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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Se você receber ligações telefônicas contra a Dilma - Denuncie!


Várias pessoas estão recebendo as tais ligações de um telemarketing com difamações contra a Dilma e pedindo voto pro Serra.
Várias companheiras e companheiros já estão denunciando em todo o Brasil. O PT nacional também já encaminhou denuncia.
Acabei de ligar para o Ministério Público Eleitoral RS Fone: (51) 3216 2172. Pode ser por Fax: (51) 3216 2175 ou diretamente na rua Sete de Setembro, 1133, 17º andar - Centro - Porto Alegre/RS.
Tem que informar o número do telefone onde recebeu a ligação, se tem bina anote o número e se puder gravar ajuda bem mais e é mais certo que a denuncia seja acolhida.

Saudações feministas

MULHERES GAÚCHAS MOBILIZADAS PARA ELEGER DILMA
http://www.raulpont.com.br/noticias/detalhe/mulheres-gauchas-mobilizadas-para-eleger-dilma

Notícia sobre o Telemarketing Anti-Dilma da equipe de José Serra:

Telemarketing

O material impresso já foi apreendido pelo TSE por se tratar de propaganda irregular. Em outra frente, o PT elaborou outro pedido para que a Justiça Eleitoral apure uma propaganda feita por telemarketing, em Minas Gerais, em que o eleitor é questionado se votou em Marina Silva (PV). Quando a resposta é afirmativa, inicia-se um discurso contra a campanha de Dilma.

"É indiscutível a relação com a campanha de José Serra. É evidente que não poderíamos deixar de entrar com uma ação pública. Os fatos são graves. A central de calúnias que vem atingindo a nossa candidata começa a ter seus autores identificados. É uma coisa tão articulada que não pode ter sido feita por amadores", disse Cardozo.

Para ele, "é uma propaganda eleitoral manifestamente ilegal". "Vamos entrar com ação também contra um telemarketing que pergunta se alguém na casa votou em Marina Silva e então começam a pedir votos para Serra. Há de se perguntar quem tem recursos para uma ação cara como a do telemarketing. A ética não serve só para ser evocada em arroubos. Não agiremos da mesma forma."

Edinho Silva afirmou que a denúncia chegou aos petistas por meio de um eleitor. "Não pode ser coincidência. Eu peço que a campanha do outro candidato se manifeste a respeito disso", disse. "Existe uma logística para distribuir 20 milhões de panfletos. Esperamos que as respostas sejam dadas, como quem financiou."

Fonte: http://www.jusbrasil.com.br/politica/6076160/dona-de-grafica-com-folheto-anti-dilma-e-filiada-ao-psdb

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Nota de Repúdio contra o uso eleitoral do debate sobre o Aborto


Mais uma vez, em contextos de disputa eleitoral, o patriarcado por meio de seus representantes na classe política conservadora, explora as necessidades do povo. Mais uma vez é sobre o corpo das mulheres e contra a autonomia das mulheres que a disputa se faz.

Ainda hoje e apesar da Lei do Planejamento Familiar de 1996, pratica-se a troca de votos por laqueadura de trompas. Apela-se para a mentira e o terrorismo para combater a luta por direitos humanos para as mulheres e para chantangear candidaturas.

Desde os anos 1980, o movimento de mulheres adota o 28 de setembro como o Dia Latino-Americano Pela Descriminalização do Aborto. Este ano, nessa data, foi lançada a Plataforma para Legalização do Aborto no Brasil. Na Plataforma estão colocados os termos do debate que queremos fazer com a sociedade brasileira, os movimentos sociais, as associações de classe, os partidos, parlamentares, o Poder Judiciário e o Executivo. Queremos que o debate seja feito de forma politizada e não moralista.

Repudiamos o uso político da questão do aborto, causa tão complexa e importante para a vida das mulheres. Repudiamos as lideranças religiosas que manipulam informações, aterrorizam e mentem para seus fiéis em favor da ampliação de seu próprio poder político.

