Jornal Metro, Porto Alegre, Edição de 30-4-12, p. 4 |
Transcrição da matéria:
"Mas isto é uma ciclovia?
- Obra na Restinga, que deve ser finalizada em maio, já levanta dúvidas de ciclistas quanto à sua funcionalidade
- Durante trajeto, bicicletas têm que desviar de postes, carros e pedestres que ficaram sem calçada para transitar
Postes de luz, carros e pedestres são bostáculos comuns para ciclistas na nova ciclovia instalada há cerca de um mês no bairro da Restinga pela EPTC. a pista ainda não está finalizada, porém o Metro foi até o local observar a funcionalidade da obra e ouvir ciclistas da região.
Na opinião da recém moradora do bairro e ciclista Waleska Farias, a pista foi construída de maneira equivocada. "Ela deveria ficar junto da pista de carros ou então de maneira que desse espaço para pedestres também. São detalhes que poderiam ter sido cuidados antes", afirma a moradora.
A ciclovia foi construída em cima da calçada, deixando um espaço mínimo para pedestres, o que os força a utilizar a via. Em apenas uma quadra, quatro postes de luz atrapalham a passagem das bicicletas, além de uma parada de ônibus. De acordo com o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, os postes não chegam a ser obstáculos pois há espaço para desvios, e o ponto de ônibus deve ser deslocado para outro local. "O espaço da estrada é restrito, não tinha como fazer ciclofaixa. O passeio tem tamnho suficiente para ter a ciclovia, se ele não é pavimentado, a culpa é do morador, que deve arrumá-lo", disse Capellari.
Para o usuário da pista, Carlos José, outro problema são os carros que não respeitam a ciclovia. "Já caí um tombo tentado desviar", disse. Segundo Capellari, barreiras físicas serão colocadas para que carros não estacionem em cima do espaço. "Ainda faltam ajustes e sinalizações, a obra deve ser entregue em maio". O diretor-presidente da EPTC afirma aidna que o número de acidentes com ciclistas na Restinga diminuiu 60% de 2010 para o ano passado. Nesta semana, equipes devem ir até o local entegar informativos educativos sobre a ciclovia para cosncientizar a população. " METRO POA
A Prefeitura do Município de Porto Alegre, no afã de entregar e inaugurar obras, típico de ano eleitoral, obviamente com vistas a divulgação no programa do partido, coloca nas ruas da capital gaúcha sequencias de pintura no asfalto e demarcações, a título de "Ciclovia".
"Mas isto é uma ciclovia?
- Obra na Restinga, que deve ser finalizada em maio, já levanta dúvidas de ciclistas quanto à sua funcionalidade
- Durante trajeto, bicicletas têm que desviar de postes, carros e pedestres que ficaram sem calçada para transitar
Postes de luz, carros e pedestres são bostáculos comuns para ciclistas na nova ciclovia instalada há cerca de um mês no bairro da Restinga pela EPTC. a pista ainda não está finalizada, porém o Metro foi até o local observar a funcionalidade da obra e ouvir ciclistas da região.
Na opinião da recém moradora do bairro e ciclista Waleska Farias, a pista foi construída de maneira equivocada. "Ela deveria ficar junto da pista de carros ou então de maneira que desse espaço para pedestres também. São detalhes que poderiam ter sido cuidados antes", afirma a moradora.
A ciclovia foi construída em cima da calçada, deixando um espaço mínimo para pedestres, o que os força a utilizar a via. Em apenas uma quadra, quatro postes de luz atrapalham a passagem das bicicletas, além de uma parada de ônibus. De acordo com o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, os postes não chegam a ser obstáculos pois há espaço para desvios, e o ponto de ônibus deve ser deslocado para outro local. "O espaço da estrada é restrito, não tinha como fazer ciclofaixa. O passeio tem tamnho suficiente para ter a ciclovia, se ele não é pavimentado, a culpa é do morador, que deve arrumá-lo", disse Capellari.
Para o usuário da pista, Carlos José, outro problema são os carros que não respeitam a ciclovia. "Já caí um tombo tentado desviar", disse. Segundo Capellari, barreiras físicas serão colocadas para que carros não estacionem em cima do espaço. "Ainda faltam ajustes e sinalizações, a obra deve ser entregue em maio". O diretor-presidente da EPTC afirma aidna que o número de acidentes com ciclistas na Restinga diminuiu 60% de 2010 para o ano passado. Nesta semana, equipes devem ir até o local entegar informativos educativos sobre a ciclovia para cosncientizar a população. " METRO POA
A Prefeitura do Município de Porto Alegre, no afã de entregar e inaugurar obras, típico de ano eleitoral, obviamente com vistas a divulgação no programa do partido, coloca nas ruas da capital gaúcha sequencias de pintura no asfalto e demarcações, a título de "Ciclovia".
