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quinta-feira, 30 de julho de 2009

1º de Agosto é dia de Proteger a Orla do Guaíba!


A Orla do Guaíba não é apenas da população de Porto Alegre. As margens de Rios e de Lagos, bem como as da orla marinha, possuem uma legislação específica de proteção e de uso comum pela população em geral. Não cabe a uma administração restringir o uso dos mais de 70 km de orla de água doce existente em Porto Alegre para o uso para essa ou para aquela finalidade. O uso é PÚBLICO e assim deve permanecer, para todos aqueles(as) que aqui estão e para os(as) que ainda virão.
Participe da filmagem no dia 1º de agosto, no Gasômetro e venha dar o seu depoimento para a Casa de Cinema de Porto Alegre e para o mundo:
A ORLA DO GUAÍBA É PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE!

Fonte: Blog RS Urgente

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sintrajufe: Dia Nacional de Mobilização pela Revisão Salarial no Judiciário


A Diretora Cristina Lemos, servidora da Justiça Federal que atua no Sintrajufe, esteve desde o início do expediente defronte ao prédio sede, no dia 8 de julho, distribuindo cópias dos anteprojetos de Lei do GT Nacional da Fenajufe, a proposta dos Diretores Gerais dos Tribunais Superiores e a contra-proposta da Comissão Interdisciplinar do STF. Mesmo com frio intenso - que sempre é mais forte nas imediações da JF - os colegas tiveram a oportunidade de conversar sobre as propostas que estão hoje sendo debatidas e que modificam itens da Lei 11416/2006 ( o PCS-3). Cada Vara e cada unidade de trabalho da JF, TRF, TRT, TRF, TRE e Anexo da Padre Cacique receberam uma cópia do projeto completo, contendo os 9 artigos e os anexos (propostas de cálculo de tabelas), para conhecimento e estimular a discussão nos locais de trabalho.
Proporcionando visibilidade à data, o sindicato também confeccionou faixas que foram colocadas nos seis prédios das três justiças na capital.
Para aprofundar a discussão, o sindicato abriu o email sintrajufeplanodecarreira@gmail.com para o envio de dúvidas e vai efetuar uma reunião aberta com transmissão via rádioweb a todos(as) os sindicalizados, bastando se conectar na página do Sintrajufe no link que será disponibilizado para acompanhar toda a discussão.

Carreira e Revisão Salarial foi centro da Assembleia do Sintrajufe



No sábado, dia 4/7, a categoria do judiciário federal no RS realizou assembleia geral, na sede do Sintrajufe. A categoria definiu o Dia Nacional de Mobilização, marcado na Plenária anual da Fenajufe (realizada com os sindicatos filiados à Federação presentes em Manaus de 5 a 7 de junho)para 8/7. O Sintrajufe elaborou adesivos com os dizeres: “Servidores mobilizados por Plano de Carreira e revisão salarial”, e faixas para os prédios.
A Diretora Cristina Lemos frisou em sua fala o quanto é importante que se debata coletivamente as questões ligadas à Carreira, em foros como o Grupo de Trabalho Estadual (GT do Sintrajufe) e GT da Fenajufe, o que possibilita levar posições maduras e com embasamento teórico mais aprofundado na disputa com o que vem sendo trazidas pelos tribunais. Dessa forma, cada vez mais "o grupo que sairá eleito aqui na assembleia possui o compromisso de levar os pontos aqui debatidos para a Reunião da Fenajufe em Brasília e é esse o anteprojeto que iremos defender, nosso compromisso é com a categoria", disse Cristina.
Os colegas elegeram a delegação que participa da Reunião Ampliada da Fenajufe, dias 15 e 16/8, em Brasília. Com a apresentação de mais duas propostas, pela comissão do STF e pelos diretores-gerais dos tribunais, além do anteprojeto do GT da Fenajufe, a categoria deliberou o rumo das discussões na assembleia, norteando as ações de todos(as) aqueles que forem designados para defender os interesses dos servidores em Brasília e junto aos Tribunais Superiores.
Três chapas apresentaram nomes para a delegação que representará o Rio Grande do Sul na reunião ampliada da Fenajufe, prevista para dias 15 e 16/8 (a assembleia aprovou que se busque adiantar a data da reunião). A chapa 1 – Viva Voz, obteve 41 votos, e tem direito a 5 delegados e 3 observadores. A chapa 2 teve 5 votos e não atingiu o coeficiente para obter delegados. A chapa 3 alcançou 16 votos; levará 2 delegados e 1 observador.
Nominata da Chapa Viva Voz: Zé Oliveira, Mara Weber, Cristina Lemos, Sergio Amorim, Marcelo Ortiz, Ivonilda Buenavides da Silva, Alê Junqueira, Gleni Sittoni, Ana Naiara Malavolta, Paulo Rosa, Alan Carlos Dias da Silva, Claudio Azevedo, Adriano Machado da Costa, Orildo Longhi, Alessandra Pereira de Andrade, Thomaz da Costa Farias, Fabiano da Silva e Milton Cabezudo.