Exigimos respeito à dignidade das mulheres! Queremos um ambiente democrático para fazer o debate franco e informado sobre o direito à maternidade e à auto-determinação reprodutiva para todas as mulheres, sem discriminação de classe ou de cor.

Nenhuma mulher deve ser presa, punida, perseguida, maltratada,ou humilhada por ter feito um aborto.

Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto

http://mmm-rs.blogspot.com/
Ilustração: http://tc.silva.zip.net/arch2007-09-01_2007-09-30.html

Lula e as eleições



Vivenciamos a primeira eleição presidencial pós-ditadura sem Lula concorrendo, e a forma como a mídia e seus comentaristas amestrados têm abordado tal fato quer fazer crer que se trata da grande novidade do pleito de outubro. Nada poderia ser mais falso: até 2002, Lula era apenas um candidato a quem reiteradamente, eleição após eleição, em decorrência de manipulações sujas ou em pleitos honestos, negava-se o poder – não passava, portanto, de uma potencialidade, uma esperança sempre adiada.
A situação agora é bem outra: o nome Luis Inácio Lula da Silva, de fato, não constará da cédula eleitoral, mas é em torno de seu legado, onipresente, que se travará a batalha eleitoral que definirá o(a) próximo(a) governante do país. É preciso, portanto, dimensioná-lo em seus méritos e defeitos, bem como examinar os rumos que os três principais candidatos presidenciais tenderiam a impor a tal legado.

O novo cenário econômico
Chaga social que aniquila o indivíduo e abala famílias, o desemprego, que no governo FHC bateu nos 20%, desce a 7,2%, o menor índice desde 1991, fruto dos 12 milhões de empregos criados desde 2002, em função da expansão da economia promovida pela gestão Lula. E isso durante um período em que o salário mínimo passou dos 64 dólares suados estabelecidos pelo governo tucano para 290 dólares – ou seja, um aumento de mais de 350%, que desmente a velha ladainha de que aumentos do salário mínimo causariam desemprego em cadeia.

Na seara macroeconômica, o país não apenas deixou de recorrer regularmente, pires à mão, ao FMI, como passou a ser credor do órgão, com um déficit de 185 bilhões de dólares negativos dando lugar a um superávit de 239 bilhões de dólares (ao passo em que a taxa de juros, que um dia foi de 27%, hoje mal chega a dois dígitos). Enquanto o mundo patina, há quase dois anos, numa crise que tem provocado efeitos devastadores nos EUA e na Europa, o Brasil vive um dos melhores momentos econômicos de sua história, a despeito do discurso catastrófico sempre em voga na mídia (primeiro, a incapacidade do governo de fazer o país crescer, desmentida pelos fatos; depois a crise que se revelou marolinha, seguida por alertas de superaquecimento da economia, frustrado e prontamente substituído, com a cara-de-pau costumeira, pelo alarde de uma iminente recessão).

Educação, esportes e cultura
No setor de Educação, as universidades, sucateadas no governo tucano, esvaziadas de professores (atraídos pela isca da aposentadoria precoce, lançada pelo hoje canonizado Bresser Pereira) e com unidades nas quais chegou a faltar giz e verba para pagar a conta de energia elétrica, são hoje o dínamo de um sistema educacional que a adoção do sistema de cotas tornou ainda mais includente; o ensino técnico, que especialistas em educação afirmam de forma quase unânime ser essencial ao país, tinha apenas uma unidade federal quando o ministro era o controverso Paulo Renato de Souza – hoje, apenas sete anos depois, são 17, espalhadas pelo país.

