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terça-feira, 27 de novembro de 2007

Pacotaço de Yeda é massacrado na Assembléia



"O povo gaúcho não aceita o modelo neoliberal de estado mínimo, arrocho e precarização de serviços que o governo tucano estava tentando impor", diz Bohn Gass

CUT, CPERS, Semapi e outras entidades de trabalhadores montaram um placar com cadeiras e fotos dos deputados em frente ao Piratini para acompanhar a votação. De um lado, os que votavam com o povo; do outro, os que votavam com Yeda. Bohn Gass, como mostra a foto, votou com o povo.
A intenção do governo tucano de implantar, no Rio Grande do Sul, um modelo de gestão ultraneoliberal com arrocho salarial, precarização de serviços, extinção de empresas estatais e desmonte da máquina pública, foi massacrada na Assembléia Legislativa na sessão de 14 de novembro. No final de seu décimo mês de governo, Yeda mandou para a Assembléia Legislativa um conjunto de seis projetos de leis, o chamado "pacotaço", cuja idéia central era um abusivo aumento de impostos que, posto em votação, foi rejeitado por 34 votos a zero. Até deputados que integram a base aliada de Yeda votaram contra o projeto.
Os que eram favoráveis ao pacote usaram a tática de esvaziar o Plenário. Contavam que, com isso, não haveria quórum para apreciação dos projetos o que daria ao governo mais uma semana para tentar convencer deputados que se mostravam indecisos. A pressão popular, do setor produtivo e das entidades de classe de trabalhadores, indústria e comércio, contudo, fez com que uma folgada maioria contra o pacotaço se formasse no plenário.
"É um dia histórico para o Rio Grande. Yeda se elegeu prometendo um novo jeito de governar mas o que se viu desde o primeiro dia de sua administração foi uma sucessão de crises internas e externas, falta de articulação política, autoritarismo e, finalmente, corrupção. Neste cenário, a inábil e arrogante governadora ainda tentou fazer o povo gaúcho engolir um aumento abusivo de impostos. Foi derrotada com votos até da sua base aliada. Politicamente, o governo Yeda acabou," avalia o deputado Elvino Bohn Gass, vice-líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa.
Veja quem votou contra o pacote e a favor do povo gaúcho:
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PT = nove votos (Bohn Gass, Raul Pont, Ronaldo Zulke, Ivar Pavan, Dionilso Marcon, Marisa Formolo, Fabiano Pereira, Stela Farias e Daniel Bordignon – o PT tem 10 deputados mas Adão Villaverde estava presidindo a sessão e, portanto, não votava)
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PSB = 2 votos (Miki Breier e Heitor Schuch)
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PcdoB = 1 voto (Raul Carrion)
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PTB = 2 votos (Kely Moraes e Cassiá Carpes)
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Democratas = 3 votos (Paulo Borges, José Sperotto e Marquinho Lang)
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PDT = 5 votos (Adroaldo Loureiro, Gerson Burmann, Gilmar Sossella, Kalil Sehbe, Paulo Azeredo)
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PPS = 1 voto (Berfran Rosado)
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PP = 8 votos (Leila Fetter, Francisco Appio, Mano Changes, Marco Peixoto, Silvana Covatti, João Fischer, Adolfo Britto e Jerônimo Goergen)
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PMDB = 3 votos (Edson Brum, Nelson Harter e Alvaro Boessio)
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Total = 34 votos contra; nenhum voto a favor
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Confira os deputados que NÃO PARTICIPARAM DA VOTAÇÃO e que, portanto, mostraram-se favoráveis ao aumento de imposto
PSDB: Adilson Troca, Nelson Marchezan Jr, Paulo Brum, Pedro Pereira, Zila Breitenbach
PPS: Carlos Gomes, Luciano Azevedo e Paulo Odone
PP: Frederico Antunes
PTB: Abílio dos Santos, Aloíso Classmann e Iradir Pietroski
PMDB: Alceu Moreira, Alberto Oliveira, Alexandre Postal, Gilberto Capoani, Marcio Biolchi e Sandro Boka
PDT: Rossano Gonçalves e Giovani Cherini

Fonte: www.deputadobohngass.com.br