Fonte: com informações do www.sintrajufe.org.br
Fotos: Rosane Vargas

Bancas do Sintrajufe é 10! é na Justiça Federal e no TRF 4ª Região na primeira quarta-feira do mês


Banca Sintrajufe é 10! esteve no dia 1º de julho, no TRF e na JF. Nas bancas, a equipe do sindicato presta diversas informações aos servidores, como assuntos ligados ao jurídico, cultura e convênios. Também faz recolhimento de pilhas e baterias usadas levadas pelos colegas e encaminha para a destinação correta, evitando resíduos no meio ambiente. Durante todo o mês de junho foram distribuídas nas bancas mudas de árvores nativas: Araçá e Pitangueira, com instruções para o plantio, aos sindicalizados que vieram buscar atendimento e aos que foram até a sede do sindicato na Marcílio Dias, 660.
O sindicalizado pode se agendar: sempre às quartas-feiras o sindicvato estará mais perto para esclarecer dúvidas e informar ao sindicalizado suas ações em defesa da categoria. E para fixar: sempre na primeira quarta-feira de cada mês fica marcado o compromisso de visitar a Banca do Sintrajufe no 9º andar - saguão do Restaurante - da Justiça Federal - agora em novo horário: 13 às 15 horas e, das 16 às 18 horas, também no saguão do Restaurante do TRF (novo local).

Fonte: com informações do saite www.sintrajufe.org.br

Audiência Pública na Justiça Federal trata dos Juizados Federais


No dia 19 de junho, o COJEF - Coordenadoria dos Juizados Especiais Federais do TRF4ª Região chamou uma audiência Pública no auditório da JF em Porto Alegre a fim de debater com a sociedade diversos pontos relacionados ao funcionamento dos Juizados Especiais. Trata-se de um espaço importante de diálogo que já se realizou no Paraná e em Santa Catarina.
O público presente compunha-se de servidores, magistrados e advogados de várias cidades. Os advogados demonstraram essencialmente preocupação com a instabilidade do sistema e-proc, com a peritagem nos juizados previdenciários e a falta de padronização nos procedimentos, havendo decisões diferenciadas entre os juizados para a mesma matéria.
O Sintrajufe marcou presença e apresentou a Pesquisa de Saúde realizada em Juizados Especiais Federais localizados em 09 subseções judiciárias do RS. O Diretor Zé Oliveira e a Diretora Cristina Lemos, profissionais da saúde e da relações de trabalho do sindicato vieram participar da discussão. Todavia, o espaço aberto ao debate sobre servidores no processo ficou demasiado reduzido na audiência pública.

Saúde dos Servidores

Os médicos do trabalho e assessores do sindicato, Rogério Dornelles e Geraldo Azevedo, e o diretor Zé Oliveira dividiram o tempo para falar sobre saúde dos servidores. Rogério ressaltou a importância dos juizados, mas lembrou que o crescimento da demanda não foi acompanhado por um aumento no número de funcionários. Isso gerou mais trabalho e adoecimento. Sendo de maioria jovem, o público que está no e-proc apresenta problemas de saúde similares aos dos colegas pesquisados nos gabinetes do TRT, que estão em faixa etária mais elevada.
Os dados obtidos com a pesquisa foram “absolutamente inesperados para essa faixa etária”, segundo Geraldo. Além disso, ele informou que testes identificaram sofrimento psíquico em 40% dos entrevistados nos JEFs. “As pessoas estão pedindo ajuda, estão mostrando que, como está, não dá mais”, afirmou.
Os dados da pesquisa são importantes para que se discutam as condições de trabalho e saúde dos servidores, disse Zé. Na opinião do dirigente, a partir da detecção dos problemas e de espaços como a audiência, “poderão ser construídas soluções conjuntas”.
O desembargador Paulo Afonso Brum Vaz, que assume a coordenação da Cojef disse que estava sensibilizado com o resultado da pesquisa. Ele fez a promessa de que serão buscadas soluções para as questões, pois sua linha de trabalho “é pautada na humanização dos juizados”, o que passa, na opinião do magistrado, por melhores condições de trabalho e atendimento ao jurisdicionado. Na mesma linha, o juiz Sérgio Tejada Garcia, indicado pela presidência para supervisionar o novo processo eletrônico para toda a jurisdição, disse que “somos parceiros, há uma preocupação desde o início com a saúde do trabalhador” que, espera desenvolver.
Dentro do planejamento estratégico da Cojef, há projetos de melhoria das condições de trabalho, informou a juíza Ana Maria Wickert Theisen, do 1º Juizado Cível de Porto Alegre. Ela disse que desde 2006 estão sendo propostas soluções, como treinamento e noções de ergonomia. Outra seria a redução da jornada de trabalho para os servidores do JEFs. Segundo Ana Maria, a ideia teve um bom encaminhamento no TRF e será levada para discussão nacional.