Na pouco observada mas fundamental área cultural, a concentração extrema de financiamentos oficiais no eixo Rio-São Paulo deu lugar a uma disseminação pulverizadada dos insumos, através de concursos e editais – e a contrariedade dos ex-lordes feudais da cultura afetados por esta nova realidade é a cerdadeira razão da chiadeira antilula de certos atores fluminenses e poetas maranhenses. No bojo desse processo, regiões antes virtualmente alijadas de patrocínio cultural – como Ceará e Paráno – são hoje centro irradiador, respectivamente, de relevantes ciclos cinematográficos e musicais. Ainda no âmbito do MinC, os pontos de cultura promovem, à revelia da mídia que finge que não sabe de sua existência, uma microrrevolução cultural atomizada em algumas das áreas mais pobres do país, estimulando, através do acesso a tecnologia digital, a produção musical e videográfica. Até os trabalhadores, historicamente excluídos das políticas culturais oficiais, se veem ora contemplados com o Vale-Cultura, para desgosto de jornalistas paulistas.

Desnecessário sublinhar o quanto significam para o país, no âmbito do esporte, ter conquistado o direito, após duras disputas com outras nações, de hospedar não só a Copa do Mundo de 2014 mas – para júbilo emocionado do presidente, que se empenhou pessoalmente na candidatura brasileira – as Olimpíadas de 2016, na cidade do Rio de Janeiro.

No exterior, um novo Brazil

Em termos de política externa, a submissão resignada aos EUA deu lugar a uma orientação multilateral que não apenas privilegia o Mercosul, mas diversifica-se e expande-se na direção dos demais BRICs – Índia, Rússia e China, esta agora a primeira parceira comercial do país, além de incentivar, de maneira institucionalizada, as trocas comerciais com a África.

E, acima de tudo, como tanto o establishment político como a mídia internacionais reconhecem e saúdam – que o digam Le Monde, El País, The New York Times e até The Economist –, as políticas de transferência de renda implementadas e/ou largamente expandidas no governo Lula tiraram, até agora, de acordo com números oficiais mundialmente aceitos, mais de 35 milhões de pessoas da miséria (contra meros 2 milhões nos 8 anos do governo FHC). Só a insensibilidade social profunda ou o dogmatismo político mais entranhado pode explicar – mas não justificar – o não-reconhecimento de tal conquista – uma das bandeiras históricas da esquerda brasileira.

Por fim, falta registrar que, ao contrário do general Figueiredo, de Sarney e de FHC – que, como aponta o jornalista Leandro Fortes, “alterou a Constituição Federal, à custa de um escândalo de compra de votos no Congresso Nacional, para emendar um segundo mandato” –, Lula circunscreveu a duração de seu poder ao que determinara a Lei, sem mover uma pena em busca do terceiro mandato, hipótese esta martelada como um “eterno factóide” pela mídia corporativa, expressando um seu wishful thinking potencialmente incitador de golpismo.

Desafios e perspectivas
É evidente que tal cenário não está desprovido de aspectos problemáticos e áreas críticas, herança secular de uma das sociedades mais desiguais do planeta. A violência, rotineira e espraiada em virtualmente todo o território nacional, permanece como um cancro a distinguir negativamente o Brasil em relação aos países civilizados, a demandar uma ação conjunta e contínua das esferas federal, estaduais e municipais; as sucessivas derrotas da administração lulista em suas tíbias tentativas de democratizar as comunicações não nos pouparia – não fossem a internet e a blogosfera – de uma esfera pública engessada e praticamente monopolizada nessa área; as teles e os bancos seguem maltratando seus clientes, com um serviço caro e de má qualidade, como se fora da esfera das leis estivessem.

Mas se em apenas oito anos o governo Lula foi capaz de promover as melhorias substanciais que ora se verificam, alterando o perfil socioeconômico da população brasileira e a inserção internacional do país, é de se esperar que, num período condizente de tempo, o combate efetivo a tais e outros males seja consubstanciado a contento. Por isso, mais do que qualquer outro candidato – seja o truculento e privatista José Serra, que vem de uma péssima gestão em São Paulo ou a inexperiente e misteriosa Marina Silva –, Dilma Rousseff, gerente do maior programa de aceleração de crescimento da história do país e representante da continuidade da atual gestão, faz por merecer o voto dos brasileiros na eleição que se aproxima, como legítima representante do legado de Lula.

