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quinta-feira, 13 de março de 2008

Marcha marca o dia Internacional de luta das Mulheres em Porto Alegre


O dia 8 de março não é de comemoração, é de luta!
Na tarde de 07/03/08, as mulheres foram às ruas em diferentes pontos do Estado para gritar por políticas públicas para o setor, pelo fim da violência e pelo reconhecimento do papel da mulher na sociedade!
Brigada Militar ataca Mulheres da Via Campesina e a mídia local se cala
Não há como se calar diante da violência inacreditável que foi dispensada às mulheres na tarde de 04/03, na Fazenda Tarumã, em Rosário do Sul! Centenas de mulheres foram atacadas e mais de 200 crianças foram jogadas ao chão - com as mãos atrás da cabeça - pelos soldados da Brigada Militar. As mulheres e as crianças foram detidas e confinadas no pátio de uma escola da região, sem água ou alimento - em condições precárias e sem socorro médico - onde permaneceram por várias horas. Os(as)jornalistas que presenciaram os fatos tiveram seus equipamentos apreendidos e não há imagens do ocorrido para que a sociedade tome conhecimento do tratamento que é dado àquelas a quem o Estado deveria proteger!
Nem uma linha de apoio a essas mulheres por parte da mídia local e nacional.
Por isso marchamos!
Marchamos em apoio às mulheres pobres desse país que sofrem e morrem nos hospitais do SUS em abortos espontâneos e provocados.
Sabemos que as mulheres que possuem condições financeiras de arcar com as despesas de uma clínica clandestina não são expostas a permanecer horas nas macas do sistema único de saúde sem atendimento.
Por isso marchamos!
Marchamos em repúdio à falta de políticas públicas para as mulheres nos governos de Yeda/Feijó e de Fogaça. Soubemos que a governadora, na semana do dia internacional da mulher, concedeu verba de um milhão de reais aos - pasmem - Clubes de Futebol do estado para que "concedam ingresso gratuito às mulheres nos jogos de futebol e para que possam acompanhar seus maridos nos jogos"...
Ora vejam, companheiras!
Três comissões de mulheres foram aos 3 poderes da Praça da Matriz e ao Ministério público para protocolar a entrega de documentos contendo a pauta dos movimentos sociais, antes do início da Marcha, que seguiu até o Largo Glênio Peres.
A governadora do Estado sequer atendeu a Comissão de Mulheres no Palácio Piratini!
Esse é o tratamento que o Executivo e a Brigada Militar vem concedendo às mulheres no Estado, com apoio irrestrito da RBS e de seus veículos de comunicação: rádio,jornal e televisão.
As mulheres repudiam esse tratamento e conclamam a população para que se una em torno de uma pauta que possa tornar nossa sociedade mais igualitária!
Por isso marchamos!

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