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quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A indústria da beleza: falsas promessas


O Brasil é o quarto país vendedor de cosméticos no mundo. Em 2005, esse mercado cresceu 34% e as mulheres são as principais consumidoras. Em 1996, 98% das mulheres gastavam umaparcela significativa de seus salários com cosméticos e serviços de beleza. As que ganham menos chegavam a gastar 20% de seu salário. (fonte Datafolha)
Por trás da aparente diversidade de produtos nos supermercados existem poucas empresas que controlam várias marcas de produtos, cada uma para atingir um perfil de consumidor diferente. A maior transnacional do mundo neste setor, a L'oreal, da França, tem algumas marcas voltadas para o consumo popular, como a linha de esmaltes e xampus Colorama. Para as mulheres com renda elevada, desenvolve produtos como os cremes Lancôme. A L'oreal, em conjunto com uma grande transnacional farmacêutica, a Roche, desenvolve os chamados "cosméticos ativos", como os cremes anti-rugas.
A Avon, outra grande transnacional desse setor, explora o trabalho das mulheres através de um sistema de venda direta, que aparece como complemento à renda ou uma facilidade para as mulheres, pois não precisam ter tempo fixo para o trabalho. Elas não têm nenhum direito garantido e são consideradas "consultoras de beleza", mas garantem uma grande margem de lucro para estas empresas e são mais da metade da mão-de-obra do setor de cosméticos. As consultoras da Avon e da Natura chegam a 1 milhão de mulheres.

Fonte: http://www.marchamundialdasmulheres.org/