Rosane Vargas (texto e foto) e Cristina Lemos
Fonte: www.sintrajufe.org.br
Veja mais informações e detalhes da pesquisa na página do sindicato.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

"Empurra que ela Cai" no Brique da Redenção


A comunidade gaúcha pôde participar de um arraial diferente no final do mês de junho, em Porto Alegre: o Arraial da Transparência. Na rua José Bonifácio, onde todos os domingos acontece o Brique da Redenção, estava instalada a fachada da "Casa da Yeda", em um ato público do Fórum Estadual dos Servidores Públicos - FSPE, que congrega várias entidades de servidores estaduais, dentre eles CPERS/Sindicato, SIMPE - Ministério Público, Sindjus - Justiça Estadual, SINDISEPE-RS, SEMAPI e outras.

De maneira bem-humorada, o Arraial da Transparência continha não apenas a barraca com a fachada da casa da governadora - adquirida com pagamento à vista no final da campanha eleitoral de 2006 e cuja origem dos recursos para a compra nunca foi esclarecida - mas, também, havia a "Pescaria".
Os habitués do Brique podiam pescar nomes de deputados e identificá-los nos painéis de parlamentares estaduais que já assumiram o compromisso de averiguar as denúncias envolvendo o governo de Yeda Crusius - ou identificar, também, no painel entre aqueles que, lamentavelmente, se negaram até o presente momento de assinar o pedido de instauração de CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito. Durante toda a manhã, dezenas de participantes manifestaram apoio à mobilização dos servidores públicos, assinaram o abaixo-assinado em apoio ao Plano de Carreira dos trabalhadores e trabalhadoras em educação e receberam esclarecimentos acerca dos ataques que vêm sendo desferidos no serviço público gaúcho em prol do alardeado "déficit zero" do governo do PSDB no Estado, com a retirada de verbas da saúde, da educação e da segurança.

Apesar de os espaços na mídia paga terem sido ocupados recentemente para manifestações do governo estadual contra os sindicatos e contra o FSPE, a iniciativa dos trabalhadores(as) no Brique foi bem aceita pela população, que apoia a defesa da ampliação do ensino e a capacitação das professoras e de profissionais da educação. Houve várias manifestações combatendo a "enturmação", isto é, a colocação de até 45 (quarenta e cinco) crianças em uma sala de aula e também contra as escolas de lata (contêiners).

No caminho até a "Casa" da governadora, havia vários módulos que balançavam - "Empurra que ela cai" - demonstrando a total instabilidade do governo estadual e a falta de transparência frente ao conjunto de denúncias que surgem todos os dias envolvendo pessoas ligadas ao governo Yeda.


Fotos: Cristina Lemos e Vital Barbosa

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Jornada contra a Violência debate Segurança no Estado


O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, a Federação dos Bancários, o Sintrajufe, o Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, a ONG Guayi, o Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo, o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, a UGEIRM, a UFRGS, o DCE da UFRGS e outras entidades realizaram de 14 a 24 de junho de 2009, a JORNADA CONTRA A VIOLÊNCIA E POR JUSTIÇA SOCIAL. A jornada propunha o debate amplo acerca das diversas formas de combate à violência através da reestruturação social, da inclusão e do trabalho contínuo de integração nas comunidades das crianças e dos jovens em situação de vulnerabilidade social. A abertura oficial, na terça, dia 16/06, contou com a representação do Ministério da Justiça Ronaldo Teixeira, que trouxe a notícia do início dos trabalhos no novo "Território de Paz" em Porto Alegre, previsto para ser instalado em 24/06, na Vila Bom Jesus. O chamado território de paz prevê verbas do PRONASCI - Programa Nacional de Segurança com Cidadania, do Ministério da Justiça, o qual traz investimento financeiro para a ampliação de escolas, de creches, de áreas de esporte e de lazer para o abrigo e inclusão de meninos e de meninas. Traz também, investimentos em bolsas para programas de qualificação de militares, criação de grupos de mães, as quais podem atuar identificando na convivência interna do bairro as possíveis situações de risco para acolhimento e tratamento multidisciplinar dos(as) crianças e dos(as)jovens, visando ao combate ao consumo de drogas, do aliciamento de crianças para a criminalidade e visando à inclusão social no sentido mais amplo da cidadania. Ronaldo Teixeira complementou com dados referentes a outros territórios de paz já instalados em capitais com alto índice de violência, como São Paulo e Recife e trouxe os números ligados à cidade de Santo Amaro, na Grande São Paulo, a qual possuía o índice de 10 homicídios antes do início dos trabalhos
ligados ao PRONASCI e que, em menos de 6 meses, este número caiu para 02 na região.
O Presidente do Sindibancários, Juberlei Bacelo, salientou a importância dos sindicatos e da sociedade organizada se envolverem no debate sobre a violência ligado à inclusão social, para que não se caia na armadilha de relacionar a diminuição da violência ao armamento e à ampliação de força policial, o que apenas agrava a situação e amplia o problema e aprofunda a marginalização.
O antropólogo Luiz Eduardo Soares (foto) expôs no seu painel a situação de Nova Iguaçu-RJ, em que a principal força opressora que atua sobre a comunidade é a força policial e em que os jovens vêm recebendo tratamento cada vez mais violento e sem o respeito aos direitos humanos. Propôs um trabalho integrado da sociedade no sentido de ampliar o entendimento do que é segurança e de como obtê-la, demonstrando preocupação com as Conferência Municipais e Estaduais de Segurança Pública, as quais visam integração à Conferência Nacional de Segurança Pública, em Brasília. Lembrou a todos os presentes que a atuação do Estado necessita de fiscalização e de envolvimento do conjunto da sociedade, para que as políticas públicas sejam de Estado e não políticas públicas de governo, sendo apenas sazonais e sem aprofundamento nas causas dos problemas. Para possibilitar o debate mais amplo, o Sintrajufe (Zé Oliveira) e o Sindicato dos Metalúrgicos (Claudir) abriram mão do tempo de fala na mesa de abertura para aumentar o tempo de debate com o plenário. Infelizmente, a oportunidade para o contraponto após a exposição de Luiz Eduardo e de Ronaldo Teixeira ficou prejudicada, tendo em vista que o membro do MJ teve de se retirar para viagem de retorno.

