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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mulher no Poder


Benditas as urnas que respeitam o silencioso compromisso da vontade democrática de um povo. Soberanas na sua resposta.
Abre-se uma página diferente na História do Brasil com a vitória de Dilma Rousseff, consagrando-se a primeira mulher brasileira na presidência da República, num Governo de trabalhadores, buscando a erradicação da miséria no País.
Dilma foi conduzida ao poder pelo embalo sucessório do seu guru, Luiz Inácio Lula da Silva, líder tangido do Nordeste, vítima da miséria histórica das secas, assumindo uma liderança operária e galgando à chefia da República.
Este surpreendente encaminhamento do Brasil historicamente instalado numa política capitalista, acatando um governo de trabalhadores, há oito anos passados, revelou que a semente trabalhista plantada pelo gaúcho Getúlio Vargas, ressuscitou como um grito de protesto a tantas decepções sofridas pelo povo brasileiro.
O Brasil continua situado no rol dos mais carentes do mundo, a despeito de sua riqueza territorial, maior produtor de ferro, petróleo, armazém mundial de alimentos, maior geratriz natural de energia elétrica, vivendo todos os climas das estações do ano e banhado por seis mil quilômetros de oceano que se liga ao outro hemisfério.
Lula não esperou como os outros presidentes, pela vontade do Congresso Nacional, sempre anêmico, cansado e inerte, para votar as leis urgentes e saneadoras dos grandes problemas nacionais de onde emergem mais de 30 milhões de miseráveis abaixo de uma pobreza clamorosa, debatendo-se nas negras paredes de um analfabetismo crônico, num País capitalista. Lula acertou em distribuir rendas em Bolsa Família, sem o dedo dos atravessadores negociantes da fome e dor alheia.

Milhões de pobres estão se alimentando e sorrindo, ao invés de chorar, abrindo circulação de moeda que renova comércio, mais consumo, emprego, imposto, menos fome, mais alegria.

Dilma seria a combatente contra a miséria, sensibilizando o poder capitalista a se aproximar das suas responsabilidades sociais, enquanto seriam votadas leis salvadoras e o retorno de Lula. Seriam grandes mudanças, com a mulher no Poder.

Geraldo Menezes Barbosa - Jornalista escritor
Fonte: O Diário do Nordeste

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