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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Adiós, Ministro Peluso, dizem os servidores do Judiciário!


Em frente ao STF, servidores protestaram em 19-04-2012
Dia de mudança do Presidente do Supremo Tribunal Federal, o maior cargo no Poder Judiciário. Os servidores e servidoras do Judiciário de todo o país colocaram-se diante do tribunal para se fazerem ouvir pelo Ministro César Peluso e, mais importante do que isso, para dar as boas vindas ao novo presidente, Ministro Ayres Britto, colocando já sobre ele a responsabilidade de negociar e viabilizar a implantação do PCS 4, PL 6613/09, que tramita no Congresso Nacional.
Tramita? Não, esse procedimento, esse projeto de lei está parado numa das Comissões da Câmara dos Deputados e não avança por impedimento do governo federal.

Diante do impasse que se criou em torno do Projeto de Lei e a sua respectiva inclusão no orçamento da União, governo e judiciário ficaram inertes. Os servidores, não. Foram às ruas e ao planalto gritar e protestar em cinco GREVES em torno do plano. Em 2010, foram 85 dias, em 2011, 87 dias. O governo Lula não negociou o PL antes das eleições, o governo Dilma, mesmo depois de eleito, não aceita negociar aumento aos servidores federais.

Nesse cenário, a FENAJUFE conclamou os sindicatos para enviarem caravanas a Brasília no dia 18 de abril, data em que o PL estava na pauta da Comissão de Finanças e Tributação e permanecerem no dia 19 para a troca da presidência do Supremo.

Clima Imperial

Os servidores estiveram perfilados, com faixas e cartazes diante da entrada de veículos da área que foi isolada defronte o STF. Os gritos e palavras de ordem foram de despedida, sem saudade, ao Ministro Peluso, cuja gestão foi marcada pela instransigência e falta de diálogo com os servidores.

Todavia, cabe registrar nesse blog a sensação que se tinha diante do desfile de veículos oficiais das autoridades, políticos e graduados, convidados para o evento da troca da presidência do Judiciário.
Impressionante!
Dezenas e dezenas de veículos passaram por nós. Nunca imaginamos que o Brasil do século XXI hospedava tantos cargos, tantos subcargos, tantas presidências, vice-presidências, tantas procuradorias e subprocuradorias, tantos e tantas acompanhantes, tantas autorizações específicas para ingressar naquele círculo seletíssimo de personas.

Aos meros servidores e servidoras da União, ficou a perene sensação de que nada mudou desde o Império, a não ser, é claro, que a Corte, que antes passava indiferente, dentro de carruagens, agora passeia - não menos indiferente - em veículos caros, importados e com películas nos vidros.

Veja mais sobre o ato no saite da http://www.fenajufe.org.br/


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