Na tarde do dia 18/06, quinta-feira, várias entidades puderam expor as áreas de trabalho na inclusão social e abertura de oportunidades. Dentre elas, foi a vez do Sintrajufe, diretor Sérgio Amorim, falar sobre o Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo, o qual funciona no Cristal e de sua repercussão na comunidade: o telecentro, os cursos oferecidos, o oncentivo ao uso do software livre; a capacitação de jovens na produção audiovisual, com o apoio e a verba do Ministério da Cultura, cujo objetivo é o de instalar mais de 700 pontos de cultura no Brasil até 2010.
A exposição da OSCIP Guayi, foi feita por Helena Bonumá, demonstrou o recrudescimento da violência na região do Cristal nas comunidades em que atua o Ponto de Cultura e de suas repercussões na formação e na geração de renda aos participantes.
Veja mais: Quilombo do Sopapo

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Eleição da nova direção da Central no Congresso Estadual da CUT


A CUT realizou nos dias 19 a 21 de junho, em Mariluz, o terceiro maior Congresso Estadual do país, estando o Estado de São Paulo e o Ceará ocupando os primeiros lugares em quantitativo nas delegações. No RS, mais de 600 delegados vieram de diversas partes do interior e da Capital a fim de representar os ramos do trabalho do campo e da cidade na eleição da nova diretoria da Central Única dos Trabalhadores. A solenidade de abertura se deu na noite do dia 19, sexta-feira, em que estiveram presentes representantes da CUT nacional e das demais Centrais de Trabalhadores de esquerda. Estavam presentes companheiros e companheiras do Movimento Social organizado, como Claudia Prates, da Marcha Mundial das Mulheres e Elvino Bohn Gass, Deputado Estadual pelo Partido dos Trabalhadores e Vera Guasso, pelo PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado.
A corrente sindical interna da CUT, a CSD, CUT Socialista e Democrática, apresentou, desde o início dos trabalhos do Congresso, teses expondo suas posições, adquiridas em vários foros de debate interno, enriquecendo a formação nas área de atuação da Central. A tese da CSD, intitulada "A CUT PODE MAIS", trouxe análise de conjuntura internacional e nacional e apontou diretrizes para as lutas dos trabalhadores(as).

Na exposição das idéias, a CSD caracterizou sua oposição à atuação da atual direção da Central Única dos Trabalhadores, a qual está nas mãos da corrente Articulação Sindical.

A tese da CSD, assinada também pela Esquerda Democrática e pela Articulação de Esquerda e companheiros(as) independentes, trouxe enfoque direcionado à necessidade de reforçar o protagonismo da Central e à correta orientação para luta e debate no conjunto da classe trabalhadora, visando ao crescimento e ao enriquecimento da ferramenta. Durante o Congresso, houve avaliação e balanço da gestão 2006-2009 da CUT e, pela CSD, falaram a Presidente do CPERS/Sindicato - Rejane Oliveira e, pela Federação dos Sindicatos da Alimentação, Paulo Farias.

A tese da CSD foi apresentada pelo companheiro Mauro Salles, candidato a Presidência da CUT, por Éverton Gimenis, ambos do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre; pela companheira Nelci, do Sindicato dos Enfermeiros e pelo companheiro Claudio Augustin, do SINDSEPE-RS - Sindicato dos Servidores Públicos do Estado. Foram apresentadas pela Corrente CUT Socialista e Decmocrática diversas Resoluções apresentando propostas políticas de ação direcionada nos temas Meio Ambiente apresentada pelo companheiro Paulinho do SEMAPI, e Software Livre, sobre Saúde e Condições de Trabalho, pela companheira Nelci do Sindicato dos Enfermeiros, sobre Combate à Discriminação Racial, pelo companheiro Manoel do Sindicato dos Aeroviários, sobre Formação Sindical por Cristina do Sintrajufe, sobre Políticas para Mulheres, por Denise da FEEB-RS Federação dos Bancários e sobre Juventude, pela companheira Tati dos Municipários de Caxias.
A chapa 2 - A CUT PODE MAIS, obteve a votação de 42% e, com esse índice, 06 cargos na Direção Executiva da CUT.
A chapa 1 obteve 57% dos votos dos delegados e ainda possui maioria na direção.
A Diretora da Secretaria de Comunicação do Sintrajufe, Cristina Lemos, delegada ao CECUT e ao CONCUT - Congresso Nacional da CUT, será uma das diretoras da CUT-RS.

