sugerir bons momentos de releitura do Brasil.

Abraço a todos e a todas:

Cris Lemos

Filmes Dicas do NPC: 35 documentários e filmes sobre história do Brasil:
- Os fuzis; de Ruy Guerra; 1965
- Terra em transe; de Glauber Rocha; 1967
- Os libertários; de Luiz Escorel Filho; 1976
- Braços cruzados, Máquinas paradas; de Roberto Gervitz; 1981
- Os Anos JK - Uma Trajetória; de Silvio Tendler; 1980
- Jânio a 24 Quadros; de Luiz Alberto Pereira; 1981
- Pra Frente Brasil; de Carlos Zara; 1982
- Santo Jesus metalúrgico; de Cláudio Kans; 1983
- Nossos Bravos; de prod. Dieese; 1983
- Jango; de Silvio Tendler; 1984
- Kuarup; de Ruy Guerra;1988
- A Missão; de Roland Joffe; 1986
- O País dos Tenentes; de João Batista de Andrade; 1987
- Feliz Ano Velho; de Robert Gervitz; 1988
- Que Bom Te Ver Viva; de Lúcia Murat; 1989
- Concepção e prática sindical; de prod. CUT/INCA; 1990
- Anos Rebeldes; de Denis Carvalho; 1992
- Paixão e Guerra no Sertão de Canudos; de Antônio Olavo; 1993
- Lamarca; de Sérgio Resende; 1994
- O Velho; de Toni Venturi; 1997
- Vinte anos de luta pela democracia; de Prod. TVT; 1998
- 15 anos da CUT; de prod. TVT; 1998
- 60 anos ABC; de prod. TVT; 1999
- Mauá o Imperador e o Rei; de Sérgio Resende; 1999
- Brasil Outros 500; de Instituto Maurício Grabois; 2000
- Tempos de Resistência; de Leopoldo Paulino; 2005
- Sonhos Tropicais; de André Sturm; 2002
- Peões; de Eduardo Coutinho; 2002
- Carlos Marighella um cidadão militante; de Sílvio Tendler; 2002
- Entreatos; de João Moreira Salles; 2003
- Olga; de Jaime Monjardim; 2005
- Zuzu Angel; de Sérgio Rezende; 2007
- Araguaia – A conspiração do silêncio; de Roberto Duque; 2007
- Batismo de Sangue; de Helvétio Ratton; 2007
- Hercules 56; de Sílvio Dan-Rin; 2007