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terça-feira, 9 de setembro de 2008
13ª Marcha dos Sem e 14º Grito dos Excluídos de 2008 - Militantes sob o frio de 8 graus em Porto Alegre
Frio que oscilou entre os oito e os dez graus e uma persistente chuva que castigou Porto Alegre desde a madrugada de sexta-feira, 5 de setembro, transformaram a 13ª Marcha dos Sem e o 14º Grito dos Excluídos em uma grande assembléia na quadra do Sindicato dos Metalúrgicos, na capital gaúcha.
A decisão de fazer o ato em local fechado teve por objetivo proteger as delegações que vieram do interior do Estado e que precisariam voltar molhadas a bordo dos ônibus, no frio.
A luta contra a criminalização dos movimentos sociais foi o principal eixo da Marcha dos Sem, que aconteceu a partir das 14h do dia 5 na capital riograndense.
Pela primeira vez em 13 anos, a mobilização foi feita em conjunto com o Grito dos Excluídos – contraponto popular ao conceito tradicional de independência.
A tônica da Marcha, neste ano, foi a denúncia da perseguição e repressão aos movimentos sociais patrocinados pelo governo Yeda Crusius (PSDB), incluindo-se aí a nomeação do Coronel Mendes para chefe da Brigada Militar, "premiando" sua atuação de violência e abuso de poder (vide exemplo das violências ocorrências contra mulheres e crianças em 06 de março desse ano, em Rosário do Sul).
Saiba quais são os eixos da Marcha dos SEM e do GRITO dos Excluídos de 2008:
1 - Contra toda forma de corrupção e dem defesa do patrimônio público e de um Estado efetivamente garantidor de direitos e provedor das políticas públicas necessárias para efetivá-las a serviço do povo gaúcho.
2 - Contra toda forma de violação de direitos e pela garantia de liberdade de organização e manifestação dos movimentos sociais.
3 - Em defesa da dignidade humana e da vida, ameaçada pelo atual modelo de desenvolvimento econômico que privilegia o grande capital, em detrimento do desenvolvimento social (modelo que produz cada vez mais a concentração de riquezas e de poder com a conseqüente exclusão social, desigualdades de acesso e oportunidades, miséria, violência).
4 - Pelas REFORMA AGRÁRIA e URBANA, com defesa da democratização da terra no campo e na cidade, com moradia e condições dignas de vida.
5 - Em defesa da democracia com ampliação da participação popular e controle social sobre as políticas públicas.
6 - Em defesa da soberania alimentar, da preservação e conservação da água e das sementes crioulas, do bioma Pampa, patrimônio da humanidade.
7 - Na luta pelo desenvovimento sustentável com distribuição de renda e valorização da trabalhadora e do trabalhador a partir da economia solidária e da geração de postos de trabalho para todas e para todos.
Fonte: Coordenação dos Movimentos Sociais - CMS e CUT-RS www.cutrs.org.br