Fotos: Rosa do Sindjus-RS e Vital Barbosa.

Presidente Lula garante verba para a Confecom - Acertado o cronograma para a aprovação do regimento interno

Brasília – O anúncio foi feito pelo Ministro das Comunicações, Hélio Costa, após conversa com o Presidente Lula nesta terça-feira, 14 de julho. De acordo com o ministro, o contingenciamento dos R$ 8,2 milhões para a realização da primeira Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), confirmado pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, deverá ser repassado ao MC dentro dos próximos dias.
Dessa forma, segundo Hélio Costa, o problema de falta de recursos para a realização da conferência, depois do corte de mais de R$ 6 milhões no orçamento, está resolvido.
Hélio Costa falou também da reunião que manteve com os ministros Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social, e Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência, para acertar o encaminhamento que será dado à elaboração do regimento interno da Confecom. “Acabamos de acertar o entendimento do regimento interno e podemos voltar com as atividades”, enfatizou o ministro. Ele disse que a partir da próxima terça-feira, 21 de julho, o grupo responsável pela elaboração do documento retomará o trabalho para que ele seja apresentado, analisado e aprovado o quanto antes.

Fonte: www.mc.gov.br

Comentário da Cris:
Senhor Ministro das Comunicações,
Esperamos que seja assim, conforme o cronograma ora proposto e que se realize a CONFECOM nos dias 1º a 3 de dezembro, em Brasília, para a finalização dos trabalhos que já vem ocorrendo nos municípios e em Comissões Estaduais Pró-Conferência Nacional de Comunicação.
As reuniões da Comissão no RS ocorrem às quintas-feiras, às 19 horas, na Assembleia Legislativa, 3º andar, Sala Salzano Vieira da Cunha - e contam com a participação de entidades da sociedade civil e do movimento social organizado que envidam esforços para que a Conferência Estadual e a Nacional se realizem e que a estrutura de comunicação no país se transforme em propriedade do conjunto da sociedade brasileira.
Estamos fiscalizando cada reunião e cada passo nesse sentido.

http://rsproconferencia.blogspot.com

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Movimento Nacional Pró-Conferência de Comunicação continuará a mobilização pela realização da Conferência de Comunicação

Nota Pública

A 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) será um marco para o Brasil por reunir diferentes setores da sociedade na discussão sobre os rumos da Comunicação no país. Convocada pelo Governo Federal no começo deste ano, a Conferência já possui data para acontecer: 1°, 2 e 3 de dezembro de 2009. Contudo, a Comissão Nacional Pró-Conferência (CNPC), movimento social composto por 36 entidades nacionais da sociedade civil, torna pública sua preocupação com o devido cumprimento do calendário deliberado pela Comisão Organizadora para sua realização dentro das datas estabelecidas.

No dia 9 de julho de 2009 se realizaria a reunião da Comissão Organizadora Nacional da Confecom para finalizar a redação da minuta do regimento interno. Esse documento define os procedimentos para a realização das etapas municipais, intermunicipais, estadual e nacional da Conferência. Mesmo que a Comissão Organizadora não consiga chegar a uma redação única do regimento, compete ao Ministério das Comunicações finalizar e publicar o documento.

Após quatro encontros da Comissão e diversos debates sobre o assunto, o governo adiou a reunião um dia antes dela acontecer e não marcou até o momento um novo encontro. O presidente da Comissão, o Assessor Jurídico do Minicom, Marcelo Bechara, justificou que o adiamento se deve ao interesse dos ministros Franklin Martins, Hélio Costa e Luiz Dulci em se informar melhor sobre a discussão do regimento interno da Conferência.

Pontuamos também que o governo federal precisa buscar urgentemente alternativas para recompor o orçamento previsto para o evento, que sofreu 80% de corte sobre o valor inicial - e que as providencias necessárias estão sendo tomadas para garantir a realização de uma conferência de porte nacional, a primeira do setor, pela qual os movimentos sociais lutam há mais de uma década.

Já há indicações por parte do Ministério do Planejamento de que o Governo está atuando para recompor o orçamento da Confecom. Os estados brasileiros estão organizados e mobilizados na realização das etapas estaduais, e na expectativa da publicação do regimento interno para tocarem os próximos passos.