Resposta desse blog:
A nós, moradores e usuários das ruas da cidade, está colocado um debate importante: O QUE É UMA CICLOVIA???
A definição que consta no dicionário on line, Michaelis, é a seguinte:
Pista de uso exclusivo para bicicleta que pode ser construída acompanhando o traçado de ruas e avenidas, como as ciclovias à beira-mar, ou dentro de parques públicos.
A do Aulete, é a que segue:
sf. 1. Pista para circulação exclusiva de bicicletas.
2. Esp. Pista para a prática do ciclismo.
Já no Código Nacional de Trânsito, há a conceituação de alguns itens importantes:
CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão humana.
CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica.
CICLOMOTOR - veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a cinqüenta centímetros cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a cinqüenta quilômetros por hora.
CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum.
Portanto, apenas com essas conceituações, é possível se chegar a uma conclusão bastante simples: NÃO HÁ CICLOVIAS em Porto Alegre.
Qualquer pessoa que suba em uma magrela e deseje traçar a sua rota na cidade, percebe que não houve nenhuma preocupação da EPTC e/ou da Prefeitura em realizar alguma pesquisa técnica prévia em ciclovias nas diversas cidades - dentro e fora do país - em que existem ciclovias à disposição da população.
A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, na região desde o Centro até a Zona Sul, passando pelo Aeroporto Santos Dumont, Aterro do Flamengo, Glória, Botafogo, Leme, Copacabana, Arpoador, Ipanema, Leblon, etc., conta com mais de uma alternativa para a circulação de bicicletas, e o que é muito mais importante: COM A DEVIDA SINALIZAÇÃO.
Se não desejarem sair do RS, podem verificar em Santa Cruz do Sul, Taquara e outras (ao contrário dos nossos governantes municipais, vamos pesquisar situações reais e adequadas de instalações e construções de ciclovias e noticiar, amigos blogueiros).
Se não desejarem sair do RS, podem verificar em Santa Cruz do Sul, Taquara e outras (ao contrário dos nossos governantes municipais, vamos pesquisar situações reais e adequadas de instalações e construções de ciclovias e noticiar, amigos blogueiros).
Na matéria do jornal Metro, reproduzida acima, está retratada a chamada "Ciclovia" do Bairro Restinga . Lamentável o que ocorreu na zona Sul de Porto Alegre: o chão foi pintado de vermelho e a pista simplesmente cedeu lugar ao traçado, sem qualquer preparação de terreno, sem bloqueio físico e sem CALÇADA ou PASSEIO PÚBLICO aos pedestres.
Desta forma, a passagem não está permitida aos ciclistas e compartilhada com os pedestres, como poderia se imaginar. Trata-se da própria calçada - inclusive com os postes de iluminação pública, sinalização e de fiação de alta tensão - na mesma pista.
Quanto aos postes, o Diretor Presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, afirma que os postes não chegam a ser obstáculos pois há espaço para desvios.
Este blog salienta que, obviamente, o diretor-presidente da EPTC não é ciclista, nem amador, nem atleta. Talvez não seja nem motorista de veículo automotivo, talvez não seja sequer pedestre regular, tamanho despreparo na sua afirmação. Afirmação triste, se não viesse de um membro de organização do governo responsável pelo trânsito e circulação. Vindo dele, torna-se uma afirmação irresponsável.
É certo que, se esse raciocínio de os postes estarem espalhados no meio das pistas - e não se tratarem por isso de obstáculos (pois há espaços para desvio) - estivesse certo, haveria - com certeza - postes nas ruas, avenidas, estradas, estacionamentos e vias de circulação de automóveis, carros, motos, caminhões, etc., não é mesmo????
Esse blog convida o Senhor Diretor Presidente da EPTC e o Senhor Prefeito de Porto Alegre para um passeio de bicicleta, em qualquer horário do dia (ou da noite) nos diversos pontos da cidade em que a Prefeitura municipal e a EPTC alegam ter entregue as tais "ciclovias".
Mais do que isso, esse blog convida os técnicos responsáveis pelo planejamento e execução do PROJETO DAS CICLOVIAS (a toque de caixa, como se diz aqui na terra) a um passeio de bicicleta em qualquer ponto da cidade, para que possam perceber a necessidade das rampas de acesso, da correção dos desníveis de passagem, da colocação de proteção e de SINALIZAÇÃO nos locais de cruzamento e de compartilhamento de pistas, seja com veículos, seja com pedestres.
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