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segunda-feira, 29 de setembro de 2008
CPERS e entidades se alinham no Estado para a defesa da Ação Sindical
Os sindicatos mais combativos do estado do RS tiveram um importante compromisso na manhã de sexta-feira, dia 19 de setembro, no Plenarinho da Assembléia Legislativa.
As principais lideranças do sindicalismo se reuniram na Casa do Povo para debater quais as principais diretrizes do movimento no período. O encontro foi promovido pelo CPERS Sindicato, o maior sindicato do Estado, um dos maiores da América Latina, que representa os professores da rede estadual de ensino público. O CPERS recebeu um duro golpe por parte da Secretaria de Educação do governo Yeda Crusius, o qual visava ao bloqueio das liberações para mandato classista dos dirigentes vinculados aos 42 Núcleos da entidade espalhados pelo Rio Grande do Sul e, a negativa atingiria também os 15 membros da Executiva.
Quase duzentas pessoas atenderam ao chamado da organização dos trabalhadores e trabalhadoras no Estado e debateram na Assembléia quais as atitudes que deveriam ser tomadas para que se estancassem as práticas anti-sindicais que tiveram início ainda no governo de Germano Rigotto.
Desde a morte do companheiro Jair, durante caminhada dos sapateiros no Vale dos Sinos, causada de forma truculenta e raivosa por parte da Brigada Militar, ainda no governo anterior e os ataques que vêm sendo desferidos pela BM aos trabalhadores rurais sem terra, às mulheres e às crianças da Via Campesina, observa-se que a ordem do comando é o forte ataque e a criminalização.
A prisão dos manifestantes do CPERS no prédio da SEC, em Porto Alegre e os cercos e revistas aos trabalhadores rurais nos assentamentos têm refletido a ordem do comando da BM: hostilizar e abater os movimentos sociais, criando ocorrências policiais e desqualificando os movimentos sociais.
Em diversas manifestações do plenário surgiram fatos alarmantes de prática anti-sindical do governo Yeda, que, na contramão da história de movimentação e de crescimento das esquerdas no território sulamericano, com governos populares que subiram ao poder, permanece na ótica capitalista de exploração sem o reconhecimento dos direitos da classe trabalhadora.
O rigor no cumprimento da lei, que parece nortear algumas decisões desse governo, não é atendido no cumprimento da Lei que estabelece o piso salarial dos professores, uma antiga reivindicação do CPERS.
Uma grande frente de ação foi deliberada no encontro e a articulação interna das entidades representativas irá culminar em vários Atos de denúncia contra o governo estadual, com mobilização na Capital e no interior.
O momento exige uma reação dos trabalhadores contra o autoritarismo de um governo que não tem sustentação popular, mas que se sustenta pelo poder econômico. Hoje o ataque é contra a educação e os trabalhadores rurais e desempregados; amanhã certamente será contra outras categorias do funcionalismo público e mesmo da iniciativa privada.
Fonte: com informações do http://www.cpers.com.br/portal2/np_noticias.php?id=1760&cod_nucleo=0