A atuação dos estados é resultado da articulação de mais de 400 entidades da sociedade civil, distribuídas em todas as regiões do país, que compõem as Comissões Estaduais Pró-Conferência de Comunicação. Vários governos estaduais já tomaram conhecimento sobre a realização da Conferência e alguns marcaram, inclusive, data para a realização das etapas estaduais. É notável o número de seminários, audiências públicas e debates na mídia promovidos sobre tema. A realização da Conferência irá acolher os interesses da maior parcela da sociedade brasileira.

O Movimento Nacional Pró-Conferência de Comunicação reforça que continuará a mobilizar nacionalmente as entidades da sociedade civil para a realização da Conferência de Comunicação . Para tanto, chegou a realizar uma pré-reserva de local, já que Brasília possui uma agenda de eventos bastante concorrida no começo de dezembro. A confirmação do local depende da alocação de verbas em tempo hábil.

Por fim, a CNPC sempre se disponibilizou para a construção da Conferência e tem respeitado os diferentes pontos de vista existentes sobre o tema, ressaltando ainda que a Conferência deve ser realizada de forma democrática e plural e repudia qualquer posicionamento ou ação que restrinja ou retarde sua realização. Nesse sentido, continuaremos a lutar para garantir que a Conferência seja um espaço de debate amplo e que reflita os anseios da sociedade.

Essa nota é assinada pelo Movimento Nacional Pró-Conferência de Comunicação, composto pelas seguintes entidades nacionais:

ABCCOM - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CANAIS COMUNITÁRIOS
ABEPEC - ASSOCIAÇÃO B. DAS EMISSORAS PÚBLICAS, EDUCATIVAS E CULTURAIS
ABGLT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GAYS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS
ABI - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA
ABONG - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ONGS
ABRAÇO - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA
ABTU - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TV UNIVERSITÁRIA
AMARC-BRASIL - ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DAS RÁDIOS COMUNITÁRIAS
ANDI - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DOS DIREITOS DA INFÂNCIA
ARPUB - ASSOCIAÇÃO DAS RÁDIOS PÚBLICAS DO BRASIL
ASTRAL - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TVs E RÁDIOS LEGISLATIVAS
CAMPANHA QUEM FINANCIA A BAIXARIA É CONTRA A CIDADANIA
CEN - COLETIVO DE ENTIDADES NEGRAS
CFP - CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA
COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS DA CÂMARA DO DEPUTADOS
COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA
CONFERP - CONSELHO FEDERAL DE PROFISSIONAIS DE RELAÇÕES PÚBLICAS
CONUB - CONSELHO NACIONAL DE UMBANDA
CUT - CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES
ENECOS - EXECUTIVA NACIONAL DOS ESTUDANTES DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
FENAJ - FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS
FENAJUFE - FEDERAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES DO JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
FITERT - FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS DE RÁDIO E TELEVISÃO
FITTEL - FEDERAÇÃO I. DOS TRABALHADORES EM TELECOMUNICAÇÕES
FNDC - FÓRUM NACIONAL PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO
FÓRUM DE ENTIDADES NACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
INESC - INSTITUTO DE ESTUDOS SÓCIO-ECONÔMICOS
INTERVOZES - COLETIVO BRASIL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
LaPCom - LABORATÓRIO DE POLÍTICAS DE COMUNICAÇÃO
MNDH - MOVIMENTO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS
MNU - MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO
MST - MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA
OAB - ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
PFDC - Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão - Ministério Público Federal
RENOI - REDE NACIONAL DOS OBSERVATÓRIOS DA IMPRENSA
UNE - UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES


Fonte: Comissão RS Pró-Conferência Nacional de Comunicação

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Judiciário Federal debate Conjuntura e Carreira na XV Plenária da Fenajufe em Manaus


O coordenador da Fenajufe e do Sintrajufe/RS, Zé Oliveira apresentou, em conjunto com o diretor do Sisejufe/RJ, Roberto Ponciano e a diretora do Sintrajufe/RS Cristina Lemos, a tese Pela unidade e autonomia da classe trabalhadora. “A luta precisa ser conjunta de todos os setores da classe trabalhadora, para a construção de um outro projeto para o Brasil, que garanta justiça social, renda, moradia, saúde, cultura, emprego, terra, educação e soberania popular”, afirma um dos trechos da tese. Em relação ao Plano de Carreira, Zé afirmou, durante a apresentação da tese, que a XV Plenária da Fenajufe deve conseguir avançar sobre uma proposta que reflita os anseios da categoria. “Que todos saiam com o compromisso de lutar pela nossa proposta. Essa luta não vai ser fácil e precisamos sair com algo construído para a categoria”, pontuou.
Confira aqui trechos da tese da CSD- CUT Socialista e Democrática e Coletivo Viva Voz do Sintrajufe/RS