Balanço final

Sobre tal legado, uma última observação: o jornalista Claudio Bojunga, na luminosa biografia que escreveu sobre Juscelino Kubitschek (JK, o artista do impossível. Objetiva, 2001), adota como um dos parâmetros para se definir um estadista a capacidade de legar um novo e melhor país após o seu mandato. A se adotar tal critério, Luis Inácio Lula da Silva, pelas razões acima elencadas e por apregoar uma cultura do diálogo e da negociação – mesmo tendo sido atacado de forma vil por jagunços da imprensa –, merece, com louvor, o epíteto de estadista, pois recebeu um país totalmente periférico na ordem mundial, com uma economia presa a crises ciclotômicas e uma população dominada por bolsões de pobreza e miséria – e está prestes a entregar a seu sucessor um novo player no cenário geopolítico mundial, um país economicamente sadio e uma nação socioeconomicamente mais justa, ainda que a mídia corporativa, a direita contrariada e mesmo muitos soi-disant esquerdistas insistam em não reconhecer tal fato.

* Maurício Caleiro, Rio de Janeiro-RJ. Blog: cinemaeoutrasartes.blogspot.com

Fonte: http://www.amalgama.blog.br/08/2010/lula-eleicoes/

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Marina... você se pintou?


“Marina, morena Marina, você se pintou” – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o “grito da Terra e o grito dos pobres”, como diz Leonardo.

Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?

Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as “famiglias” que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.

Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.

Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. “Azul tucano”. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.

Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a “vitória da Marina”. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.

“Marina, você faça tudo, mas faça o favor”: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você “tanto faz”. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem “esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele”.

Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. “Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu”.


Autor: Maurício Abdalla - Professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros.

A minguada votação da (des)governadora não surpreende os trabalhadores


Para todos aqueles que acompanharam o governo da ex-ministra Yeda Roratto Crusius no Rio Grande do Sul há um consenso: houve grande conivência da mídia local com esse (des)governo.
Desde os primeiros 100 dias de governo, a ex-deputada de FHC mostrava sua pendência por atingir grandes metas - desde que no campo pessoal. O orçamento estadual sofreu indecente maquiagem até que Yeda pudesse anunciar seu propalado "déficit zero", em detrimento de investimentos na área social e com cortes direcionados ao funcionalismo estadual. A chefe do executivo estadual posou diante das ávidas câmeras da RBS, dos microfones das rádios ou das câmeras operadas pelos oprimidos trabalhaadores da TVE (transformada em território de atuação dos integrantes do Piratini) durante todo o seu governo, realizando programas de "perguntas e respostas" para que pudesse diretamente oferecer à população - via veículo oficial - a sua personalíssima versão dos fatos.
A relação do governo da tucana com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e as denúncias que surgiram foram transformadas pela mídia em ações pontuais, na tentativa de não permitir que arranhassem a imagem da governadora.
Mesmo diante dos fatos contundentes apresentados pela investigação da Polícia Federal na Operação Rodin, de Santa Maria, apontando as Fundações e as íntimas relações dessa sangria de quarenta milhões dos cofres públicos - sem licitação desde o governo Rigotto - com migração direta aos caixas de empresas cujos proprietários foram identificados como diversos dos seus assessores e de políticos ligados à casa civil, não foram suficientes para a imprensa gaúcha tomasse a frente na luta pelo fim da corrupção e em defesa do povo.

