Blog de Cristina Feio de Lemos, Mulher, Trabalhadora, Artista Plástica, Mãe - servidora pública - e Sindicalista. Visite http://arrabaldesdetinta.wix.com/diariodasartes No ar há mais de sete anos, conto aqui algumas experiências e opiniões, divido ideias e compartilho momentos. Um outro mundo é possível se a gente quiser! Envie sua sugestão ou comentário para o email: mulhersindicalista@gmail.com. www.facebook/crislemos
Pesquise aqui uma postagem do Blog Jornada Tripla
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
13ª Marcha dos SEM - Marchamos em Defesa da Dignidade Humana
O pobre é quem mais sofre com o alto preço dos alimentos. O quilo do feijão chegou a R$ 5,00 nos supermercados, um aumento de 151% em relação a 2007. A comida está cara não porque os(as) agricultores(as) recebem mais, mas porque o alimento hoje é uma mercadoria. O mercado incentiva os agrocombustíveis e a monocultura de eucalipto que substituem a produção de comida, degradam o meio-ambiente e impedem a reforma agrária. O preço é definido nas bolsas de valores beneficiando o agronegócio, os especuladores e as transnacionais.
Os que ganham com essa situação são os mesmos que apóiam o governo neoliberal de Yeda Crusius. Para equilibrar as contas públicas, ela corta as verbas sociais, principalmente na saúde e na educação. Em nome da crise não concede reajuste aos trabalhadores(as), mas aumenta seu próprio salário em 143% e dá incentivos fiscais às transnacionais. Para a população que se organiza e protesta, sobre a violência da Brigada Militar.
É pela soberania alimentar e energética do Brasil e contra esse modelo de desenvolvimento neoliberal e s criminalização dos movimentos sociais que lutamos no dia 16 de outubro. Vamos para as ruas nesse dia de luta e da 13ª Marcha do Sem. Somente o povo organizado pode mudar a realidade do RS e do país.
O Consumo na Cidade é uma poderosa arma para enfrentar as transnacionais
Elas, que controlam a cadeia produtiva alimentar e que geram danos ao meio-ambiente e à sociedade devem ser atacadas no que têm de mais caro: O LUCRO. Vamos consumir produtos da economia solidária e da agricultura camponesa, pois, com esse ato, investimos os nossos salários no fortalecimento do pequeno e do que é nosso. Não ao fortalecimento do grande e não à reprodução do capital. Essa é uma forma de resistência que está ao nosso alcance e podemos praticá-la no nosso dia-a-dia.
Na Crise dos Alimentos, o que sobra para o povo?
* Governo prioriza o modelo do agronegócio, controlado por transnacionais e capital financeiro, e abandona a agricultura camponesa;
* No RS, o governo Yeda sucateia a EMATER, numa clara política de abandono aos pequenos agricultores responsáveis por 80% da produção do alimento;
* Alto preço da terra, que expulsa os(as) camponeses(as) e dificulta a reforma agrária;
* Mais expansão das monoculturas de cana e de eucalipto e dos agrocombustíveis;
* Avanço dos transgênicos, contaminação dads sementes e do solo;
* Comida mais cara - levantamento do DIEESE mostra que de janeiro de 2007 a julho de 2008 o preço dos alimentos aumentou 23% em média;
* Aumento da inflação e desvalorização do salário mínimo;
* Mais desemprego e pobreza;
Foto: Marcha dos SEM - 16 de Outubro 2008 rumo ao Palácio Piratini.