Conjuntura Internacional - A crise da Globalização Neoliberal
1.O contexto internacional está marcado pela crise da globalização neoliberal. O atual contexto permite que a classe trabalhadora, por meio de pressão social de um amplo movimento, possa questionar os pilares da dominação do capital e implementar uma plataforma pós-neoliberal. Por outro lado, a ausência de reação da classe trabalhadora em escala internacional pode permitir que se recupere a legitimidade de um novo ciclo da globalização capitalista. O resultado depende do desenvolvimento da luta de classes.
2.Os primeiros sinais de recuperação da resistência crítica ao imperialismo e à globalização neoliberal apareceram no final do século passado. Os fins dos anos 1990 presenciaram o surgimento de constantes mobilizações em várias cidades do mundo contra a ação dos organismos multilaterais de investimento (FMI, OMC, Banco Mundial) e contra o imperialismo. O Fórum Social Mundial foi a principal expressão da resistência global, reunindo as diversas convergências dos movimentos sociais que, por meio da palavra de ordem “Um outro mundo é possível”, anunciavam sua discordância com a ordem capitalista global.
3.Os resultados negativos desse sistema capitalista foram fortemente sentidos na América Latina. Como conseqüência, reacendeu a capacidade de mobilização popular e de crítica aos efeitos sociais do projeto neoliberal. Lideranças e partidos políticos que se contrapunham a esse projeto ascenderam ao poder no Continente, indicando o desejo e as condições concretas para superação do neoliberalismo. As eleições destas forças políticas anti-neoliberais em diversos países foi a resposta mais contundente à globalização neoliberal e ao imperialismo.
4.Sem considerar uma visão sobre a crise que inclui a desvalorização do trabalho como uma das suas causas centrais, haverá a supremacia de saídas absolutamente técnicas e monetaristas, alinhadas à busca de recuperação da racionalidade econômica. Com efeito, o centro da luta imediata girará em torno das demissões, da intensificação das jornadas de trabalho e dos bloqueios sobre os salários.
5.Como fizeram no período do ajuste neoliberal, as empresas buscarão diminuir custos do trabalho, aproveitando o argumento da crise e as contribuições dos governos nacionais - seja em forma de financiamento público direto sem qualquer condicionante, seja pela omissão em termos de regulação pública do trabalho. Por outro lado, o nosso caminho deve ser o da democratização, da inclusão e da ampliação dos direitos dos povos e dos trabalhadores, a partir de uma perspectiva socialista.

Conjuntura Nacional
6.O Brasil sofre os reflexos da crise internacional, ainda que esteja menos vulnerável e dependa menos do mercado mundial do que outros países. As medidas tomadas pelo Governo Lula se concentraram até agora no restabelecimento dos circuitos de crédito, na isenção fiscal para setores com grande demanda de força de trabalho, no aumento do papel provedor dos bancos públicos e numa reiteração ampliada dos investimentos do PAC. Tais respostas, porém, são insuficientes.
7.A autonomia política da direção do Banco Central, de cunho conservador, permitiu aprofundar o erro gigantesco de manter os juros elevados quando a economia internacional já dava sinais de retração (enquanto outros países reduziam as taxas de juros, aqui o Banco Central resistia barbaramente). A economia de recursos públicos obtida com os recentes cortes na taxa selic (são cerca de R$ 8 bilhões a cada ponto de queda), permite a expansão dos investimentos e das políticas sociais. O contrário – a não redução dessas taxas – provoca a desorganização das contas externas, ao atrair capitais especulativos e agravar a sobrevalorização da moeda nacional, com impactos sobre a redução da balança comercial.
8.Também permanece a manutenção de um patamar elevadíssimo de superávit fiscal primário que funciona como um escandaloso programa de transferência de renda pública aos ricos. Como mais uma resposta inserida no bojo das concessões ao neoliberalismo, foi anunciado um pacote de corte de gastos em investimentos públicos, principalmente em políticas sociais. Por ausência de intervenção do Estado, em um contexto de extrema concentração bancária, prevalece uma política liberal de desregulação das taxas de juros praticadas pelos bancos privados, que são cerca de 400% superiores às taxas médias no capitalismo internacional.
9.Assim, em que pese alguns avanços em relação ao Governo FHC, como, por exemplo, a existência de uma política concreta de reestruturação do Estado brasileiro com recuperação de órgãos que haviam sido totalmente sucateados, a retomada dos concursos públicos e os investimentos que vem sendo feitos na educação, as concessões ao neoliberalismo não cessaram, em nome da governabilidade.
10.O Governo que iniciou aprofundando a reforma da previdência iniciada no governo neoliberal de FHC, aprovando a nova Lei de Falências, também proposta naquele governo, entre outras medidas, ao longo de quase oito anos de mandato, continua em débito com pautas históricas dos trabalhadores, como a ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT, a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o fim do Fator Previdenciário e a regulação do capital especulativo.