A CPI que teve início após muito esforço pelas bancadas de oposição só tiveram seus pedidos assinados pela base de apoio da governadora quando houve a divulgação de gravações de conversas entre diversos indiciados no inquérito das Fundações, tamanho o esforço de blindagem ao governo estadual.
Essa CPI, conduzida pelos parlamentares de oposição como Fabiano Pereira, Raul Pont, Elvino Bohn Gass e outros, foi acachapada por declarações de idoneidade reforçadas em diversas edições dos jornais de grande circulação na Capital e no interior.
Nunca se viu tantas vezes a imagem da governadora nas páginas frontais dos jornais - chegando a ser capa do jornal Correio do Povo com o dedo em riste (em posição ameaçadora aos seus acusadores?)no dia seguinte à sessão da Assembleia Legislativa que, com o voto de seus aliados, decidiu pelo "arquivamento" do impeachment da (des)governadora.
Diga-se de passagem, a relatora do pedido de impeachment formulado pelos deputados de oposição e pela sociedade gaúcha foi a Deputada Zila Breitenbach - PSDB, uma das citadas nos relatórios do inquérito conduzido pela Polícia Federal como integrante do esquema, jamais poderia ter sido a responsável pela relatoria enão poderia ter sido esperado outro encaminhamento que não fosse o imediato arquivamento sem o aprofundamento das investigações e eventual condenação de seus próprios correligionários, ou seja, sem nenhuma isenção no processo.

Naquele momento e desde então, esse blog destaca os movimentos da sociedade civil, como os sindicatos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST, a Marcha Mundial das Mulheres, a CUT e as Centrais de esquerda e outras associações agiram de forma contundente, mesmo com a criminalização dos movimentos sociais - tratados como selvagens e ilegitimados diante da opinião pública nos veículos de comunicação em todo o estado.
No Ato de 8 de março realizado na fronteira do estado do Rio Grande do Sul para denunciar a redução da faixa de fronteira encaminhada pelo executivo em favor da monocultura do eucalipto e das indústrias papeleiras, como a Aracruz e a Stora Enso, centenas de mulheres e de crianças manifestantes foram mantidas presas e sofreram violência e privações durante mais de 12 horas, detidas por policiais truculentos - agindo em acordo com as ordens do Comandante Coronel Mendes da Brigada Militar, com anuência explítica da governadora.
O descaso com a sociedade civil organizada, a desconsideração com sindicatos e movimentos sociais, e o desrespeito ao diálogo foi marca de toda essa nefasta administração.
Os movimentos então, saíram às ruas. Nesse contexto, mobilizados em todo o estado e diante do assassinato do companheiro agricultor Edson Brum, atingido pelas costas por um tiro de arma em poder da Brigada Militar e diante da atitude sempre violenta das forças policiais sobre todos os trabalhadores e trabalhadoras que tomaram sem cessar a Praça da Matriz, a sociedade gaúcha preparou sua resposta.

Salve a brilhante atuação dos Servidores Públicos, que não poderiam agir de forma diferente em relação à crescente perda de direitos que foi operada pela senhora (des)governadora. Reuniram-se em Foro Estadual e operaram atos em conjunto pela garantia de direitos conquistados e contrariamente aos sucessivos projetos de lei enviados pelo Piratini cujo objetivo era o de ceifar direitos dos servidores estaduais.
Parabéns ao CPERS sindicato, ao SIMPE-RS, ao Sindicaixa, ao Sindsepe-RS, aos bancários do Banrisul e às diversas outras entidades e trabalhadores(as) que, junto à CUT e as demais Centrais de Trabalhadores ligadas à esquerda trabalharam muito para denunciar os demandos desse governo, combatendo de forma desigual os excessos da imprensa em torno da manutenção da impávida figura da (des)governadora.

Somente essa forte proteção dos meios de comunicação é que justifica a votação - no entendimento desse blog - de algum gaúcho desatento no projeto de desmantelamento do Estado e de favorecimento às elites que o PSDB defende e executa no Rio Grande desde o início dessa gestão.

Esse blog espera, por fim, como é a esperança de 54 por cento dos gaúchos que votaram em Tarso Genro no primeiro turno, de forma inédita, que a transição ocorra da melhor forma possível, sem que a equipe do atual governo crie ainda mais obstáculos para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul.

Adeus governadora.
Já vai tarde, Yeda.

Fonte: http://vitalbarbosa.blogspot.com