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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Seis milhões de europeias reduzem sua jornada ou deixam de trabalhar para cuidar de alguém

Seis milhões de mulheres europeias entre 25 e 49 anos não trabalham ou o fazem em tempo parcial porque estão encarregadas de cuidar de alguém. De fato, uma de cada três mulheres na União Europeia trabalha em tempo parcial, uma porcentagem quatro vezes maior que a dos homens.
Elas representam duas de cada [...] pessoas inativas da União Europeia e a diferença entre os salários por gênero é de 17,4%.
Ter um filho significa para as mulheres trabalhar 11% menos, ao passo que para os homens supõe uma jornada 6,8% maior.
Esses foram alguns dos dados negativos que os especialistas apresentaram ao Fórum Europeu de Mulheres Beijing +15, a revisão do Fórum Mundial de Mulheres da ONU que aconteceu em 1995, e realizado em Cádiz em 2010.

A reportagem é de Cristina Castro e foi publicada no El País, na data de 02/02/2010. A tradução é do Cepat.

Apenas 30% dos executivos da União Europeia são mulheres e o número baixa para 3% se olhamos para as direções das grandes empresas que cotizam na Bolsa. As mulheres europeias, além disso, ocupam apenas uma de cada 10 cadeiras nos Conselhos de Administração.

Foi a ministra de Igualdade, Bibiana Aído Almagro, quem ofereceu estes últimos dados na abertura do encontro que reuniu mulheres de toda a Europa para falar sobre os desafios e as dificuldades ainda existentes para alcançar a igualdade de gênero e que foi o encontro preparatório para o Fórum Mundial de Mulheres da ONU que ocorreu em março em Nova York.

O relatório de acompanhamento dos compromissos de Beijing, elaborado pela presidência sueca da União Europeia, foi apresentado na manhã de quinta-feira pelo secretário de Estado de Integração e Igualdade de Gênero da Suécia, Christer Hallerby.
A taxa de emprego feminino avançou de 40% para 60% nos últimos 15 anos, mas a dos homens se situa em 72%. As conclusões não são, contudo, muito alentadoras; segundo Hallerby, os Estados-membros da União Europeia elaboraram, durante os últimos 15 anos, as políticas e os compromissos necessários para avançar em igualdade de gênero.
A base institucional para aplicar as políticas está em marcha, mas a realidade é diferente: poucos países têm métodos de trabalho e processos em marcha para garantir essa igualdade.

Uma igualdade real que, segundo as conclusões do relatório, está longe de ser alcançada se não se garantirem os recursos econômicos para a aplicação das medidas, se não se colocar maior ênfase nas medidas preventivas e, sobretudo, enquanto não se desenvolverem as estatísticas.
Em três dos 12 indicadores chaves estabelecidos no 4º Fórum Mundial de Mulheres em Beijing, em 1995, ainda não se têm dados, como é o caso da violência contra as mulheres, aspecto enfatizado pela ministra da Igualdade, Bibiana Aído. Falou sobre a iniciativa espanhola que pretenderia criar um Observatório Europeu de Violência de Gênero durante a presidência da União Europeia no primeiro semestre de 2010.

Fonte: El País, 02/02/2010. Reportagem de Cristina Castro (Tradução: Cepat, adaptado por Cristina Lemos).

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