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domingo, 4 de maio de 2008

1º de Maio em Porto Alegre reforça luta pela descriminalização dos Movimentos Sociais e pela Redução da Jornada de Trabalho


Nesse primeiro de maio de 2008, reuniram-se em Porto Alegre, no Parque da Redenção, lideranças sindicais de vários ramos do mundo do trabalho, atendendo ao chamado da CUT, a partir das 9 horas da manhã.
Pelo CPERS, a vice-presidente do sindicato e da CUT-RS, Rejane Oliveira enfatizou o desmonte que tem sido o governo de Yeda/PSDB para a Educação no Estado. A falta de habilidade e de competência da Secretária da educação, o fechamento de escolas, falta de qualificação para educadores, a “enturmação” e o autoritarismo na gestão foram alguns dos pontos levantados pela categoria. A preocupação com o tratamento dado pelas gestões do governo estadual e do comando da Brigada Militar aos movimentos sociais fizeram os participantes lembrarem do companheiro sapateiro Jair, assassinado pela BM durante o governo de Rigotto, em manifestação pelo não fechamento dos postos de trabalho nas indústrias calçadistas na região do vale dos Sinos. No entanto, a indignação com o Comando da Brigada na atualidade está ainda maior. A representante da MMM-Marcha Mundial de Mulheres, Claudia Prates, lembrou que, no início do mês de março, no município de Rosário do Sul, a brigada militar sitiou e agrediu mais de 200 mulheres e crianças indefesas, das Mulheres da Via Campesina, na ocupação da Fazenda Tarumã, obrigando-os a permanecer mais de oito horas sem água ou comida. Nesse ataque feroz, não foram poupados os jornalistas presentes, com a quebra de máquinas fotográficas e filmadoras, para evitar que a atrocidade fosse documentada e veiculada nos meios de comunicação. Ainda no mês de março, o CPERS ocupou a SEC – Secretaria Estadual de Educação, pedindo audiência com a secretária Mariza Abreu. Sem receber as lideranças dos professores, a polícia militar, de forma truculenta e agressiva, imobilizou e algemou várias professoras e professores, talvez imaginando que a crise na educação gaúcha fosse mero caso policial.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST esteve presente no ato, recebendo a solidariedade das trabalhadoras e dos trabalhadores urbanos na Redenção. Mais uma vez, reforçaram a justeza de seus pleitos: Terra e Trabalho, para aumentar os postos de trabalho, a produtividade e diminuir o desemprego e a pobreza nas grandes cidades, é preciso dar celeridade aos procedimentos de reforma agrária no país.
Diversos líderes estiveram presentes no Ato, como o ex-Governador Olívio Dutra, o Presidente da CUT, Celso Woyciechowski, os deputados estaduais Raul Pont, Stela Farias, Adão Villaverde e Maria do Rosário, o ex-Ministro Miguel Rossetto e lideranças sindicais de vários pontos do Estado.
Vários membros do Sintrajufe estiveram na Redenção, reforçando a luta pela Redução da Jornada de Trabalho também no serviço público.