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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Um mundo melhor é possível. Para alguns, ele já existe!


South Harbour de Toronto, local de atrações gratuitas e ao ar livre






















Tivemos a oportunidade de viver uma experiência maravilhosa: viajamos ao Canadá, no Norte da América do Norte. Uma viagem dessa envergadura requer planejamento, paciência, dinheiro e organização. Desde o início de 2011 vínhamos perseguindo esse sonho. Primeiro foi a reorganização de toda a família para a expedição de documentos. Depois, os procedimentos para a solicitação de Visto de ingresso no país, que são chatos e trabalhosos. Juntando o que havia em todos os cofrinhos e porquinhos, nos alavancamos em direção ao sonho. No começo do mês de agosto, saímos do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, rumo a cidade de Toronto, Província de Ontário, na Costa Leste Canadense. A viagem dura cerca de 11 horas, em voo noturno non-stop. Fomos em voo direto, pois as alternativas de companhias aéreas que incluiriam alguma escala nos Estados Unidos da América do Norte tiveram de ser todas descartadas. Qualquer parada, ainda que sem descer da aeronave em aeroportos estadunidenses, requer visto de autorização de entrada no país, o que a gente não tinha. Havia grande expectativa em nós, especialmente em mim, pois há muito ouvia falar no país com a divisão política entre ingleses e franceses e de suas tradições pluriculturais.

Mapa da travessia após algumas horas na tela touch screen individual em cada banco de passageiros da classe econômica da Air Canada, em agosto/2011
O primeiro impacto após o embarque é a forma de organização da empresa aérea e a divisão do avião entre aqueles que podem pagar muito pela passagem e sentam na primeira classe e os demais trezentos passageiros comuns que, como eu e a minha família, sentamos nas poltronas da classe econômica, com espaço bem mais reduzido e sem todas aquelas regalias. O serviço de bordo é prestado por homens e mulheres, extremamente profissionais. Para nossa surpresa, havia mulheres de biotipo comum, algumas com idade acima de 40, 50 anos, atendendo os passageiros, bem como homens, que aqui no Brasil não atenderiam aos padrões estéticos das companhias aéreas nacionais, trabalhando a bordo. Não pudemos reparar na chegada na dimensão gigantesca do Aeroporto de Toronto, o que só fomos perceber na viagem de retorno. Constatamos que há mais de 500 fingers, ou seja, mais de 500 possibilidades de estacionamento de aeronaves para embarque e desembarque com conforto - daquele lado do terminal, com centenas e centenas de esteiras de bagagem. Nossa passagem pelo Canadá se deu no verão, quando há uma energia muito positiva no ar devido ao clima e à preparação das cidades, soterradas todos os anos pela neve, para os meses quentes do meio do ano. Convém aqui destacar o que nos impressionou desde o princípio: a presença do Estado na vida dos canadenses. No Canadá, o Estado controla a bebida, o tabaco e o jogo. Com esse controle, a bebida e o tabaco são bastante caros e há impostos pesados para a aquisição de qualquer quantidade de bebida alcoólica, com restrição expressa de circulação com bebidas em áreas públicas, parques, teatros, etc. O Estado administra os impostos e age de forma direta na vida dos canadenses, devolvendo os impostos com EDUCAÇÃO - ENSINO PÚBLICO E GRATUITO, até a Universidade, SAÚDE: ASSISTÊNCIA MÉDICA PÚBLICA E GRATUITA, e assistência social. Assim, de forma bastante resumida, o Canadá é um país em que existe o welfare state, o Estado responsável pelo bem-estar social, distribuidor de renda e garantidor de saúde, de educação e com a política de proporcionar vida digna e confortável a todos os que necessitem do auxílio do governo. Voltaremos a tratar do Canadá e de promessas de um mundo melhor também no Brasil. Fotos: Cristina Lemos

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