Mesa de Abertura da Plenária em 04/05/12 Foto: Cristina Lemos |
Vera Miranda, Ex-dirigente da FASUBRA Foto: Cristina Lemos |
O primeiro painel, de conjuntura nacional e internacional colocou desafios aos trabalhadores e impôs uma análise mais detalhada dos rumos do movimento em relação, principalmente, aos próximos passos que podem ser dados pelo governo federal.
Veja abaixo a cobertura da Fenajufe do painel de Vera Miranda:
SÃO LUIS – 04/05/12 - Organizar os trabalhadores do serviço público e construir um calendário de luta para o próximo período foi a tônica do painel de Conjuntura, na noite desta sexta-feira [04], no primeiro dia da XVII Plenária Nacional da Fenajufe, em São Luis. Um dos momentos mais esperados dos fóruns da categoria, o debate sobre a conjuntura nacional e internacional, ainda que tenha mostrado divergências quanto à leitura das forças políticas que compõem o movimento sindical do Judiciário Federal e do MPU, serviu para reforçar uma orientação que a Fenajufe sempre tem repassado à categoria: somente a mobilização, de forma organizada e unificada, será capaz de garantir que sejam aprovados os Planos de Cargos e Salário, em tramitação no Congresso Nacional, e impedir que projetos que retiram direitos dos trabalhadores sejam implementados.
A primeira painelista a abordar o tema foi Vera Miranda, assessora do Sisejufe-RJ e ex-dirigente da Fasubra. Fazendo uma análise dos efeitos da crise do neoliberalismo, a assessora sindical afirmou que os Estados adotam medidas que têm como principais alvo os trabalhadores. “A crise, que começou centrada na Europa, já se espraia para outros países e obriga o Estado a pagar a conta, retirando direitos dos trabalhadores. Os efeitos podem ser vistos na Grécia e em Portugal, sendo que neste último os trabalhadores tiveram em torno de 20% na redução dos seus salários. E aqui no Brasil se não nos armarmos, enfrentaremos esses mesmos ataques”, avaliou. Em relação aos trabalhadores do serviço público, Vera Miranda avalia que o atual governo, pressionado pelo “pacto da governabilidade”, optou por políticas conservadoras, que ameaçam os direitos do funcionalismo. Na avaliação da assessora sindical, para superar esse programa, os trabalhadores precisam definir ações unificadas e disputar o “projeto de Estado”. “Vamos ter que trabalhar plataformas que sejam ousadas e, para isso, temos que ter unidade na ação. Temos que disputar o projeto de Estado, além de apontar os problemas e também que propor novas políticas. Não vamos pagar a conta da crise, mas se não fizermos intervenções de peso não conseguiremos disputar projetos”, afirmou Vera, que citou como desafios prioritários da categoria no momento a luta contra uma nova reforma da previdência, já iniciada com a aprovação dos fundos de pensão, a exigência da regulamentação da negociação coletiva no serviço público e a aprovação do Plano de Cargos e Salários, que, para ela, é o principal anseio dos servidores do Judiciário Federal e do MPU.
Extraído do saite da Fenajufe
Fonte: www.fenajufe.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário no blog Jornada Tripla. Se tu te identificares, poderemos dialogar.