11.No caso da organização sindical dos servidores públicos, é urgente, além da convenção 151 da OIT, que trata da negociação coletiva, a instituição de um arcabouço de sustentação da livre organização sindical, que deve incluir a possibilidade de afastamento dos servidores de suas atividades profissionais para a atuação junto às entidades sindicais.
12.Embora tenha havido nos últimos anos recuperação do emprego no País, e tenha crescido a participação dos salários na renda nacional, a quantidade de desempregados continua extremamente elevada, especialmente entre a população negra, mulheres e jovens. Nesse momento de crise, com empresas demitindo trabalhadores em massa, é fundamental que o Governo Lula assuma uma política mais agressiva em relação à defesa da manutenção dos empregos. O pouco que se conquistou está seriamente ameaçado, inclusive, em relação às conquistas decorrentes do fortalecimento das negociações coletivas (em 2007, mais de 90% das negociações coletivas resultaram em aumentos reais nos salários, revertendo a lógica inversa do período neoliberal, quando houve o enfraquecimento do sindicalismo).
13.Nesse quadro, não há como negar que a força política, econômica e cultural conservadora permaneceu viva tanto no primeiro como no segundo mandato do governo Lula. Essas forças mantêm sua influência sobre a política monetária (juros altos, superávit primário); garante intocado o monopólio sobre os meios de comunicação de massa; nenhuma alteração constitucional importante foi encaminhada no sentido de mexer na concentração fundiária e o poder arbitrário dos empresários nas relações de trabalho sequer assumiu centralidade no debate sobre a democratização do país.
14.Como citado acima, não podemos esquecer dos conflitos do governo Lula com o movimento sindical desde o primeiro mandato (2003-2006), com a aprovação da reforma da Previdência e da alteração na Lei de Falências. Neste segundo mandato – iniciado em 2007 –, não vemos esforços no sentido de encaminhar a redução da jornada de trabalho e o fim do Fator Previdenciário. Por iniciativa do Executivo, e em choque frontal com a CUT e com os demais setores do movimento sindical combativo, foi encaminhado o projeto de lei que institui as fundações estatais de direito privado.
15.No campo dos direitos sindicais, a plataforma de mudanças orientadas pelos históricos princípios de autonomia, liberdade e democracia no movimento sindical não avançou. Além disso, a partir da entrega do Ministério do Trabalho e Emprego nas mãos do PDT e, consequentemente, da Força Sindical, vieram os retrocessos da estrutura sindical conservadora. O exemplo mais claro é a extensão do imposto sindical aos (às) trabalhadores (as) do serviço público. Esses são alguns dos principais conflitos entre o governo e o movimento social.
16.A redução de direitos e as demissões massivas são as formas encontradas pelos grandes empresários, em face da crise, para manter ou ampliar seus lucros, embora nunca tenham lucrado tanto com a especulação financeira como nos últimos anos, especialmente os banqueiros. A redução de direitos é apresentada para os trabalhadores como alternativa ao desemprego.
17.Assim, muitas categorias têm aceitado a redução de jornada com redução de salário, com a garantia de que a empresa mantenha os empregos. Esse é um caminho sem volta para a flexibilização e a precarização das relações de trabalho. Por isso, aqui não pode haver vacilo das direções sindicais na cobrança de medidas do governo. A ratificação da convenção 151 da OIT, assim como a regulamentação do dispositivo constitucional que impede a despedida imotivada são fundamentais.
18.É evidente, porém, que apesar de o neoliberalismo estar em crise e perdendo legitimidade, aqueles que o defenderam por mais de duas décadas em nosso país, mantém sua capacidade de articulação política, conquistando vitórias no parlamento, e de formação da opinião pública a partir de sua principal ferramenta: a grande mídia.
19.Estados importantes da federação, como São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Rio Grande do Sul, são governados pelos partidos que implementaram o neoliberalismo no país e continuam implementando suas políticas de criminalização dos movimentos sociais, de privatizações e desestruturação dos serviços públicos e das políticas sociais. A resistência dos movimentos sociais, em especial, o sindical, continua sendo imprescindível para quebrar a espinha dorsal desse projeto. E, ainda que se tenham derrotas, as fissuras no poder são evidentes quando se consegue organizar os trabalhadores e esclarecer a opinião pública.
20.A resposta da classe trabalhadora aos ataques deve ser a unidade, propondo a construção de um projeto alternativo ao processo de dominação capitalista, reforçando a palavra de ordem de que “a classe trabalhadora não pode pagar pela crise e direitos e conquistas não se negociam”. Mas também propor, a partir da falência das políticas neoliberais, de privatizações e do Estado mínimo, um avanço na direção de outro modelo de sociedade.
21.O caminho escolhido pelo Brasil para a travessia da crise deve passar por medidas que aumentem os recursos públicos para investimentos em políticas sociais, infra-estrutura e geração de empregos, que atenda a pauta dos movimentos sociais, com mecanismos democráticos de participação. Não podemos admitir que a superação passe por retrocessos na política em relação aos servidores públicos, na flexibilização das dívidas (públicas e privadas), na precarização das relações de trabalho, na concessão de créditos públicos para o setor privado sem as contrapartidas sociais.
22.É necessário, neste momento de crise, fortalecer as bandeiras de luta do movimento sindical, construir a unidade e marcar o período de crise com resistência, enfrentamento e debate de projeto de sociedade.

Coletivo Viva Voz/RS e
Militantes do judiciário da CSD – CUT Socialista e Democrática